Capítulo 18

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𝗛𝗮𝗿𝗲 𝗕𝗮𝗸𝘂𝗴𝗼𝘂
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Levantei da cadeira me espreguiçando, Notei Toshinori observando Enji, ele então se virou para mim e sorriu.

— Será que seu antigo chefe gostaria de falar comigo? — perguntou em euforia, nós dois sabíamos a resposta.

— Tente a sorte. — sorri com falsa simpatia, ele riu, antes de assumir sua grande forma. — Viu! Nunca terei bíceps tão grandes! — toquei seu braço com o indicador várias vezes até ele resmungar. — Boa sorte com isso. — acenei e fui em direção a sala de estar, separada para os organizadores, para poder comer em paz.

Encontrei Nemuri e Yamada no meio do caminho, caminhamos juntos até a sala, quando adentramos o espaço, fui surpreendida por um abraço caloroso. Olhei para baixo encontrando cabeleiras loiras, quase o mesmo tom que o meu, reconheci pela estatura e pelo uniforme.

— Hare! — exclamou com felicidade, ainda enterrada em mim, eu tinha meus humildes 1.68, apenas alguns centímetros a mais que ela, bom, pelo menos em sua forma normal.

— Quanto tempo, Yu. — afaguei seus cabelos, ela levantou o rosto e sorriu. — Está elétrica.

— Estou feliz! Fazia tanto tempo! Preciso de novos conselhos... — ela fez biquinho, se soltando de mim.

— Teremos tempo para isso outra hora, sim? Foi ótimo te ver. — sorri para ela, distribuindo outro afago em seus fios loiros. Ela acenou e me deixou ir até Nemuri.

— De onde conhece Mt. Lady? — a morena me perguntou curiosa, retirei meu almoço da pequena bolsa térmica e coloquei em cima da mesa.

— Nós fizemos algumas coisinhas juntas, ela ainda estava em formação. Você sabe... A adolescência feminina nos trás aliados aleatoriamente. — ela assentiu, entendendo, Yamada juntou as sobrancelhas em confusão.

— Adolescência feminina? — perguntou.

— É complicado, mas você vai saber o que é se caso presenciar. — fiz um certinho com a mão e ele pareceu aceitar a resposta, Nemuri riu.

Comemos em silêncio, faltavam vinte minutos para o intervalo terminar, Yamada levantou e foi até a máquina de snacks, comprou duas barras de cereal e sorriu para Nemuri. Fingindo que não vi, fui até a pia lavar a pequena tigela, já sabia o que estava por vir, e não vou dizer que odiei, pois eu não odiei mesmo.

— Hare, você poderia me ajudar né? — Yamada perguntou saltitando ao meu lado, revirei os olhos, secando as mãos na lateral do meu uniforme.

— O que foi? — foi só perguntar que Nemuri enlaçou seu braço no meu pescoço, sorrindo. — Não. — respondi prontamente, não tínhamos conversado, mas imagino que Aizawa gostaria tanto quanto eu que eles se quer desconfiassem que nos beijamos algumas semanas atrás.

— Hare, por favorzinho! — o loiro me olhou com olhos pedintes. — Ele deve estar dormindo e é um saco para acordá-lo, você é a única que ele não xingaria.

— Acho isso questionável, não acho que ele xingaria Nemuri... — ela apertou mais o braço em volta de mim. — Eu recuso e a forma de me fazer aceitar é me matando? — olhei para ela, que sorriu acenando positivamente, apertando mais. — Ok, me larga!

╏⁠ Meu refúgio ↝ Shōta AizawaOnde histórias criam vida. Descubra agora