Daniela e Malu - Memórias de Duas Leoas 🦁

Baby DamLu - Grávidas?

Narrador: Desde que começaram a namorar, Daniela e Malu tinham em mente formar uma linda família. A cantora já tinha filhos biológicos e adotados, mas era um desejo de Malu ter um filho seu também. Mas depois, com o passar do tempo do relacionamento de ambas, a jornalista tirou esse pensamento da cabeça, porque junto com Daniela, veio também 3 filhas que foram registradas pelas duas. Se dedicava à educação das meninas e tudo que dizia respeito à elas, o que lhe fazia mãe, de qualquer forma. Mas com o tempo, a cantora começou a lhe falar sobre a possibilidade de terem um filho gerado por Malu, através de inseminação artificial e já não sabia como fugir desse assunto perante à esposa:

- Então, o que me diz hein!? Escolhemos tudo certinho com acompanhamento dos profissionais e te inseminamos, meu amor! - conversavam abraçadas na cama .

- Dam... - se mexeu e tirou a mulher do seu peito - você sabe que o que mais quero é ter um filho com você, mas já temos as meninas e as nossas vidas são tão corridas, não sei se seria bom dar esse passo agora e ainda vamos casar, temos o livro... - se lamentou - sempre foi um desejo meu ser mãe, mas hoje, me sinto completa com as meninas.

- Mas queria tanto, Malu - acariciou o rosto da outra - vamos tentar, nem que seja uma vez. Não temos nada a perder.

- Prometo que vou pensar com carinho.

- Já imaginou!? - sorria - você com aquele barrigão, linda do jeito que você é... eu não vou aguentar de tanto amor - abraçou Malu.

- Eu que vou ficar gorda, com os hormônios à flor da pele, enjoada né!? - fingiu indignação.

- Peraí, isso é um sim!? - arregalou os olhos.

- Você vem me aporrinhando tanto com esse assunto, que vou acabar cedendo agora ou mais tarde, então, que seja logo.

- Amoooooorrrr - beijou todo o seu rosto afoitamente - você não vai se arrepender, vamos ter um bebê lindo!

- Mas eu tenho uma condição: que sejam com seus óvulos, eu gerando e não com os meus.

- Mas amor... - parou por um momento - queria que tivesse o seu DNA. Faz com o seu, vai! Eu já tenho dois filhos biológicos.

- Danielaaaa! - colocou os cabelos atrás da orelha - porque você tem esse poder sobre mim, hein!?

- Por isso que te amo!!!! - gargalhou - e adoro te ter assim! Rendida pra mim - piscou beijando a mulher.

Os dias passaram e as duas não comunicaram a ninguém que iam fazer o procedimento. Malu fez uma bateria de exames, começou a estimulação ovariana com remédios, escolheram o doador e tomaram outras providências a respeito desse assunto. Estavam completamente ansiosas para o dia da inseminação e tentavam disfarçar conversando sobre nomes:

- Se for menina, queria muito Valentina, Dam - estavam na varanda.

- É um lindo nome, Malu - se aconchegou nos braços da namorada.

- E se for menino? Não pensei em um nome ainda. Sugestões? - sorriu.

- Huuum, se for menino... queria colocar o nome de seu pai: Pedro! Sempre gostei desse nome e seria uma homenagem ao meu sogro que tanto tenho respeito e carinho.

- Não faz isso! - disse totalmente emocionada - ele não vai aguentar - sorriu limpando uma lágrima que queria descer do seu rosto.

- Então, está decidido! Se for menina, Valentina e se for menino, Pedro - olhou fundo nos olhos da jornalista e a beijou selando os lábios de ambas.

- Sempre me ganhando - a abraçou forte - é uma linda homenagem, estou muito feliz!

Conversaram mais um pouco e em alguns dias, já fariam o procedimento de inseminação pra ver se daria certo ou não.

Tão logo chegou o dia D e Malu estava uma pilha de nervos. Andava de um lado a outro dentro da sala da clínica. Já Daniela, tentava manter a calma, acalmando sua namorada:

- Eiii, vai dar tudo certo, meu amor - pegou em suas mãos - a gente vai conseguir.

- Será Dam? Será que serei mãe mesmo? - estava morrendo de medo de se frustrar com a tentativa.

- Eu tenho certeza que o destino está nos reservando algo muito bom, só precisamos acreditar.

Malu balançava a cabeça afirmando que sim, mas não podia negar que se sentia angustiada com a situação.

Ao final do dia, voltaram pra casa e já tinham feito o procedimento. Agora, só restava esperar pra ver se tinha tido êxito.

Depois de 15 dias mais ou menos, depois do procedimento, em uma manhã, quando estava redigindo sobre o livro, Malu sentiu um enjoou. Se levantou num impulso por causa da sensação e quase caiu, porque estava tonta. Automaticamente lhe veio à sua cabeça a gravidez. Sorriu e se emocionou colocando a mão na mesa, se apoiando pra não cair. Gritou por Daniela que veio ao seu encontro rapidamente:

- Oi, Malu! O que foi? - chegou à sala com a mão no peito tamanho foi o grito que a namorada deu.

- Dam, Dam! - tentava se equilibrar ainda em pé - estou enjoada... - foi cortada pela mulher!

- Não acreditoooooo - pulou de alegria - não acredito, meu amor!!!!

- Calma, pode ser só uma indisposição - tentava manter a serenidade - mas estou tonta, parecendo que estou navegando em um navio no mar.

- Amorrr, você está grávida!!!!! - continuava eufórica e foi abraçar a jornalista que já estava emocionada de novo.

- Me segure aqui pra eu não cair - se abraçou à outra.

- Malu, nem acredito que teremos um filho, meu amor!!!!

- Precisamos fazer o teste pra saber se é isso realmente - ponderou.

- Vamos fazer, mas já sinto que é o nosso filho aqui dentro - alisou a barriga lisa da mulher.

- Não dá pra se basear somente nesses sintomas, amor - falou um pouco desanimada - vamos esperar o exame.

Se abraçaram mais uma vez e ligaram para a médica que estava acompanhando todo o processo para lhe falar sobre a situação ocorrida e a partir daí, fazer o exame de sangue pra confirmar ou não a gravidez.

No outro dia, antes de fazerem o exame de sangue, compraram um teste de farmácia porque Daniela não estava aguentando de ansiedade:

- Não confio muito nesses testes, Dam. Vamos esperar o exame, vamos!? - não queria se frustrar e além do mais, só tinha tido o enjoo ontem.

- Malu, deixa de ser pessimista! - abriu a caixa com o teste - toma.

Malu pegou o teste e se dirigiu até o banheiro e quando acabou, voltou chorando com a palheta na mão, indicando que realmente ela estava grávida!
Não disseram nada, apenas se olharam e se abraçaram chorando as duas!

A família tinha crescido e agora, mais do que nunca, reafirmavam o amor que sentia uma pela outra com aquele filho que era fruto daquela relação entre duas mulheres.