Capítulo 25

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A loira despertou pela manhã devido ao barulho irritante do celular, apertou os olhos com força e resmungou quando o som começou a tocar pelo quarto. Quando seu cérebro finalmente raciocinou, tateou o balcão ao lado da cama e finalmente alcançou o celular. Viu o apelido de Katsuki na tela e atendeu de imediato.

— Bom dia. — falou, sua voz ainda estava baixa pelo despertar incômodo.

— Onde você está? — o Bakugou mais novo perguntou impaciente.

Hare se perguntou se haviam marcado alguma coisa, mas olhando para o relógio do lado da cama teve certeza que nem em seu dia mais insano marcaria compromissos em um sábado às oito horas da manhã.

— Em casa...? — respondeu receosa.

— E não me buscou ontem por qual motivo?

Ontem? Sexta. Sexta de noite. Ontem a noite.

— Nós não tínhamos marcado nada Katsuki. — ela tinha toda certeza.

— Não marcamos, mas achei que fosse lei você me sequestrar na sexta e me devolver no domingo.

— Sim, e a senhora Mitsuki arranca meu cabelo no processo.

— Não mora mais com ela. — rebateu.

— Mas você mora. — fez questão de lembrá-lo, escutando ele estalar a língua logo depois. — Posso buscar você ao meio dia, pode ser?

— Dez horas. — Hare murmurou "certo", mas estranhou seu tom de voz.

— Está chateado comigo? — perguntou.

— Não. — Katsuki respondeu de imediato. — Só vem me buscar logo.

Ele desligou sem que ela pudesse responder. Certo. Estranho, muito estranho. Não conseguiu parar de pensar que alguma coisa deveria ter acontecido, ou ela era apenas preocupada demais. Mas ele não é assim, então com toda certeza tem algum problema acontecendo. Puxando suas memórias recentes, já faz um tempo que ele está agindo diferente, mas principalmente desde o torneio. Hare estava tentando caçar algum jeito em sua mente para poder conversar com ele, e de preferência antes que esses possíveis sentimentos o prejudiquem.

Estava repassando todas as possibilidades e motivos na sua cabeça quando enfim tudo parou. Segurou a respiração e finalmente tomou consciência do resto do seu corpo. Respiração na sua nuca, uma mão na cintura, outro corpo na cama.

E então as memórias de ontem a noite surgiram em sua mente, causando um certo aperto iminente. Tinha convidado Aizawa para jantar, e tudo correu bem, na verdade foi "bem" até demais. O ar que estava segurando saiu em forma de um resmungo baixo. Com cuidado, retirou a mão dele da sua cintura e se virou para olhá-lo, que abriu os olhos devagar. Hare afundou o próprio rosto no travesseiro.

— Bom dia para você também. — ele falou com a voz baixa.

— Desculpa. — pediu, voltando sua atenção para ele novamente. — Bom dia. — ofereceu um meio sorriso.

Não tinha como controlar a sua mente, era um caminho sem volta, mas desde o momento que se lembrou dos acontecimentos de ontem não deixou de pensar em um segundo sequer em como as coisas seguiriam. Eram colegas de trabalho, ele era professor do seu irmão, e além disso, Hare poderia dizer que são amigos? Bom, ela considerava. E agora? Ela não poderia ignorar o fato dele ter sido tão... Não tinha nem palavras para poder descrever.

Esse tipo de conversa deveria ter sido feita antes, mas agora que ambos estão na mesma cama, cara a cara, com ela vestindo apenas uma calcinha e o suéter dele, bom... Hora melhor não há né?

╏⁠ Meu refúgio ↝ Shōta AizawaOnde histórias criam vida. Descubra agora