Capítulo 30

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Rodolfo acordou em susto, ele pegou o celular debaixo do travesseiro para ver as horas, parecia mais cedo do que realmente era, ele se espreguiçou um pouco ponderando se deveria ou não se levantar afinal era sábado, quando se lembrou que Eduardo estava em sua casa, ele não podia fazer corpo mole, seu sogro perto deixaria tudo mas complicado. Ele pegou algumas roupas e foi até o banheiro, tomou seu banho e ajeitou o cabelo, 

Você é ridículo, vai encontrar sua namorada? — Rodolfo disse para si mesmo bagunçando seu cabelo, ele suspirou, a séculos não desejava impressionar ninguém agora gostaria de impressionar um homem.

Quando saiu do banheiro em vz de ir para seu quarto se dirigiu à cozinha, o ambiente era silencioso ainda talvez por ser tão cedo, ele abriu o armário silencioso e puxou um xícara, com alguns toques ligou a cafeteira, o cheiro de café encheu o ambiente e os pulmões de Rodolfo trazendo uma calmaria para ele.

Ele pegou sua xícara de café e provou um gole, sentia seu corpo aquecer, naquele momento ele se lembrou de seu visitante especial, Eduardo que estava sentado no sofá ainda parecia estar com sono, ontem a noite Rodolfo perdeu a oportunidade de conversar com Ana Elisa sobre a presença de seu pai na casa e se ela  descobrisse iria ficar brava. 

Naquele instante pensou que quanto antes fosse sincero que havia deixado o pai dela passar a noite seria melhor para ele, poderia acabar gerando uma grande comoção já que estava furiosa com seu pai ainda.

Eduardo estava acordando. Ao ver o movimento na casa, decidiu se levantar. Ele cumprimentou Rodolfo sutilmente com um aceno de cabeça.

Ao se olhar no espelho, notou o quanto estava abatido. O sofá de Rodolfo não era desconfortável, mas a ausência de Ângela era dolorosa. Dentro do banheiro, começou a planejar seu pedido de desculpa. Havia recontratado Rodolfo e agora precisava se acostumar com a ideia de que sua filhinha, sua menininha, estava com ele.

Eduardo pensava na diferença de tamanho entre eles. Ana Elisa era uma mulher alta, mas Rodolfo era maior que ela. Em meio a essas visões perturbadoras, Eduardo jogou água no rosto, tentando clarear a mente e encontrar a coragem para enfrentar a realidade.

O barulho da campainha tão cedo assustou tanto Eduardo quanto Rodolfo. Eduardo estava no meio de seus pensamentos.

Quando a porta se abriu, ele se deparou com Ana Elisa, vestida com uma roupa linda e exalando um perfume suave de flores. Sem hesitar, ela pulou nos braços de Rodolfo, entrelaçando suas pernas ao redor dele. O impacto quase fez com que ele perdesse o equilíbrio, mas Rodolfo a segurou firme, rindo da situação.

— Eu senti sua falta — disse Ana Elisa, segurando-se fortemente em Rodolfo e beijando seu rosto com carinho.

— Eu também, meu amor — respondeu Rodolfo, olhando nos olhos dela antes de beijar suavemente seus lábios. O toque de seus lábios fez Ana Elisa sorrir, um sorriso que iluminou o rosto dela.

Quando Eduardo saiu do banheiro, ainda imerso em seus pensamentos, ele se deparou com uma cena inesperada. Ali, no meio da sala, estava sua filha Ana Elisa, presa em Rodolfo como se ele fosse um pau de sebo e ela estivesse tentando ganhar um prêmio. Suas pernas estavam entrelaçadas ao redor dele, e ela se segurava firme. A visão era surpreendente e, por um momento, Eduardo ficou paralisado, sem saber exatamente como reagir.

— Ana Elisa — a voz dele soa como surpresa ao ver Ana Elisa pendurada no pescoço de Rodolfo.

A voz de Eduardo atravessou o casal como um raio, fazendo com que Rodolfo se sobressaltasse. Instintivamente, ele a soltou, e Ana Elisa firmou seus pés no chão de forma abrupta, dando um passo para trás. Seus olhos começaram a percorrer o ambiente, captando cada detalhe para entender o que aconteceu.

A filha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora