╏⁠ Meu refúgio ↝ Shōta Aizawa

Capítulo 16

𝗛𝗮𝗿𝗲 𝗕𝗮𝗸𝘂𝗴𝗼𝘂
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Ainda com os olhos fechados, ouvi cochichos ao meu lado, apertei minhas pálpebras com força antes de abrir os olhos totalmente por conta da claridade.

— Eu esqueci, Shinso. — ouvi a voz de Aizawa, baixa.

— E agora minha professora de biologia tá na minha cama? — a voz que reconheci ser de um dos alunos da turma de estudos gerais, perguntou.

— Queria que ela estivesse na minha?! — não aguentei e comecei a rir.

— Bom dia, professora Bakugou. — Hitoshi Shinso, desejou em tom de deboche. — Espero que minha cama seja confortável.

— É muito, obrigada. — me sentei. — Como está Shinso?

— Para ser sincero, enjoado. — ele recebeu um tapa no braço. — O que foi? Ela perguntou! — Aizawa negou e apontou com a cabeça para fora, Shinso cerrou os olhos, mas saiu, acenando para mim.

— Vou avisar Chiyo para vir.

— Não precisa, já fez demais por mim, vou até ela. — eu disse, dessa vez estava falando a verdade, sabia que iria piorar se não procurasse a Recovery e essas costelas já atrapalharam demais minha vida.

— Eu vou fingir que acredito em você.

— Estou falando sério! Vou passar em casa, trocar de roupa, obviamente, e ir. — Shouta semi-cerrou os olhos para mim, abri um sorriso inocente.

— E suas costas? — perguntou.

— Não parece que vou rachar a qualquer instante, então está suportável, sério, acredite em mim. — ele ponderou por alguns instantes, mas acenou positivamente.

— Ok, e ignore Shinso, por favor. — pediu, eu ri.

— Ele é um dos meus preferidos.

— Não deixe ele saber, vai aumentar o ego dele em 100%. — recomendou com um pequeno sorriso.

— Certo, não vou abrir a boca.

Tirei as cobertas de cima de mim, ia começar a dobrá-las, mas era óbvio que Aizawa me impediria. Ele não deixou que eu arrumasse a cama, me senti uma hóspede ruim, mas dane-se também. Quando fomos para sala, Shinso estava com uma xícara de café na mão e o celular na outra. Olhou para mim e abriu um sorriso.

— O que Bakugou faria se visse essa cena? — ele bebericou o café, revirei os olhos.

— Todos sabemos a resposta, é parecido com o que vou fazer com você daqui a pouco. — ameacei. — Até as aulas, Shinso. — me despedi brevemente indo em direção a porta.

— Até. — balançou as mãos para me dar Tchau.

— Tchau, me desculpe pelo incômodo. — não deixei que Aizawa respondesse. — Deixe um beijinho em Bolt por mim! — saí correndo desajeitada pelas escadas, não queria que nenhum vizinho me visse.

Entrei no meu apartamento com rapidez, não tinha nem trancado a porta ontem a noite, que maravilha...

Não perguntei sobre Shinso, pois já imaginava algum parentesco, não vou ser tão invasiva assim. Pulei, como uma maldita criança feliz, dentro de casa, não me importei com a dor nas costas. Me dirigi rapidamente ao banheiro, tirando as roupas, e entrando para dentro do chuveiro. A água fria caiu em meu corpo como gotículas de gelo, logo foi esquentando, deixei que meu corpo relaxasse, o que fez com que a tensão nas costas aumentasse potencialmente.

Não perdi tempo em me vestir e ir até Chiyo, por causa da minha negligência, teria que incomodá-la no fim de semana, às vezes eu faço umas coisas que não dá nem para acreditar...