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  Leon sorriu ao perceber os batimentos da garota e se pôs sentado para encará-la. O movimento súbito a assustou a princípio, mas assim que ela notou aqueles olhos azuis fitando-a tão intensamente, o sentimento de susto deu lugar ao de timidez. Era praticamente impossível ela não ficar daquele jeito na presença dele.

  — Você não parecia com vergonha daquela vez. — Leon alfinetou fazendo o rubor nas bochechas de [Nome] se intensificarem.

  Virando o rosto na tentativa de amenizar seu constrangimento, [Nome] escutou – e podia sentir também – o divertimento dele sobre seu embaraço. O que fez o calor em seu rosto aumentar – principalmente depois de sentir as mãos dele serpentearem sobre suas coxas, subindo cada vez mais.

  — O quê…!? Perdeu o juízo?! — ela segurou as mãos dele, interrompendo o movimento, e o encarou espantada.

  Leon olhou ao redor brevemente, antes de voltar a olhá-la com um sorrisinho no canto da boca.

  — Estamos sozinhos na natureza… ninguém vai aparecer aqui. — ele respondeu antes de deitá-la no gramado.

  — Quem garante? — o semblante ainda espantado dela o fez rir. — Definitivamente não, Leon. — ao notar a tentativa de aproximação de Leon, [Nome] o parou depois de pôr a mão sobre o peito dele que tentou um beijo.

  Suspirando com um sorriso, Leon se rendeu e levantou-se para se recostar na grande árvore.

  — Tudo bem, senhorita medrosa. — ele provocou e ela arfou com uma risada.

  — Eu? Medrosa? — [Nome] rebateu ao se aproximar dele que abria a cesta. — Eu tenho senso diferente de você. Afinal, só um maluco pra… — ela ponderou o que ia dizer e depois de engolir em seco, concluiu: — … no mato, num lugar onde pode chegar alguém de repente…

  — Então você nunca teve vontade de ter novas experiências? — a pergunta misturada com o semblante malicioso de Leon fizeram [Nome] rir.

  — Você não vai conseguir me convencer.

  — E não quero. — ele respondeu antes de levar uma uva à boca e oferecer outra à [Nome] que cerrou o olhar, desconfiada de suas intenções.

  — Eu prefiro muito mais que você queira. — ele piscou e tirou uma garrafa de vinho da cesta.

  — Eu não bebo. — [Nome] anunciou assim que viu.

  — Nem dois dedos? — ele tentou persuadir, deixando-a pensativa enquanto intercalava olhares entre ele e a garrafa.

  — Apenas dois dedos.

  Ela não queria parecer uma criança com ele e a fim de experimentar a bebida, aceitou. Entre uvas, pêssegos, tortas e um papo altamente interessante por parte de Leon – que a contava sobre suas missões desde Raccon City até quando conheceu Krauser –, [Nome] pedia mais doses daquela bebida tão viciante.

  Leon acabou percebendo que ela não tinha costume com a bebida após vê-la esgasgar, e tomou o copo para guardá-lo junto à garrafa na cesta. Ela não estava bêbada, mas se continuasse, não demoraria pra ficar. O olhar zombeteiro dela foi percebido por ele enquanto contava mais um pouco de como era seu treinamento.

  — Nossa… eu sempre quis aprender luta corporal…

  — Quando você estiver em condições, te ensino.

  — Por que não me ensina agora? — ela se levantou e se sustentou na árvore ao sentir uma breve tontura. — Estou ótima!

  — E eu sou o Papa. — Leon gracejou enquanto tentava ajudá-la, mas ela se afastou. Ele suspirou antes de continuar: — Aqui perto tem um lago, que tal se refrescar?

  A sugestão fez [Nome] parar e dar um sorriso de canto antes de virar pra ele.

  — Acho uma boa ideia. Tá quente mesmo…

  (...)

  Depois de passar por mais alguns campos, [Nome] avistou algumas árvores e uma trilha por onde Leon seguiu com a moto. Ela agarrou-se mais contra ele ao perceber o estreitamento do caminho, mas sua tensão só durou até finalmente ele parar depois de chegarem ao lago que era consideravelmente grande e cercado por árvores. Logo, ela percebeu que havia mais privacidade do que o campo onde estavam.

