Entre o amor e a morte |JIKOOK|

Capítulo_14🌹

Meus olhos fixados em Seo-Joon aquele novo trabalhador da empresa.

Seus olhos me analisava sem parar, se levantou do sofá perto de uma pequena planta que enfeitava o ambiente.

_Se eu não tivesse entrado em sua sala, nunca poderia ver quem você realmente é, Sr.Park.

Disse ele vindo em minha direção passando por mim e catando o que tinha acabado de derrubar da mesa, colocava um por um sobre a mesa.

_Parece que alguém acabou de te irritar Sr.Park._se pronunciava mais uma vez.

Meu corpo estava parado no local e sem me mover, era a primeira vez que alguém foi capaz de me ver agir assim, me sinto exposto.

Ele vai espalhar isso pra empresa? Vai contar pra alguém? Necessito saber disso, meu corpo está transpirando de suor e medo por ser julgado, o que eu faço?

_Não se preocupe isso é normal no ramo em que estamos, é muita responsabilidade e o senhor precisa sempre lidar com coisas muito estressantes, não se preocupe, não irei contar à ninguém._se levantou logo após ter terminado de pegar tudo o que estava espalhando pelo chão.

_Obrigada por me compreender Seo-Joon, você é um homem bastante compreensível, se não for pedir muito espero que realmente não fale pra ninguém o que houve aqui, irei ficar bastante grato._digo arrumando minha gravata.

_Vim entregar alguns papéis e você ainda não tinha chegado em sua sala e tomei a liberdade de entrar e esperar aqui no seu sofá, desculpe ser invasivo._entregou a mesa a folha que havia de entregar e sorriu pra mim.

Tenho que ser compreensível, ele me parece ser alguém confiável, bom...pelo menos até agora.

_Muito obrigado, não se preocupe com isso, está tudo bem._caminho até minha cadeira enquanto falava.

_Estarei em meu lugar se precisar de alguma coisa Sr.Park._disse com um sorriso sutil e saiu trancando a porta.

_Esse idiota me pegou desprevenido, espero que ele cumpra com a palavra dele e não conte a ninguém, senão terei que dar um fim nele.

Começo a fazer meu trabalho analisando cada papel que me foi enviado, os papéis pareciam um livro empilhado em cima do outro, eram tantos papéis.

_Aquele puto do Jeon está me deixando louco, eu tenho que dar um jeito nele, mas ele pode servir pra mim conseguir informações da investigação, sem ele eu também estou fudido._falava enquanto analisava os papéis em minha mesa.

Com caneta em mãos eu assinava alguns que me pareciam razoáveis.

_Preciso está um passo na frente deles e pra isso eu terei que conseguir a confiança dele...droga, vou ter que fazer aquele teatro de pombinho apaixonado._disse me encostando as costas na cadeira.

Pior que no fundo posso ter sentido algo com ele naquele elevador, foi quente e bastante intenso, nunca experimentei algo tão... eletrizante, ele me deixou totalmente sem fôlego.

_Bom...pensando melhor acho que vou me divertir um pouco.

Disse colocando um sorriso no rosto e pensando como iria tentar um diálogo com ele, coloquei a ponta da caneta boca e mordia levemente, meus pensamentos voltam naquele momento no elevador, aquele cara realmente é uma tentação olhando pelo outro lado.

Os seus traços, sua postura, sua...voz tentadora, sensual e grave que faz meu corpo se estremecer perante ele, é algo totalmente novo.

🌹

As horas passavam e eu continuo naquela mesa assinando os documentos que pareciam nunca acabar, solto um suspiro com aquilo tudo.

Encosto minha costa na cadeira e para distrair minha mente um pouco daquele trabalho todo pego meu celular da mesa que alguns segundos atrás estava apitando por notificações.

Desbloqueio meu celular e começo a fuça no que possa ter de interessante e acabo por parar em uma notícia que tinha por ali e abri por curiosidade, era o detetive do assassinato do Sr.Kim, o indivíduo que tinha sido morto pelas mãos de Min-Ji.

Abro o vídeo.

_O senhor disse que o assassino pode ter tido um acompanhante?_perguntava o entrevistadora com aquele microfone em suas mãos que logo estava pousada na frente da boca do detetive Han.

_Sim, os dois possivelmente fugiram em um carro, os rastros de pneus estavam presentes na cena do crime, o outro possivelmente deve ter vindo de táxi.

_Como pode ter certeza que haviam dois deles?

_Simples, as pegadas de seus sapatos estavam evidentes, agora vocês podem estar se perguntando, mas pode ser as pegadas do Sr.Kim, mas a diferença é muito grande da numeração do Sr.Kim.

_Vocês já tem alguns suspeitos para esse caso Investigador Han?_perguntou a entrevistadora.

_Temos sim, mas por agora queremos ter certeza de quem possa ter cometido esse crime.

Solto um suspiro e coloco a mão na cabeça passando os dedos pelo cabelo, desligo o celular e coloco sobre a mesa.

_Porra, se eles já sabem disso não estão longe de chamarem a mim e Min-Ji novamente pra interrogatório, era óbvio que eles iriam ver as pegadas e tudo, preciso urgentemente da um jeito nisso, maldito momento em que fui causar a morte de alguém sem preparos, droga._falava comigo mesmo e logo voltava pra meu serviço.

Meus pensamentos não paravam e era claro que o tempo estava se esgotando, era só questão de tempo pra eles descobrirem que foi Min-Ji e eu que matamos ele.

Esses investigadores são impossíveis de serem parados quando dão algum caso pra eles resolverem e era isso que martelava na minha cabeça, eu precisava dar um jeito naquela bagunça.

Por algum motivo desconhecido minha mente voltou a se lembrar da minha mãe quando tinha acabado de acabar com a vida de alguém, aquele momento podia se dizer que eu sentia alguma coisa, só que por algum motivo eu decidi não sentir mais nada.

Só se fosse algo a ser feito por mim mesmo, algo pra servir a minha pessoa e não a outras pessoas, mais por causa dele eu acho que algum resquício de sentimento está sendo devolvidas ao meu corpo vazio.

Minha alma vazia, nada dentro de mim parecia querer sentir aquilo de novo, o medo, a raiva os sentimentos voltados pra mim pareciam me despertar de um jeito totalmente desconhecido.

Jeon Jungkook é culpado por isso, não quero aceitar fazer nada pra alguém que não me beneficie, tudo isso não passa de um jogo divertido pra mim e vou fazer disso um espetáculo.

Conquistar a Coreia do Sul com os eletrônicos é o que mais quero, assumir a empresa é meu verdadeiro plano e não posso deixar nada e nem ninguém estragar isso, nem mesmo esse detetive de merda.

Min-Ji está na palma da minha mão.

Posso causar algo com que faça ele desaparecer, mas antes disso tenho que manter ele sobre controle assim como vou fazer com Jeon.

E para isso preciso conversar com ele.