Prólogo

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  As vezes eu acho que tô ficando louca. Seria paranóia ou eu estou consciente de meu estado? Não, isso não importa mais! Eu só quero... preciso, na verdade, voltar para o meu "paraíso".

  Essas palavras soavam mais claras no papel onde [Nome] escrevia desesperadamente. Era meio da tarde, e a lousa estava repleta do mais novo conteúdo de artes. A professora notou os gestos frenéticos de [Nome] e com uma feição preocupada resolveu chamar sua atenção.

  — [Nome]? Tudo bem com você?

  — Ah... Sim, sim. — [Nome] respondeu assim que levantou rapidamente o rosto para vê-la.

  Alguns colegas de turma a olhavam parecendo não reconhecê-la. Talvez fosse o cabelo um pouco bagunçado ou talvez os recentes trejeitos de alerta, desconfiança. Muitos podiam jurar que ela estava viciada em alguma droga ou que estava com algum espírito lhe sugando a sanidade.

  A professa fingiu acreditar nas palavras da garota e acenou a cabeça, porém, no fundo, pensava consigo em buscar ajuda. Sim, ela tinha plenitude que talvez estivesse exagerando, mas vendo o estado de sua aluna, não podia pensar o contrário.

  — Ei, [Nome] — a fiel amiga chamou num tom baixo, mas não obteve respostas — [Nome]! — ela acertou-a uma bola de papel e finalmente obteve sucesso.

  — O que é? — a garota perguntou com certo estresse.

  — Você por acaso já copiou o assunto?

  — Não enche.

  — "Não enche?" você tem noção que precisa ter responsabilidade?

  — Ai, Flávia, cuida da sua vida. — ignorou a menina virando o rosto para o papel novamente.

  — Quando você ficar de recuperação vai ser bem empregado! — Flávia rebateu e para a supresa de toda a sala, [Nome] não teve uma reação muito amigável.

  Em poucos segundos, puderam ouvir os gritos de Flávia pedindo que [Nome] parasse. Em poucos instantes a sala se tornou uma bagunça com os colegas tentando apartar [Nome] de Flávia e a professora correndo na direção da confusão.

  — O que é isso?? — a professora perguntou depois de finalmente chegar ao aglomerado. — Meu Deus! — era inevitável o espanto da mulher ao ver o nariz sangrando de Flávia. — Já para a diretoria! — apontou ela à [Nome] em direção à porta.

  Não foi preciso ninguém forçá-la a sair. Ela pegou suas coisas e simplesmente deixou a classe. A feição irreconhecível, visivelmente perturbada, na verdade.

  (...)

  — Não sei o que há de errado com ela. — Suelí, a mãe, comentou tristemente à diretora que ouvia tudo atentamente – diferente da mãe de Flávia que logo cortou a fala.

  — Pois eu sei muito bem! Ela está nitidamente fora de si!

  — Vamos nos recompor, senhoras. — a mulher interviu. — Não posso fazer outra coisa, se não mandá-la para reabilitação. — ao ouvir tal sentença, Suelí não conteve um choro. O choro era tudo que podia fazer, pois se opor não estava em seus planos. Claramente sua filha precisava de ajuda.

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Eu simplesmente tive um pico de criatividade e decidi usá-lo. Faz algum tempo que não escrevo nada (nem mesmo para mim mesma, no bloco de notas) e então decidi voltar e tentar formas novas. Eu peço que não esperem constância de minha pessoa, pois nem eu mesma sei como é meu pico de energia/criatividade. Apenas leve isso como uma história-hobby de uma garota na internet :)

 

O Dono dos meus Sonhos | LEON KENNEDYOnde histórias criam vida. Descubra agora