CAPÍTULO 38

1.7K 198 162
                                    

Vocês me imploraram pra voltar e eu voltei, mas agora eu quero vocês de volta também! Tô sentindo falta dos comentários e do pessoal na TAG. Continuem usando #TEMP2GWTTW.

COMENTEM MUITO E ATÉ A PRÓXIMA.
____________________

Exatamente mais dois dias haviam se passado e eu definitivamente não conseguia me comunicar com ninguém. O fato de estar atolada de serviço talvez tenha me feito não abrir os olhos para muitas coisas que estavam na minha frente. Eu estava apreensiva aguardando a primeira refeição da Júlia para ter certeza que poderíamos tirar a sonda e voltar ela pro quarto. A minha afobação era totalmente explicativa, se ela estivesse no quarto era sinal de que ela estava bem e se ela estivesse bem era menos uma preocupação nos meu dias que já estavam sendo extensos e completamente cansativos. Eu continuava sem notícias da Rosa e por muitas vezes eu quis ligar pra mãe dela e pedir algum tipo de informação como se eu fosse uma desesperada. Entretanto, eu não podia cobrar muita coisa e ir atrás de notícias de uma pessoa que nem minha namorada é. Comecei a aceitar o fato de que se não me deu notícias ou falou algo, era porque não fazia questão de me informar alguma coisa. Fazia também dois dias que eu estava tentando conversar com a Priscila e com a Garay também, e impressionantemente as duas se transformaram em dois mestres dos magos e desapareceram todas as vezes que eu tentei falar com elas. Ou era isso ou elas só estavam me evitando mesmo. Hoje eu tinha por meta acabar com muitas dessas pendências que eu tinha e eu acharia as duas para conversar nem que eu tivesse que amarrar ambas em uma cadeira. Iniciei meu dia indo direto pro quarto da Juju e levei um café reforçado com algumas coisas que eu sabia que ela gostava para ver se pelo menos eu conseguiria fazer ela ingerir alguma coisa e acabarmos com esse martírio longo de ficar em isolamento.

Gattaz: Bom dia meu amor. -ela sorriu pra mim e eu fui logo lhe dar um beijo- como estamos hoje?

Júlia: eu tô bem! -sorriu-

Gattaz: vamos tentar comer? -ela negou com a cabeça com medo- Juju a gente precisa tentar! Quanto mais rápido você conseguir comer e ingerir alguma alimento, mais rápido você vai voltar pro quarto! -olhei pra ela- Vamos tentar -eu pedi- só um pouquinho -apelei pro sentimental- eu trouxe várias coisas gostosas que eu sei que você ama! Vamos tentar, vai?

Júlia: Tudo bem -me olhou com medo- Não quero comer muito.

Gattaz: Um pão de queijo com um chocolate quente que tal? -ela concordou- Ok -abri a sacola entregando pra ela- Vamos tentar devagar ok?

E ali eu fiquei igual uma mãe esperando ela engolir nem que fosse o primeiro pedaço de pão de queijo. Ela tomou o primeiro gole do chocolate quente e parecia que ela havia ganhado uma medalha e meu coração iria explodir de orgulho. Quando ela terminou de comer todo o pão de queijo e tomar todo o chocolate quente, o meu coração se aliviou dando lugar a um coração esperançoso e ansioso. Contei exatamente 30 minutos depois dela ter tomado café, sob uma pressão que eu mesma depositei e quando o relógio bateu encerrando aquele tempo cronometrado a tensão em meus músculos se esvaiu dando lugar a uma felicidade iminente.

Bosetti: ela não vomitou! -ela olhava pra Júlia e Júlia olhava pra ela sem entender muita coisa- ELA NÃO VOMITOU! -falou mais alto assustando um pouco a pequena criança- Juju, você não vomitou -sorria e começou a chorar-

Júlia: Tia Cate, não chora, eu tô bem ó -apontou pro próprio rosto- Eu não tô passando mal não.

Gattaz: você vai voltar pro quarto Juju -eu falei sorrindo de forma aliviada- você conseguiu comer sozinha. -Júlia abriu um sorrisão- Eu tô muito orgulhosa de você! Vencemos mais uma etapa.

Abracei a pequena e me permiti ficar ali com ela conversando e brincando com o que tinha disponível do momento. A missão agora seria recuperar a saúde fragilizada da criança para podermos prosseguir com a cirurgia. Depois que saí do quarto da Júlia, eu senti que tinha vencido o meu primeiro obstáculo do dia. Aproveitei o tempo livre que eu tinha e novamente tentei contatar o telefone de Rosamaria e da mesma forma como foi nas tentativas anteriores, o telefone somente deu caixa postal, completando assim a 48º vez que eu tentava ligar pra Rosamaria em 7 dias.
Partindo pra mais uma tentativa de falar com os médicos e diretores desse hospital, eu desci novamente para a emergência do Trauma em busca da Priscila. Já havia alguns dias que eu precisava falar com ela a respeito dos orçamentos dos setores dela. Havia chegado verba para injetar em alguns setores e a felizarda receberia essa verba nos dois setores que ela dirigia. Cheguei na emergência e ali já estava um pouco colapsado. Alguns atendimentos já sendo ocorridos, algumas macas passando de um lado pro outro e um trânsito de médicos afobados significando que havia acontecido algo em uma proporção maior. Avistei Thaísa fazendo os primeiros atendimentos em um paciente que havia dado entrada e me dirigi até ela.

Give Water to the Wine - 2ª TEMPORADA Onde histórias criam vida. Descubra agora