2. MEMORY

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2010.

— Já escutou as histórias do por que chamam esse lago de "Lago vermelho"?

Harry indaga enquanto acaricia os cabelos de Louis em sua barriga. Eles estão deitados embaixo de uma árvore, olhando para o lago. Louis com a cabeça na barriga de Harry, seus pequenos olhos azuis quase adormecidos em reação ao cafuné.

Eles têm atualmente 17 e 18 anos. Harry, dezessete. Louis, dezoito.

— Não me lembro muito bem e olha que sempre morei aqui. Você deve saber de cor, já é quase um detetive. — O menor ri baixo.

— A primeira vez que se referiram ao lago com esse apelido foi em 1996, quando uma garota desaparecida há um ano apareceu misteriosamente correndo dessa direção. Depois, mais garotas desapareceram, e todos esperavam que elas saíssem daqui também, mas nunca aconteceu...

— Não houve algo mais pesado como assassinatos? Eu me lembro de alguma coisa assim. — Louis responde entre um bocejo. As mãos dele acariciam a cintura do mais novo.

— Mais ou menos. Primeiro foi um suicídio duplo, ao que parece. Um casal de jovens, eles se drogaram com sedativos e se afogaram no lago, foi declarado suicídio na conclusão do caso. Os assassinatos depois nunca foram confirmados, mas encontraram roupas velhas rasgadas perdidas por aqui. Com sangue.

— E o que porra a gente está fazendo aqui mesmo? — Louis responde, rindo mais alto, e afunda o rosto na barriga de Harry, que ri junto dele.

— Bom, essas coisas aconteceram há anos, nunca mais houve nada assim depois, só disseram que o lugar ficou assombrado, que o lago vermelho esconde corpos e mais corpos...

— Não ligo. Nenhum fantasma vai arrastar meu namorado para esse lago fedido. — O menor sorri e entra com a cabeça por dentro da camiseta de Harry, fazendo cócegas abaixo do peito dele com os lábios. O de olhos verdes ri alto e se contorce em reação às cócegas, rebatendo as pernas e pés contra Louis.

— Louis!! Eu vou te jogar dentro do lago! HAH! Louis!

— Que foi? Cosquinhas, madame? — Ele ri mais da risada de Harry do que do momento em si; se retira de dentro da camiseta dele e se coloca entre as pernas do mesmo, puxando-o pela cintura contra seus quadris. Harry envolve as pernas ao redor dele, prendendo-o a si.
— Sim... — O maior no chão sorri e desliza as mãos pelo peitoral do moreno, subindo e descendo a camiseta que ele usava com o olhar fixo nele. Louis o puxa com mais firmeza e força pelos quadris e se inclina para beijar Harry, levando uma das mãos dele até o fecho de sua calça, induzindo-o a abrir.

— Não faço essas coisas no meio do mato, Signore Tomlinson. — Harry interrompe o beijo com uma risada e balança a cabeça negativamente.
— Ah, qual é?! Harry, Harry!
— Harry coisa nenhuma, como você mesmo disse, eu sou uma madame!
— Ah, então você se vira pra convencer o seu pai a emprestar a viatura ou dar a chave do trailer!

Harry gargalha alto e coloca uma das mãos na boca, fazendo Louis consequentemente rir também. Eles negam com a cabeça e Louis afunda o rosto no pescoço de Harry para abafar a risada.

-

2024.

Muitas risadas e sorrisos na mesa de jantar, conversas sobre por onde andaram e o que estiveram fazendo. Mas Harry e Louis não conseguiram parar de trocar olhares discretos que apenas eles pareciam enxergar.

Na mesa de jantar, a mãe de Louis, Liz Tomlinson, uma florista muito conhecida na igreja; parecia ansiar pela hora da sobremesa e fazia o possível para que Harry se sentisse à vontade.
O pai de Louis, Norton Tomlinson, o pastor da igreja evangélica local, parecia curioso sobre a volta inesperada de Styles e empolgado com o cargo de policial do alto homem de olhos verdes.

Behind the Red Lake | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora