07

201 18 14
                                    

— É sério isso? — [Nome] cerrou os olhos sem acreditar no que havia ouvido — Porque ela é uma chata! A pessoa não pode se divertir que já quer estragar a diversão. Por isso! — a garota gritou e deixou a amiga ali.

  O restante da tarde foi marcado pelo afastamento de [Nome] com Flávia e sua quietude na sala. Ela não escondia sua raiva e muito menos seu descaso sobre as aulas que, assim que acabaram, [Nome] fez questão de já deixar aquele lugar.

(...)

  No jantar em casa, foi a mesma coisa. Ela não trocou palavra com ninguém e se trancou no quarto vendo edits e conteúdos do jogo até quase uma da manhã, que foi quando ela tentou dormir. Ela virava de um lado a outro, mas o sono não vinha. Estava desesperada, pois já estava dando quase três da manhã. Foi quando ela teve a ideia de ir até a cozinha e tomar um calmante – usado por seu pai, que fazia tratamento para insônia – pra tentar dormir.

  Enquanto o sono não vinha, ela ficou mechendo no celular, assistindo as gameplays do jogo. Aos poucos seus olhos ficando mais e mais pesados...

  Estava tudo escuro, e [Nome] podia ouvir de longe a voz grave de Leon falando com alguém.

  Assim que ele escutou alguns sons vindo dela, ele desligou o interfone.

  — [Nome]! — ele correu até ela que despertava meio grogue, checando-a. — Finalmente acordou, consegue se levantar? — com um balançar de cabeça atônito, ela confirmou e Leon a ajudou.

  Ela notou o lugar diferente. Parecia um quarto e estava escurecendo. Isso a deixou ainda mais confusa.

  — Onde estamos?

  — Em mais uma casa abandonada, mas pelo menos agora sei quem era aquele cara que estava com a gente. — ele a respondeu enquanto, agora, checava mais gavetas.

   [Nome], que até então parecia bem, sentiu uma dor aguda nas costas quando deu um passo para se juntar a ele. Ela gritou com a dor, atraindo a atenção do loiro e apoiou-se na cama. Leon correu pro lado dela nesse momento.

  — Que dor é essa? — ela se perguntou com os olhos queimando de lágrimas quando Leon, um pouco nervoso ao ver que a pancada que ela havia recebido tinha sido séria, pegou uma cápsula com uma mistura de ervas verdes e vermelhas.

  — Aqui, mastigue isso. — ele abriu o recipiente e derramou as ervas na boca da garota que mastigou com dificuldade pela dor e pelo gosto não ser nada agradável. — Descanse um pouco antes de irmos, assim as ervas vão surtir efeito. Aquele grandalhão não poupou força mesmo... — ele comentou e [Nome] o olhou meio confusa, de quem caralhos ele estava falando???

  Ela deitou-se com um pouco de dificuldade, sendo auxiliada por Leon.

  — Eu perdi alguma coisa? — ela perguntou com certo esforço depois de deitar-se.

  — Não se lembra? — Leon franziu o cenho e a garota negou com a cabeça. — Um daqueles monstros apareceu aqui há alguns minutos e lançou você contra a parede depois de me dar um belo empurrão e pisar em meu braço. — ele refrescou a memória dela que, nesse momento, teve alguns flashes de memória desse acontecimento. Leon sentou-se ao chão, apoiando-se na cama.

  — Fico feliz que conseguiu se livrar dele. — ela comentou.

  — Eu não fiz nada. — ele agora parecia sério checando a arma. — Ele simplesmente me largou falando de dom em meu sangue e foi embora... — ele deu mais detalhes fazendo [Nome] entender o que possivelmente aconteceu em sua "ausência". — Espero que as ervas façam efeito logo antes que ele volte. — Leon finalizou dizendo.

O Dono dos meus Sonhos | LEON KENNEDYOnde histórias criam vida. Descubra agora