  — Eu sei que é uma vista bonita, mas acho que dar uma mergulhada e aproveitar o lago é bem melhor. — Leon insinuou após notá-la vislumbrada com o lugar.

  [Nome] foi atraída pela voz dele que passou a tirar a camisa. O mundo dela parou ao ter aquela visão gloriosa do abdômen definido e braços torneados dele. Ela sentiu salivar, e como não ficaria dessa forma? Aquele homem que corria para saltar no lago, era o ser mais perto da perfeição que ela já havia conhecido. E quando ele emergiu jogando aqueles fios dourados para trás com as mãos, enaltecendo ainda mais a definição de seus bíceps e peitoral com as gotas de água brilhando sob a luz do sol, foram mais que uma ordem para fazê-la largar a roupa e juntar-se a ele.

  — Achei que fosse ficar admirando a vista. — Leon zombou depois dela aparecer junto dele.

  — Há coisas mais interessantes para admirar… — a indireta (não tão indireta assim) fez Leon dar uma risada.

  A julgar por como ele virou o rosto, era possível deduzir que ele sabia que a tinha nas mãos, o convencimento dele era notório, – ele só não contava que ela tomasse a iniciativa dessa vez. Após sentir os braços da garota envolverem seu pescoço, Leon voltou a encará-la. Seus rostos estavam tão próximos agora que ele não teve outro impulso a não ser baixar o olhar para aqueles lábios tão convidativos.

  — Vai ficar só olhando, Kennedy? — [Nome] não resistiu em desafiá-lo.

  Após ele soltar um riso arfado e bastante convencido, rebateu:

  — Achei que não fosse perguntar… — a fala foi interrompida por ele próprio que avançou contra os lábios da garota.

  [Nome] podia sentir a necessidade, a carência dele através daquele beijo tão avulso – embora ela não ficasse atrás. Por sinal, para nenhum dos dois aquela proximidade era o suficiente mesmo ambos trocando carícias ardentes através das mãos bobas.

  Um suspiro ofegante de [Nome] quebrou o beijo, mas não foi o suficiente para quebrar o contato visual faminto que ambos lançavam um para o outro. Ao vê-la desviar brevemente o olhar, Leon entendeu o recado e os deslocou de volta à superfície.

  Cobrindo todo o torso dela de beijos, Leon sorria contra a pele molhada de [Nome] que se rendia cada vez mais aos seus toques. Ela gemia de forma manhosa para que ele começasse logo, mas isso só o fez torturá-la mais com seus beijos ardentes ao longo de seu corpo que se contorcia a cada aperto e beijo assertivo. Não aguentando mais, [Nome] entrelaçou suas pernas envolta da cintura do loiro, fazendo-o, finalmente, aprofundar aquele momento e preenchê-la lentamente.

  Um gemido arfado escapou dos lábios de ambos ao se completarem novamente. [Nome] não sabia dizer se era o vinho, mas os movimentos lentos e profundos de Leon pareciam ainda melhores que da última vez e ela falhou miseravelmente em tentar conter um gemido com o nome dele a cada estocada.

  Leon não sabia ao certo o que ela tinha feito com ele, mas ao observar aquele corpo – indo e vindo em resposta aos seus movimentos –, enquanto passeava suas mãos até firmá-las na cintura de [Nome] para aprofundar as estocadas, o faziam ter mais certeza de que não pretendia se afastar dela tão cedo…

  (...)

   Somente as árvores eram testemunhas daquele entrelaçar de corpos à beira do lago. Ninguém mais podia testemunhar o murmurar de ambos naquele vai e vem tão urgente e tão repleto de desejos.

  — Leon… — a voz manhosa acompanhou o olhar brilhante da garota.

  — Eu sei… eu também… — ele comentou ofegante antes de estocar pela última vez e enterrar o rosto contra a curva do pescoço de [Nome], que cravou as unhas em suas costas ao sentir a onda de êxtase invadi-la.

O Dono dos meus Sonhos | LEON KENNEDYOnde histórias criam vida. Descubra agora