6. MANDAMENTO

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Chegando em casa depois daquele café da tarde com as amigas da minha mãe, que eu fui perceber que a conversa se estendeu e eu me empolguei além do que se devia, ao me lembrar que tinha combinado com Sra. Emília de visitar o projeto do meu avô, que o Sr. Louis Kyle pastor da igreja local, apoiava toda semana.

E por isso continuava aérea de novo no jantar, o que irritou a minha mãe o suficiente para ela quase bater palmas no meu rosto para a encarar e perceber que ela esperava uma resposta de uma pergunta que eu não tinha escutado.

— Estou sinceramente achando que a nossa filha não gosta do rosa querida, não é mesmo Nicole?

E assim o meu pai me salvou em dar uma dica de que minha mãe perguntava sobre que cor ela devia escolher para as irmãs cantarem no Natal. E eu logo concordei com ele em balançar a minha cabeça.

— Rosa não, que tal um terninho vermelho. Elegante e natalino.

Minha mãe imediatamente bufou com os 29 pedaços de pano em várias estampas que não tinha uma cor lisa, se não o tal rosa.

— Você é igual o seu pai menina... — ela apontou pra mim e se levantou dando espaço para que a gente batesse hive fight sem que ela percebesse, obviamente.

Então depois de assistir a minha mãe buscar um doce de sobremesa para a mesa, meu pai se virou para mim.

— Porque está tão nervosa de ir amanhã no projeto? Vai ser tranquilo Nicole.

— Mas a opção de aceitar querer cuidar de lá me parece ser bem assustadora.

Ele logo sorriu me olhando de lado.

— Então realmente existe a hipótese...

— Não comemore tão cedo, tenho 99% de certeza que não nasci para cuidar de um lugar como aquele. Mas...

— O 1% de temor ainda está em você, eu sei. Oque você não sabe, é de que assim como você, eu não aceitei tão bem também o meu chamado de missão.

Pisquei atônita — Meu chamado de missão? Você também acredita nisso?

Ele estalou a língua no céu da boca e deu uma risadinha antes da minha mãe chegar com um doce de leite caseiro que a Sra. Lia tinha vendido.

— Você também sente isso Nicole, a diferença é que você tem o direito de não aceitar. Jesus não obriga ninguém.

No dia seguinte essa frase parecia que estava escrita no rosto do meu pai ao se despedir de mim, quando eu estava saindo para ir ao rancho do meu avô.

E simplesmente assenti o assegurando que iria me lembrar disso, antes que a visão de Sr. Louis com a Sra. Emília na porta de casa me recebesse. E nossa era incrível como Dustin era a cópia do pai ou o Sr. Louis era a cópia do filho.

— Ahh olha ela finalmente! — ele me recepcionou com seus braços abertos e sorriso simpático de sempre antes que eu o abraçasse como sempre fazia quando era criança — Como cresceu!

Minha mãe com a Sra. Emília sorriram e eu perguntei ao Sr. Louis como estava e o percebendo respirar fundo antes de dizer que estava bem. Me fazia de imediato pensar que ele tentava estar.

Oque me fez na hora se entre olhar com a sua esposa quem me deu um sorriso abatido confirmando o que pensei.

— Tenham uma boa visita! — minha mãe se despediu alegando que tinha algumas coisas para resolver e assim entrei no carro junto com o Sr. Louis que me perguntou de como tinha sido voltar pra casa depois de tantos anos.

E eu fui sincera — Está sendo difícil. Eu não imaginava que voltaria para casa e encontraria um projeto social no meu nome.

— Ainda bem que Deus não dar fardo maior do que nós podemos suportar não é mesmo? — ele riu e também ri.

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