Capítulo 21

167 17 2
                                    

Pov Emma Myers

Antes, eu costumava culpar Jenna por suas traições. Hoje, eu me vejo igualmente culpada. Sempre tive dificuldade em me conectar emocionalmente, e quando estava com uma mulher, as coisas nunca passavam de uma noite ou de sexo casual. Mas agora, estou quebrando minha própria regra. Jenna é incansável, e eu não sei como ela consegue. Ela já teve cinco orgasmos, CINCO! E um deles foi múltiplo. Eu estava exausta, e segurar meu próprio orgasmo se tornou um desafio. Quando finalmente me permiti gozar, meu corpo todo ficou esgotado.

— Porra, porra, porra! — gemi baixo enquanto gozava novamente dentro dela, já que não usamos camisinha. Eu sei que é um grande erro.

Meu corpo desabou sobre o dela, sentindo nossos suores se misturarem. Fiquei ali por um tempo, mas logo me levantei um pouco para ver a morena completamente apagada na cama. Quando finalmente me afastei dela, senti sua mão segurar meu braço.

— Fica aqui, por favor — ela me puxou de volta para si — Emma, por favor — pediu quando me afastei completamente.

Procurei minhas roupas e comecei a me vestir, sentindo o olhar dela em mim. Quando a olhei, meu coração disparou. Por que diabos ela estava chorando? O que eu fiz? Meus pensamentos pararam quando ela se afastou da cama e também se levantou.

— Ei, vem cá — a puxei para perto e a abracei — Por que você está chorando? — perguntei, puxando seu rosto para perto do meu.

— Eu só... Eu só... — mais lágrimas vieram. Peguei-a no colo, limpei suas lágrimas e a beijei com todo o carinho que eu guardava nas profundezas do meu ser.

— Peça o que quiser — foi o que eu disse antes de suspirar. Estou quebrando minhas barreiras tão facilmente com essa mulher.

— Fique aqui essa noite — ela pediu, e eu atendi. Fui tão carinhosa como nunca havia sido, nem com minha s irmãs, nem com os meninos.

Não pude evitar notar que Jenna parecia alguém carente de atenção. Ela tem um pai que, apesar de ser carinhoso e presente, trabalha demais e mal para em casa. Sua mãe e irmã foram morar em outro país há quase três anos. E ela? Bem, está cercada por amigos, alguns bons, outros interessados, alguns como irmãos, e um namorado idiota que faz questão de mostrar que não a valoriza. Talvez um sexo diferente era o que ela tanto precisava. Eu tenho a leve impressão de que ela não se arrepende de nada do que aconteceu entre nós.

E eu também não me arrependo. Desta vez, eu realmente quis. Quis tanto que fiquei com ela a noite toda, cuidando dela.

— Porra! — exclamei ao sentir uma ardência na mão.

— Emma, presta atenção. Parece que você está no mundo da lua hoje — Hunter se aproximou e olhou para a minha mão. Sem as luvas? Haha, você está mesmo maluca sua gargalhada me fez revirar os olhos.

— Foi só uma queimadura — respondi, indo até a pequena sala de primeiros socorros e pegando um pacote de ataduras.

—  Deixa que eu coloco a atadura na sua mão — ele tomou o pacote da minha mão e fez sinal para que eu me sentasse na cadeira.

— Vou limpar para não infeccionar. Vai doer um pouco — disse ele, aplicando um líquido no algodão e pressionando na minha mão.

— Aaaah, por Zeus, Hunter! — o que era aquele líquido? Estava ardendo demais!

— Deixa de ser mole, já já passa — ele deu uma risadinha irritante — Isso é para você aprender a usar as luvas, hahaha — puxei minha mão com pressa quando ele terminou de amarrar a atadura.

— Que porra você jogou na minha mão? — tomei o frasco da mão dele e olhei — Álcool? ÁLCOOL HUNTER!! Você está maluco?! — perguntei, indignada, e ele só ria.

Crossed DestiniesOnde histórias criam vida. Descubra agora