Presente.
Os olhos de um rapaz se abriram de repente, assustados e um pouco ardidos. Ele estava amarrado à uma espécie de cama de hospital, uma maca, com os pulsos presos e um pano ao redor da boca. Ele grunhia contra o pano, tentando pedir socorro, mas todo o ambiente parecia muito abafado e bem trancado.
Quando inclinou um pouco a cabeça da forma com que conseguia e avistou a cabeça de um rosto familiar em cima de uma bancada branca tomada por sangue, os gritos abafados e o corpo inquieto do homem começaram a incomodar Styles; numa compartitura ao lado do cômodo, onde terminava de serrar os pedaços do amigo da vítima para cremar.Ele soltou uma lufada de ar impaciente e despejou as partes no forno de panificação, fechando-o antes de retornar ao cômodo principal.
Se expôs diante da visão da vítima, colocando as mãos, cobertas por luvas amarelas ensaguentadas, nos quadris.- Pelo visto você já encontrou o seu colega. Pare de fazer tanto barulho.
Os olhos do homem se arregalaram na direção de Styles, confuso, assustado. Tentava dizer algo contra o pano amarrado ao redor da boca, mas tudo saía incerto. Enquanto ele tentava falar e se mexer inutilmente, Harry se deslocou até a parede de frente para a maca onde a vítima estava presa; na parede, uma coleção de serrotes e facas, alguns com os cabos manchados por sangue seco e envelhecido. O desespero do rapaz aumentava a cada passo do desconhecido tão chamativo naquele sobretudo amarelo que dava a ele um ar de falsa inocência; começou a sentir o fôlego faltar, principalmente quando as mãos de Harry dedilharam a fileira de serrotes, parando num de cabo de madeira com respingos de sangue. Escolheu uma faca de açougueiro.
- Só um instante...
Styles então caminhou até um armarinho de parede trancado e o destrancou, lá estavam os frascos com os fios de cabelo de cada uma de suas vítimas; os Troféus. Ele pegou um frasco vazio, uma pinça, e caminhou até a parte detrás de onde o rapaz estava deitado, se agachando um pouco na altura da cabeça inquieta; que segurou fortemente com uma das mãos no pescoço, induzindo-o a ficar parado. Mumurou um "shhh" chiado, olhando-o repreensivamente antes de fincar a pinça num fio no couro cabeludo dele e puxar, arrancando do couro; guardou no frasco, voltou ao armarinho e trancou lá dentro, organizado junto aos demais frascos.
- Por.. favor... - Harry conseguia escutar o som abafado e não tão claro da voz do homem amarrado, mas nada disse enquanto limpava a faca e o serrote com álcool.
- Não costumo demorar. Você pode fechar os olhos se preferir, mas eu prefiro quando ficam abertos.
A mão ágil de Styles fora mais rápida que um possível infarto vindo da vítima; cravou a faca no peito, e desceu com uma força absurda até a barriga, formando uma abertura densa.
Enquanto ele se esvaía de si mesmo e a hemorragia interna transbordava pelos lábios, Harry se pôs um pouco mais próximo do rosto, contemplando o momento que mais gostava em seu Modus Operandi; observar a perda da vida e a chegada da morte aos poucos.Ele soltou um longo suspiro de satisfação, lambendo os lábios quase que inconscientemente.
Finalizou com o habitual; o serrote na garganta. Domou o cabo com a mão e posicionou na garganta do cadáver, começando a serrar em constância.
Indo e vindo, já além do necessário. As pupilas dilatadas e deslumbradas não o permitiam parar. Um vampiro sedento por sangue.Fora preciso o toque do celular para despertá-lo. Era Louis.
- Ciao, meu amor. Tudo bem aí?
Ele perguntou ao esposo do outro lado da linha, enquanto segurava a cabeça serrada do cadáver para que a mesma não fosse ao chão.
- Sim, querido. Na verdade, não sei... Queria passar o horário de almoço com você.
- Mas é claro que você pode. - Harry sorriu minimamente, segurando a cabeça pelos cabelos e a puxando do restante da carne onde estava ligada; caminhou até a bancada onde a cabeça do outro homem estava, e deixou ao lado. - No restaurante da vovó em 40min?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Behind the Red Lake | l.s
FanficHarry Styles e Louis Tomlinson viveram um romance secreto quando adolescentes; atrás do lago vermelho, onde estavam seguros das garras da discriminação e da religião. Atrás do lago vermelho, onde seus mais profundos segredos foram afogados no fundo...