Perdido

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NEGAN SMITH

Uma dor de cabeça insuportável me rodeava, coisas demais estavam acontecendo pra mim lidar tanto assim.

O pior de tudo, minha filha estava destruída, tudo o que aconteceu naquela cela acabou com ela, e a culpa era minha, por deixá-la tão vulnerável.

Vê-la com aquele olhar foi horrível pra mim, não tinha mais a mesma determinação de me contrariar.

Em parte era o que eu queria, uma filha forte, destemida, sem fraquezas acessíveis e que não demonstra-se suas emoções pra ninguém.

Mas aquela não é mais a Maddy, ela tá fria, não tem mais os olhos brilhantes iguais aos da mãe, dói admitir que ela tá igual a mim destruída e sem sentimentos.

Recostado na cadeira do meu escritório tento ficar em paz por alguns minutos pra tomar as melhores decisões, quando alguém bate na porta.

- Entre - Dou a ordem e o Dwight entra com uma cara nada boa, não que ele tenha uma cara boa - O que?

- Sua filha e os salvadores não respondem ao chamado do rádio, já tentamos de tudo.

Me levantei da cadeira e saí de trás da mesa indo na sua direção vendo-o engolir seco.

- Como assim não respondem? Por que não responderiam?

- Não sabemos.

- Estou cercado de inúteis - Peguei a Lucille e saí do escritório indo até a área de cargas - Vocês e você, comigo AGORA.

Apontei pra 2 salvadores que estavam ali e o Dwight que me seguiu.

- Peguem suas armas, podemos está sofrendo um ataque - Falei entrando no carro já nervoso, se algo acontecer com a Maddy eu mato qualquer um.

Se aproximando do posto avançado vejo uma horda enorme de zumbis e o prédio derrubado com fogo se espalhando pela estrutura.

Descemos do carro e minha boca seca e meu coração acelera, torcendo pra minha filha não está mais aqui.

Dou a ordem e atiram nos zumbis eliminando um a um enquanto eu executo os mais na frente com a Lucille.

Quando todos os zumbis estão no chão, corro até o prédio desabado e onde a maior parte do teto está no chão, caminho entre os destroços e vejo sangue, muito sangue.

Um arrepio percorreu minha espinha quando vejo 3 zumbis devorando um dos salvadores que foi explodido provavelmente por uma das bombas.

Mas o que me faz perder o ar e travar no lugar, é ver uma metade do corpo da cintura pra baixo com uma calça familiar.

Ergo a cabeça e encontro o que eu mais temia, a outra parte do corpo da barriga pra cima, a camisa é a mesma de quando ela saiu.

O corpo da minha filha agora deformado e zumbificado da minha filha.

Seu corpo ou o que restou dele, estava cravado em um dos ferros que sustentava o prédio e metade do seu rosto estava devorado, enquanto ela lutava pra tentar me pegar.

Morta.

Minha filha estava morta.

Eu perdi o meu bebê.

Minha princesinha.

A Filha Do Inimigo - DARYL DIXONOnde histórias criam vida. Descubra agora