Rodolfo decidiu retornar para casa, enquanto uma sensação estranha o acompanhava. Era difícil para ele compreender a proximidade entre Mina e Elisa. Ele reconhecia a carência materna de sua irmã; afinal, sua mãe nunca fora gentil, e seu pai parecia indiferente a ela. Na verdade, Mina chamava o pai de Rodolfo de pai, pois ele era um homem excepcionalmente gentil e a moça assim o considerava. Rodolfo sentia um misto de gratidão e preocupação ao perceber o quanto era bom para Mina ter figuras femininas em sua vida, especialmente alguém como Elisa, que parecia genuinamente preocupada com ela.
Após um banho revigorante e uma troca de roupa, Rodolfo se dirigiu ao escritório para se atualizar com as notícias do dia. Enquanto mergulhava nas manchetes, seu telefone começou a tocar, interrompendo sua concentração. Uma videochamada com o nome de Mina brilhava na tela, mas quando ele atendeu, foi surpreendido ao ver o rosto de Elisa. A inesperada presença despertou sentimentos confusos nele
─ Mina, você está diferente.
─ Bom, como eu não tenho seu número... ─ Ela sorriu, sua voz carregada de uma leve brincadeira. ─ Está em casa?
─ Sim, senhorita.
─ Já almoçou?
─ Sim, senhorita.
─ O que vai fazer agora?
─ Ligou para quê, Ana Elisa? ─ Disse ele friamente.
─ Só para te ver.
Ele ficou em silêncio, seu coração acelerou, mas ele não queria transparecer a situação. Mina apareceu ao lado de Lisa, apoiando a cabeça no ombro dela.
─ Oi, Tato. ─ Ela disse sorrindo.
─ Olá, meu amor. Você está se divertindo?
─ Sim, muito. Precisa ver o tanto de coisa que eu ganhei.
─ Ah, ganhou muitos presentes. Não fique gastando sem necessidade. E você Ana Elisa não compre coisas que ela não precisa.
─ Tá bom. ─ Ela resmungou.
— Seu irmão está me dando bronca? — Ana Elisa olhou para Mina.
— Está sim — respondeu para Elisa rindo enquanto via Rodolfo com uma cara seria do pela tela.
— Sexy — Ana Elisa encarou Rodolfo e piscou para ele.
Ele suspirou sendo audível para ambas que riram dele. Ele tentou controlar seu sorriso, estava feliz de ver Milena feliz, mas Ana Elisa era uma força da natureza.
─Quando vai chegar? ─ Perguntou Rodolfo, preocupado com a irmã.
─ Mais tarde. ─ Mina pegou o celular. ─ Tchau, Dorfo.
Ela deslizou o telefone abruptamente, parecendo empolgada com algo que viu. Não havia motivo para ele se preocupar; Mina estava com boas pessoas, e ela era quase adulta.
Rodolfo foi para o quarto e dormiu um pouco.
Ao despertar, encontrou a porta entreaberta, e o som de risadas preenchia o ar. Pegou o celular na cabeceira, verificando as horas: 19h30. Parecia que havia cochilado por apenas 10 minutos, mas na verdade, já haviam se passado cinco horas.
Saindo do quarto, dirigiu-se imediatamente ao banheiro, onde lavou o rosto e escovou os dentes. Ao chegar na sala, deparou-se com uma cena surpreendente: Ana Elisa e Mina conversavam animadamente.
─ Olá ─ Ele disse, estranhando a situação. ─ Vocês estão fazendo o que?
─ Jantando ─ Respondeu Lisa, com um sorriso caloroso. ─ Vem, compramos para você.
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A filha do Chefe
Romance[ D A R K R O M A N C E ] ❍ [ E M A N D A M E N T O ]❍ [ E R O T I C O] Rodolfo nunca imaginou que uma única noite de paixão poderia se transformar em um labirinto de problemas e dilemas. Quando se entregou ao desejo e à luxúria, estava convenci...