Capítulo 01

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Como uma tempestade furiosa, ela bagunçava tudo ao seu redor, deixando um rastro de caos e confusão por onde passava. Rodolfo jamais imaginou que alguém pudesse mexer tanto com sua vida como ela fazia. Tentar explicar o que ela era era uma tarefa impossível; ela era como uma força da natureza, insondável e imprevisível, que seguia seus próprios caprichos sem considerar os sentimentos dos outros.

Enquanto Rodolfo tomava seu café, um arrepio percorreu sua espinha, como um presságio sombrio. E ele estava certo. Uma mulher usando um vestido branco e saltos altos se aproximou dele, sem hesitação, como se tivesse todos os direitos do mundo.

— Olá — ela disse, sentando-se ousadamente em frente a ele. — Você gosta do café daqui?

Os olhos de Rodolfo se desviaram da tela das notícias para a mulher diante dele. Seus cabelos escuros e olhos azuis hipnotizantes, combinados com a maquiagem impecável e o batom vermelho, a tornava irresistível. Por um momento, ele ficou sem palavras. Era a mesma pessoa da noite passada.

— Eu gosto — ele respondeu, enquanto ela fazia um gesto para o barista.

— E você trabalha aqui? — perguntou ele, tentando disfarçar sua perplexidade.

— Sim — ela sorriu, inclinando-se para pegar o crachá dele do bolso. — Rodolfo, que nome bonito.

Ele apenas agradeceu, ainda atordoado com sua presença. Era como se ela o tivesse enfeitiçado.

Quando a bebida dela chegou, em um copo para viagem, ela sorriu novamente. — Você vai subir? Podemos ir juntos.

Era quase impossível dizer não para seus olhos azuis tão penetrantes. Rodolfo se viu incapaz de resistir. Com um gesto, ela entrelaçou seu braço no dele, e juntos, eles caminharam até o elevador.

— Onde você vai descer?

— O que? — Ele a encarou confuso com o que a moça havia dito.

— Você é muito fofo — Se aproximou e beijou seu rosto.

Rodolfo se aproximou e apertou o botão do último andar, da parte da diretoria. Ele era tão jovem e já era um funcionário de alto escalão. Pensando que talvez ele fosse filho de algum dos diretores, não era o plano dela dar poder pra alguém ambicioso.

— Me passa seu telefone — Ela disse, se aproximando cada segundo mais dele, quase o pressionando contra a parede do elevador.

— Vamos ver se você trabalha aqui.

— Mesmo assim — Ela esticou seu telefone pra ele, mas simplesmente não pegou. — Você é difícil né.

Quando eles chegaram ao último andar, saíram juntos. A moça da recepção, assim que viu ela chegando, correu.

— Lili, não acredito! — Ambas pularam juntas como se fossem adolescentes.

Rodolfo encarou aquela cena um pouco desorientação. Lili, agora ela havia ganhado um apelido pelo menos.

— Licença? — Bateu contra o balcão da recepção pra ver se Carla prestava atenção nele.

— Chefe tá te esperando. — Carla respondeu sem dar muita atenção para Rodolfo, ela não gostava dele, simplesmente o santo não batia.

— Obrigado.

Rodolfo virou as costas e foi para a sala do chefe, olhando algumas vezes para ela e a mulher conversando. Sua cabeça estava confusa; em três anos de empresa, nunca tinha visto essa mulher ali, e ela parecia conhecer a todos.

Ele adentrou na sala e encontrou seu chefe rindo ao telefone conversando distraidamente com alguém, parecia ter boas notícias, mas elas iam além do dinheiro que Rodolfo tinha conquistado dado um grande lucro para a empresa com sua ideia.

A filha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora