A calmaria, às vezes, pairava como um presságio sombrio, pelo menos na percepção ocasional de Rodolfo. Quando a tranquilidade se instalava em sua vida de maneira demasiadamente plácida, ele não podia deixar de temer o inevitável desdobramento de eventos desfavoráveis. Era como se a serenidade do momento servisse apenas como um prenúncio de tempestades iminentes.
Após o café da manhã, Peter surgiu vestindo uma sunga branca, que ressaltava o constante tom bronzeado de sua pele. Um sorriso exibido adornava seus lábios, irradiando uma confiança inata que o caracterizava.
— Vou nadar — Anunciou Peter, sua voz carregada de entusiasmo.
— Vou junto — Respondeu Ana Elisa, animadamente.
Eduardo, observando os dois, sentiu-se desconfortável com a presença de Peter. Seu olhar fixo revelava uma inquietação subjacente.
— Agora? — Indagou, expressando sua relutância.
— Claro, por que não? — Retrucou Ana Elisa, já se dirigindo apressadamente para trocar de roupa, enquanto Peter se afastava.
Enquanto Ana Elisa se aprontava, a tensão pairava no ar. Eduardo não conseguia esconder sua preocupação.
— Até quando Ana Elisa vai ficar tão próxima desse Peter? — Ele perguntou, preocupado com a segurança de sua filha.
— São apenas amigos, querido — Ângela interveio, tentando acalmar os ânimos.
— Ele é um libertino, lembra? Pegando uma das nossas empregadas na lavanderia — Eduardo lembrou, reforçando suas preocupações.
— Meu Deus — Comentou Rodolfo, surpreso com a revelação.
— Rodolfo, por favor, mantenha um olho nele. Não quero que ele se aproxime demais da minha princesa — Eduardo disse, com uma firmeza inabalável.
— Ela vai morrer solteira se continuar assim — Suspirou Ângela, vendo a teimosia de Eduardo.
— Por que ela não arruma alguém decente? — Indagou Eduardo, buscando uma solução para o dilema de sua filha.
— Como o Caio, que você tanto insistiu para que ela saísse? — Ângela retrucou, relembrando antigas tentativas fracassadas.
— Não, veja bem, o Bernardo era um bom rapaz — Argumentou Eduardo, tentando justificar suas escolhas passadas.
— Elitista demais — Contrapôs Ângela, apontando as falhas em suas sugestões.
— E o Fabian?
— Com apenas 1,60 de altura.
— O Ariel?
— Nome de mulher, e quer ser uma.
— E o Rodolfo? — Ângela sorriu para o marido, ciente do relacionamento dele com a filha.
— Como assim, senhor?
— Sim, Ana Elisa deveria estar acompanhada por alguém que cuide da família, seja inteligente e tenha uma carreira estável."
Ângela lançou um olhar significativo para Rodolfo, um sorriso discreto curvando seus lábios, enquanto Eduardo enumerava as qualidades do rapaz. Quando Ana Elisa retornou, todos voltaram sua atenção para ela.
— O que houve? — Ela parecia confusa.
— Nada, Rodolfo irá com você. — Eduardo afirmou.
— Senhor, eu...
— Não se preocupe, ele irá mesmo.
Rodolfo se ergueu, sem saber que estava sendo inadvertidamente jogado na "arena dos leões" pelo próprio Eduardo. Ângela sentiu uma pontada de excitação ao perceber o rumo dos acontecimentos.
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A filha do Chefe
Romance[ D A R K R O M A N C E ] ❍ [ E M A N D A M E N T O ]❍ [ E R O T I C O] Rodolfo nunca imaginou que uma única noite de paixão poderia se transformar em um labirinto de problemas e dilemas. Quando se entregou ao desejo e à luxúria, estava convenci...