— Como assim? — [Nome] gaguejou enquanto pegava a arma de forma hesitante. — Mas eu nem sei usar isso. — ela ergueu o olhar pra ele que havia se levantando.
— Vou te dar uma explicação rápida. — ele respondeu antes de gesticular com a mão para que ela levantasse.
[Nome] acatou a ordem mesmo sentindo suas pernas quererem falhar por conta do nervosismo causado pelo pensamento do que poderia vir a seguir.
Leon aproximou-se por atrás, guiando o braço dela, apontando-o para o paredão de pedra à frente. [Nome] podia sentir seu abdômen definido e aqueles braços em volta dela, ajudando-a segurar firme a arma, enquanto a respiração dele tocava sua bochecha direita.
— A arma está travada... — ele olhou para a pistola nas mãos – um pouco trêmulas – dela. — ...respire fundo e concentre-se, [Nome], desse jeito você não conseguirá acertar o alvo. — como se ela estivesse em condições para isso. Era meio complicado se concentrar com ele tão perto, mas ela reuniu forças e respirou fundo, conseguindo manter a arma finalmente estática. — Ótimo, agora puxe o ferrolho aqui acima. — ele mostrou com o indicador e a garota destravou. Ela não podia negar que estava sendo uma verdadeira emoção. — Mantenha-se desse jeito, mire e agora puxe o gatilho. — ela fechou os olhos brevemente, engolindo em seco ao sentir aquela voz grave perto de seu ouvido.
Leon percebeu que ela estava hesitante, mas respeitou o pouco tempo que ela utilizou para finalmente puxar o gatilho e cravar o projétil na parede à frente. Ele não soltou as mãos dela em momento nenhum, auxiliando-a para que não perdesse a direção.
[Nome] poderia ter cambaleado para trás se não fosse pelo sustento de Leon que ainda segurava seu pulso.
— Pronto. Já aprendeu. — ele se afastou dela, sendo seguido pelo olhar da garota.
— Espero ter esse êxito se eu precisar... — ela mudou a visão para a pistola em sua mão.
— Lembre-se de manter a calma. — ele relembrou antes de partir. [Nome] sendo deixada apenas com a visão de suas costas largas sumindo à medida que ele se afastava.
Por um momento ela sentiu seu corpo estremecer de medo com o pensamento de não conseguir se virar a tempo dele voltar, mas preferiu se reclusar em voltar a aquecer-se com o calor da fogueira improvisada.
(...)
[Nome] não sabia dizer ao certo quanto tempo Leon demorou pra retornar, só agradeceu aos céus por poder rever aquele rosto angelical novamente. Leon notou o rosto dela se iluminar ao vê-lo ir em sua direção rapidamente.
— Parece que alguém estava com saudades. — ele soltou uma risada nasalada antes de parar perto dela.
[Nome] entendeu o trocadilho e mudou a visão, tentando não enrubescer com a observação de Leon.
— Mas e aí, conseguiu a chave? — ela limpou a garganta, passando a mão pelo cabelo numa tentativa de – não só mudar o assunto – como afastar a vergonha.
— Sim. — ele respondeu checando o relógio. — Vamos ter que ir por outro caminho, acabei encontrando um outro barco. — ele gesticulou com a cabeça para que ela o seguisse.
[Nome] apenas obedeceu.
— Ah! Tá aqui sua arma. — ela levantou a mão para entregá-lo o objeto.
Leon a olhou antes de mudar a visão para o objeto na mão dela. Ele sorriu sutilmente ao ver como ela parecia nervosa na presença dele e pegou a arma. Seus dedos, brevemente, fazendo contato com a pele macia dela antes de finalmente ter o objeto em mãos. Esse gesto não passou despercebido por [Nome] e ela se perguntou mentalmente se havia algum motivo por trás daquilo ou se estava sendo emocionada o suficiente para achar que aquele homem queria alguma coisa. Afinal, acontecia de haver uma troca de contato ao pegar algo da mão de alguém. Ela mesma já perdeu as contas de quantas vezes fez aquilo sem intenção nenhuma.
...
Depois de chegarem ao novo meio de transporte, Leon a ajudou entrar antes de ligar o motor e seguir pelo atalho que dava até o lugar que estavam antes de saírem na costa. Por sinal, o vendendor misterioso continuava lá...
— Mas afinal, quem é esse cara? — [Nome] perguntou depois de ver de longe as luzes roxas que anunciavam a tenda dele.
— Eu não faço a mínima... — Leon a respondeu manobrando para estacionar, ajudando-a a descer logo depois disso.
Depois de subir a escada, [Nome] ficou chocada com o tanto de armamento que aquele cara tinha. Onde diabos ele conseguia tudo aquilo? E melhor, por que Leon agia tão naturalmente com aquela situação?
— Aqui tem arma pra fazer uma bela festa. — ela o escutou dizer enquanto se aproximava dela.
— Você não acha estranho ele ter essas armas? — Leon percebeu o olhar incrédulo dela para ele e, por um momento, não soube o que responder.
Por outro lado, [Nome] percebeu que havia causado uma certa conturbação no ambiente – que agora estava completamente branco. O desespero se instaurando nela ao perceber que agora estava sozinha em meio aquela imensidão branca e vazia.
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O Dono dos meus Sonhos | LEON KENNEDY
Random[Nome] já não sabia mais o que era realidade e devaneios. Perdida nos seus mais íntimos anseios, ela só esperava poder reencontrar aquele que tanto a aflorava. ⚠️ Plágio é crime | Sem permissão para adaptações ⚠️