Capítulo 7

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Quinta-feira

— Talvez eu fosse um maldito confeiteiro — disse ele para si mesmo com a boca cheia de biscoito quente. — Estes são deliciosos — Ele usou uma espátula para mover o resto dos biscoitos da assadeira para um prato e acendeu o fogo embaixo da chaleira. — Na verdade, Granger, você será obrigada a dedicar uma página inteira de suas anotações ao quão deliciosos eles realmente estão. Aaaaaaaaa e estou falando sozinho mais uma vez. Puta merda.

Ele olhou para o relógio. Sete minutos até ela tocar a campainha. Não estava chovendo esta noite, então havia pouco perigo de ela precisar pegar a roupa dele emprestada novamente, o que era uma pena, porque ele achava que ela ficava muito melhor com suas roupas disformes de corrida do que com seu terno abafado. Ele fez uma pausa momentânea para recriar a breve janela de tempo em que ela estava seminua em seu banheiro. Só que desta vez ele ouviu uma chamada de voz vinda da porta.

"Senhor Malford" ele imaginou a voz. "Você poderia me ajudar com isso? Não consigo desabotoar meu sutiã."

A campainha tocou. Cinco minutos adiantada!

— Já vou — ele disse. Ele acelerou sua mente, evocando as imagens menos sensuais conhecidas pelo homem, em uma tentativa desesperada de alisar a frente de suas calças. Assim que ele estava em segurança fora da floresta, por assim dizer, ele abriu a porta.

— Desculpe, cheguei um pouco cedo — disse ela. — Espero que não seja muito incômodo.

— Bem, se você tivesse chegado antes, teria havido uma situação bastante desconfortável, com as prostitutas saindo. — Ele a conduziu para dentro.

— Prostitutas? Plural?

— Eu sou um homem rico e de bom gosto, Granger.

— Por que cheira tão bem aqui? — ela perguntou desconfiada, colocando a bolsa no chão e remexendo nela.

— As prostitutas e eu estávamos fazendo biscoitos.

— Claro. Eu sou boba.

— O que você achou que eu estava fazendo com as prostitutas? Tsk tsk. Você — disse ele, entrando na cozinha. — Tem uma mente suja.

— Sim. Que perversidade da minha parte pensar que alguém faria sexo com profissionais do sexo. — Ela o seguiu até a cozinha. — Então, posso comer alguns biscoitos de prostituta?

— Eu suponho. — Ele entregou-lhe uma caneca de chá.

— Você colocou...

— Um pouco de leite, uma colher de açúcar.

— Obrigado. — Ela pegou um pedaço de biscoito. — Hum. Espero que você tenha pago bem a essas senhoras.

— Elas saíram satisfeitas.

Ela revirou os olhos e levou sua caneca para a sala.

— Com toda a sinceridade, obrigado por fazer isso. Não me lembro da última vez que comi um biscoito caseiro com gotas de chocolate.

— De nada. Oh! — ele exclamou enquanto ela tirava um objeto de sua pasta. — Maravilhoso! Um caderno novinho. Estou muito feliz que você tenha encontrado um substituto adequado para o último. Quantas lágrimas você derramou por sua morte prematura?

— Pare de ser tão idiota. Nós tínhamos um acordo.

— Não, o acordo é eu responder suas cinco perguntas sem ser um idiota completo. Não fiz tais promessas para interações que ocorrem fora do âmbito dessas questões.

— Fan...tástico.

— Então pergunte.

— Tudo bem. — Ela se acomodou no sofá, destampou a caneta e tomou um gole de chá. — Como está o seu-

Thirteenth Night | Tradução - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora