Capítulo 21

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-- You're in the wind, I'm in the water
Nobody's son, nobody's daughter (⚗️)

- Lana Del Rey

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𝗮𝗿𝗲 𝗕𝗮𝗸𝘂𝗴𝗼𝘂
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𝗦𝘂𝗯𝗶 os olhos pelo número na porta de madeira... Número 14. Certo, coragem! foi muito mais fácil quando projetei na minha cabeça enquanto estava fazendo as rosetas em cima do cupcake, respirei fundo, uma, duas, quatro vezes, e então bati na porta. Com calma, dessa vez.

Achei que ele me ignoraria, porque sinceramente se batessem na minha porta em um domingo, com o sol indo embora, eu também deixaria plantado na porta. Mas não foi o que aconteceu, quando estava prestes a bater novamente, Aizawa abriu a porta.

- Boa tarde! - sorri, levantando o prato transparente.

- Pelo menos você não está chorando...

- Eu juro que vou embora. - soltei uma risada anasalada, ele abriu a porta e me deixou passar. - Licença. - pedi. - Sou mais educada quando não estou tendo uma crise, está vendo?

- Estou. - ele me olhou de cima a baixo. - Mas não reclamaria de te ter nos meus braços de novo...

- Vamos ter tempo para isso. - assegurei, piscando um olho. - No momento quero ver o Bolt. - procurei o gato com os olhos, mas ele não estava na sala.

- Bolt? Vai tentar sequestrar meu gato ou algo do tipo?

- Sabia que ele comeu minha hortelã?

- Como sabe que foi ele? Está o acusando sem provas.

- Foi um flagrante! Vou levá-lo ao tribunal dos gatos pelo crime.

- Merda... - ele coçou a nuca. - Eu disse que quando fosse roubar as plantas dos vizinhos era para ser cuidadoso...

- Não acredito que deu aval para ele! Ainda bem que gravei a conversa, vou te levar junto como cúmplice.

- Certo. Eu me rendo. - levantou as duas mãos em rendição. - Aproveitou o dia do forno...

- Não sei por qual motivo, mas acho que vai me amaldiçoar para sempre por causa do dia do forno. - ele afirmou com a cabeça, então me guiou até o sofa com as mãos nas minhas costas.

- Achei legal, devo confessar. - pegou o prato da minha mão e levou até a ilha da cozinha. - Como funciona?

- Só comemos comidas preparadas no forno... Se bem que Katsuki comeu um sanduíche então ele quebrou as regras do dia do forno.

- Com todo respeito... Mas não acho que uma pessoa sã o suficiente gostaria de estar no mesmo ambiente que Katsuki movido a açúcar.

- Que fofo você achar que bato bem da cabeça... - ele finalmente se sentou do meu lado, e pude observar seu rosto. Merda. A cicatriz realmente tinha dado um toque a mais, eu me odiava por pensar nisso. Retomei o controle dos meus pensamentos. - E não é só doce, eu sei cozinhar.

- Não sei não... - ele baixou o olhar para minhas mãos, onde de fato havia band-aid's em pelo menos dois dedos e uma bolha no nó do dedão da mãos direita.

- Eu sei. E muito bem por sinal. - assegurei. - Mas vamos se dizer que não tenho todas as habilidades suficientes para isso. - ele me ofereceu sua mão para que eu colocasse a minha sob a sua, assim fiz, então observou a bolha.

╏⁠ Meu refúgio ↝ Shōta AizawaOnde histórias criam vida. Descubra agora