- Izuku - falo, ensaiando para confessar meu último pecado. - Preciso... contar que...
Bang.
A antiga iluminação do Estádio se acende como uma supernova e a meia-noite se torna luz do dia. Posso ver todos os poros do rosto de Izuku.
- Que porra é essa? - Izuku fala, girando a cabeça para olhar em volta. Um alarme estridente rasga o silêncio da noite e então nós vemos: o enorme placar eletrônico está ligado. Pendurado lá no alto do teto aberto, como uma tábua de mandamentos descendo do Céu, a tela mostra uma animação de um jogador correndo do que parece ser um zumbi com os braços esticados e tentando pegá-lo. Ela pisca entre essa imagem e uma palavra que imagino que seja:
Invasão
- Kacchan... - Izuku fala horrorizado - você comeu alguém?
Olho para ele, desesperado.
- Não tive... es... escolha. - Minha dicção falha graças ao pânico. - Guarda me... parou. Não... queria. Não era... p'ra...
Ele aperta os lábios e me fura com os olhos, depois balança a cabeça uma vez como que descartando um pensamento e concordando com um outro.
- Certo, então precisamos entrar. Mas que droga, Kacchan!
Corremos para dentro da casa e ele bate a porta. Denki está no alto da escada.
- Onde vocês estavam? O que está acontecendo lá fora?
- É um sinal de invasão - Izuku responde. - Tem zumbi no Estádio.
- Você quer dizer ele?
- Sim e não. - O desapontamento na resposta dele me faz estremecer.
Corremos para o quarto de Izuku e ele apaga as luzes. Sentamo-nos no chão em cima das roupas jogadas e, durante um tempo, ninguém diz nada. Ficamos apenas sentados ouvindo os sons lá de fora. Guardas correndo e gritando, tiros e nossas respirações pesadas.
- Não se preocupe - Izuku fala para Denki, mas sei que aquilo é para mim. - Não vai se espalhar. Os tiros devem ser dos guardas acabando com ele.
- Estamos limpos, então? - Denki pergunta. - Kat vai ficar bem?
Izuku olha para mim. Seu rosto está sério.
- Mesmo que expliquem o alarme como alguém que teve um ataque cardíaco, o guarda não mordeu a si mesmo. A Segurança vai saber que tem pelo menos mais um zumbi por aí.
Denki segue o olhar de Izuku até os meus olhos, e posso jurar que sinto meu rosto se contrair em constrangimento.
- Foi você? - ele pergunta, tentando parecer neutro.
- Não... queria. Ele... ia... me matar.
Ele não diz nada, e seu rosto não demonstra nada. Olho nos olhos dele e torço para que veja o remorso esmagador que sinto.
- Foi o último - falo, me esforçando para que minha língua idiota fale direito.
- Aconteça o que for. Juro pela boca do céu.
Alguns momentos agonizantes se passam. Então Denki assente com a cabeça, e fala com Izuku:
- Precisamos tirá-lo daqui.
- Você sabe que eles fecham tudo quando há um alerta de invasão. Todas as portas estarão trancadas e com guardas. Pode até ser que fechem o teto se ficarem com muito medo.
- Bom, e que diabos vamos fazer então?
Izuku dá de ombros, e esse gesto feito por ele parece triste, não combina. Ele olha para mim e diz:
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Warm Bodies | •BakuDeku•
Fiksi Penggemar[Concluído ✓] ━─────•●•─────━ Kat é um jovem vivendo uma crise existencial. Ele é um zumbi. Perambula por um Japão destruído pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas Kat busca mais do que sangue e cérebros. E...