Passado.
Meu nome é Harry. Harry Styles. Eu tenho dezenove anos e atualmente moro em Napoli, na Itália. Desde que eu me separei do garoto com quem eu pensei que fosse passar o resto da minha vida, achei que não fosse encontrar mais nada para suprir o imensurável vazio que Louis e seus belos olhos azuis pequenos deixaram. Até aquele garotinho chamar por mim...
Ele encaixava um par de luvas amarelas nas mãos enquanto assobiava serenamente. Após pôr as luvas, colocou o avental da mesma cor.
O local se parecia com uma espécie de "laboratório", bem nos fundos do restaurante italiano da avó de Harry.
Havia a cabeça morta de um homem em cima de uma bancada de frente para a maca onde uma vítima estava presa; bem diante do campo de visão dela.
Os olhos da cabeça estavam queimados, tal como os lábios. Sua garganta havia sido serrada.O que eu faço obviamente deve ser descrito como imoral perante a sociedade. Mal, cruel, diabólico... "Ele é um monstro, algemem-no!", não seria assim que eles reagiriam?
Enfiou um pano na boca de uma mulher amarrada à uma maca de hospital, cobrindo com fita preta para abafar o quanto pudesse dos sons agonizantes que ela emitia.
Em seguida, ele fincou uma agulha numa das laterais do pescoço dela; para que se "acalmasse" o bastante para não fazer som algum.Mas, e o que ela fez?
O que eu faço, em comparação ao que ela fez com a sua própria criança... É completamente perdoável. Por que eu ou alguém mais deveria sentir remorso? Empatia? Eu quero sentir a vida dela sendo sugada por cada facada, por cada vai e vem deste serrote. Eu sou a porra de um anti-herói sedento por sangue e faminto por morte e ninguém pode dizer que eu sou cruel. E se eu for... Eu adoro isso. Eu adoro ser cruel com pessoas cruéis.
Este, ou "isto", sou eu.Caminhou até a parede de frente para a maca onde a mulher estava, onde vários serrotes e facas ficavam pendurados; escolheu um serrote especial para madeiras e uma faca de açougueiro, voltando em passos e assobios mais lentos. Observou-a por um tempo, brincando de balançar o serrote e a faca nas mãos, pensativo.
Por onde começar?Justiça. É o que policiais fazem. E eu, Harry, sou um Policial.
Afundou a faca com uma força absurda na barriga da vítima, puxando de volta com a mesma rapidez com que enfiou; o sangue voltou junto em jatos e respingos saturados e viscosos. Esperou alguns segundos, enquanto limpava a parte cortante da faca, para voltar e começar a serrar a garganta da vítima ainda não totalmente morta, segurando no topo da cabeça dela para manter no lugar em busca de firmeza. Ia e voltava com firmeza e costume, já sabia como manejar do jeito certo para emitir o menos de barulho possível.
Cantarolava baixinho, desviando sua atenção dos sons sôfregos abafados que vinham da boca tapada dela.No fim do processo de tirar a vida, o próximo passo era serrar os pedaços; o que Styles conseguia manejar com maestria. Havia um grande forno de panificação ali embaixo, naquele cômodo, o qual a avó de Harry não utilizava. Ele cremava os corpos ali, juntava as cinzas e se desfazia delas na praia.
E foi o que fez com os pedaços da vítima e com a cabeça do homem morto; o qual o restante do corpo já estava cremado. Separou as cinzas em sacos e os escondeu nos bolsos internos de seu casaco amarelo.E é claro, ele havia garantido os seus troféus. Um fio de cabelo de cada vítima, dentro de dois pequenos frascos que guardou consigo.
[...] Tudo limpo. Avental e luvas, também. Ele espalhou farinha pelos cantos e colocou uma massa pronta de pão no forno, afinal, a avó de Harry acreditava que ele ficava naquele cômodo praticando panificação.
E pães perfeitos sempre saíam de lá com ele. Harry era ótimo, impecável, em manter uma imagem de comum perante a sociedade. Gentil, talentoso, estudioso, dedicado, um menino prendado. Ele era o anjo da avó.
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Behind the Red Lake | l.s
أدب الهواةHarry Styles e Louis Tomlinson viveram um romance secreto quando adolescentes; atrás do lago vermelho, onde estavam seguros das garras da discriminação e da religião. Atrás do lago vermelho, onde seus mais profundos segredos foram afogados no fundo...