CAPÍTULO 34

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SEXTOU? Por aqui mais um capítulo.
Até a próxima galera, COMENTEM MUITO e usem #TEMP2GWTTW.
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Domingo, 22 horas e eu estava no aeroporto com o humor um pouco alterado, além do normal. Foram três dias de falatório extremo e eu já não aguentava mais ouvir nada, relacionado a Medicina. No segundo dia, ontem, sábado, cheguei ao local da conferência após deixar Rosamaria no trabalho e não deram tempo nem pra ingerir um café e já começaram a discutir plano de ação para conseguir realizar o tratamento de pessoas carentes. Thaisa, que aparentava estar interessada naquele assunto, discutia e colocava suas opiniões e eu deixava. Eu nem queria estar ali mesmo, eu só vim por causa da Rosamaria. Hoje, pela manhã e tarde, tivemos nossa última conferência, onde estabelecemos algumas relações políticas entre os hospitais, confesso que nessa parte, relacionado a questões financeiras que o meu hospital se beneficiaria, eu me envolvi, mas de todo contexto, foi o único momento.
Nosso voo estava marcado para sair às 22:30 com destino a Rio preto e lá, minha irmã iria nos buscar. Eu estava sentada em uma daquelas cadeiras desconfortáveis com cara de poucos amigos. Rosamaria estava ao meu lado, pela primeira vez na vida, muito mais tranquila emocionalmente, do que eu, o meu problema era o cansaço iminente desses três dias.

Rosamaria: desamarra essa cara -apertou minha bochecha- você vai ver a sua mãe daqui a pouco. Acho que eu nunca cheguei a ver você, de mau humor. -eu olhei pra ela e fiz um bico e não respondi-

Eu não estava pra muito papo, meu humor não estava colaborando pra minha simpatia. Meu desejo era somente chegar em casa e deitar na minha cama e dormir até o dia seguinte pra aproveitar os benefícios que casa de mãe nos trás. Só que, quando o cão não atenta, ele manda os funcionários, tinha um cara sentado em nossa frente analisando totalmente a Rosa ao meu lado. Eu estava tão distraída perdida em meus pensamentos que nem sequer notei esse fato. Quando percebi o que estava acontecendo, olhei pra Rosa que seguia concentrada nas suas anotações, aparentemente estudando e o sujeito a minha frente continuava olhando. Ajeitei minha postura na cadeira e coloquei minha mão na coxa de Rosamaria apertando e alisando com delicadeza, sem tirar os olhos do meu celular.

Rosamaria: o que foi? -me perguntou e eu olhei pra ela-

Gattaz: nada -sorri e me aproximei da sua boca lhe dando um selinho e uma mordida-

Voltei a minha posição inicial com a mão na sua coxa e encarei o sujeito que dessa vez me olhou. Levantei a sobrancelha pra ele e logo ouvi uma lufada de ar e ele se levantar e sair pra outro canto.

Rosamaria: você é terrível. -falou sem me olhar-

Gattaz: minha! -dei um beijo no pescoço dela e ri- totalmente minha.

Não demorou muito pra nosso voo ser chamado e logo estarmos sentadas uma ao lado da outra prontas para chegar rapidamente a Rio preto. Eu não era daquelas pessoas que sentia falta da família a todo momento. Sair de casa muito cedo me fez entender que família são laços eternos de alma, mas não significa que precisam ser laços que não se pode viver distante. Ser muito pé no chão, às vezes, tirava o brilho dos meus familiares. Eu não era daquelas pessoas que se importavam em perder um jantar de família ou uma festa porque tinha prioridades no trabalho. Eu não via problema em ficar meses sem aparecer em Rio preto e esquecer de dar notícias, além da minha mãe. E isso era um problema que eu sempre enfrentava quando voltava pra casa. Chegando em Rio preto, Marcela já estava me esperando na saída do portão de desembarque com um sorriso no rosto.

Marcela: Você em Rio preto é quase um milagre -me abraçou- senti sua falta.

Gattaz: eu também senti a sua falta. -sorri e abracei ela-

Give Water to the Wine - 2ª TEMPORADA Onde histórias criam vida. Descubra agora