Capítulo 5

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Conversei com meu chefe do trabalho noturno que devido à faculdade, não poderei mais fazer entregas durante a semana à noite. Apenas aos domingos, já que aos sábados tenho luta. E de maneira alguma eu deixaria de lutar para fazer entregas, prefiro levar socos na cara, a adrenalina é muito mais a minha vibe.

— Vamos lá, galera, vamos acertar essa moto — exclamou Arthur, o filho mais velho do Sr. Heitor, assim que terminou de descer as escadas. — Emma, é você quem está cuidando dela? — perguntou, apoiando-se no carro que eu estava consertado.

— Não, é o Krystian que ficou de terminar esse serviço — respondi, terminando de trocar a válvula do pneu.

— Emma — chamou ele, atraindo minha atenção. Levantei-me e peguei minha garrafa de água para beber — Que tal sairmos neste fim de semana? — Não pude evitar rir ao ouvir isso.

— Vou estar muito ocupada, mas agradeço o convite — ele fez uma careta e eu ri novamente.

— Você realmente estará ocupada ou está apenas sendo educada ao invés de me dizer não? — ele brincou.

— Olha, Arthur, eu não gosto de misturar as coisas, você é praticamente meu chefe — também não queria entrar em detalhes sobre ser lésbica e intersexual.

— Tudo bem, você está certa — ele fez sinal de rendição com as mãos — Bom trabalho, loirinha — disse, afastando-se de mim e indo em direção a Krystian.

— Essa foi boa — murmurei para mim mesma, negando com a cabeça e voltando ao trabalho. O dia foi uma correria, pois estava no prazo de entrega os veículos dos clientes, e o Sr. Heitor sempre deixava essa tarefa para seu filho mais velho, Arthur.

Agora estava eu me preparando para meu primeiro dia na faculdade. Estava nervosa? Com certeza! Muito nervosa para uma pessoa tão confiante como eu, mas é um sonho, devo dizer. Não queria chamar atenção, então não vesti nada chamativo. Optei por uma calça sarja preta, uma camisa de manga branca sem detalhes e uma jaqueta de couro preta. Calçava um coturno de cano curto, meus cabelos estavam soltos e nada mais de especial.

— Emma, você vai se atrasar no seu primeiro dia! — Hunter entrou no meu quarto gritando — Pegou seus livros? Comeu alguma coisa para não passar mal? — Ele falava rápido e preocupado.

— Calma! Eu que deveria está nervosa aqui, não você — baguncei seus cabelos, fazendo-o rir.

— É que eu estou um pouco preocupado — ele coçou a nuca.

— Eu percebi — ri e peguei minha nova mochila — Mas eu vou ficar bem, não é como se alguém fosse me intimidar — mostrei meus músculos e Hunter riu.

(A bolsa)

— Mantenha seus músculos escondidos, mocinha — ele me aconselhou

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— Mantenha seus músculos escondidos, mocinha — ele me aconselhou. — Agora vá, para não se atrasar — assenti e dei um abraço nele antes de sair do quarto.

Crossed DestiniesOnde histórias criam vida. Descubra agora