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   [Nome] não pôde deixar de se admirar com a bela vista daquele vasto lago ao pôr do sol. A paisagem de um vasto castelo ao fundo junto à coloração violeta do céu, certamente foi bem recebida por ela, que pareceu esquecer-se de onde estavam – pelo menos até presenciar um bicho gigante sair da água e abocanhar alguma coisa, fazendo qualquer encanto cair por terra.

  Leon estava observando tudo atentamente pelo binóculos, antes de proferir em tom sarcástico:

  — Parece que temos uma bela companhia...

  Ele passou por ela, entregando o binóculos e desceu até a costa, onde estava um barco a motor atracado. [Nome] o acompanhou, observando os arredores, temendo ter mais algum bicho à espera deles. Ela então escutou um resmungar de Leon.

  — Algum problema? — o perguntou ao se aproximar, com receio do bicho do lago emergir do nada.

  — Sem combustível... — Leon comentou seriamente, passando por ela até algumas casinhas. — Deve ter um por aqui em algum lugar... — o loiro procurava entre gavetas e destroços, na primeira casa em que entrou.

  — Eu vou tentar na outra. — [Nome] correu para começar a revirar a casa e, por sorte, encontrar um galão vermelho suspeito. Ela o pegou e, notando estar consideravelmente pesado, correu de volta a Leon, que agora deixara o casebre. — Veja, encontrei algo.

  Leon tomou o galão da mão dela e abriu. Então o odor de gás pôde ser sentindo por ambos.

  — Belo achado, [Nome]. — ele agradeceu com um sorriso e correu para abastecer o barco. [Nome] corou quase que imperceptível e o seguiu. Uma vez com o tanque cheio, Leon puxou a corda do motor para ligar o barco. — Me espere aqui. — ele ordenou, deixando a garota receosa, mas ela acatou a ordem e ficou para vê-lo partir. No fundo ela sabia que era para seu bem.

  Ela observou pelo binóculos e se acalmou ao ver que não havia nada de errado com o barco. O lago estava calmo até então. Perdendo um pouco Leon de vista, ela subiu até onde eles estavam antes e conseguiu ter uma visão ampla do lugar somente para instantes depois, ver Leon sendo arrastado por algo que ambos sabiam muito bem o que era.

  — Leon! — de repente o pânico tomou conta de [Nome] ao testemunhar os acontecimentos do monstro que puxava o barco vorazmente. Ela só podia rezar para que o pior não acontecesse com ele, já que nada podia fazer para ajudá-lo.

  Enquanto isso, ele se equilibrava no barco como podia enquanto lançava arpões contra à criatura. À medida que ele acertava, o bicho se tornava mais feroz e arrancava com o barco. Leon havia acertado mais um contra ele, quando viu a criatura sumir de suas vistas depois de mergulhar.

  — P-pra onde ele foi? — ele se perguntou ofegante enquanto caçava a criatura com os olhos, tentando descobrir para onde ela pudesse ter ido.

  Sendo surpreendido por ela em seguida, que pulou por cima do barco fazendo-o se desequilibrar por um momento. A criatura não estava pra brincadeira, puxando mais uma vez o barco contra uns entulhos que boiavam sobre a superfície do lago, fazendo Leon ser lançado para trás com o impulso. Ele conseguiu desviar o barco dos detritos ao manusear o leme do motor em meio aquela tempestade.

  Nesse ínterim, [Nome], que assistia tudo aquilo com o coração na mão, de repente escutou vozes a chamarem. Espera... mãe?

  — [Nome]? — a mulher chamava enquanto tentava acordá-la com movimentos sutis. Ela estava parecendo ter um pesadelo a julgar por como se contorcia na cama.

  — Não! Leon! — a garota gritou ao dar um solavanco, assustando a mulher que a segurou pelos braços.

  — [Nome]! Tá tudo bem, é só um pesadelo. — ela disse conseguindo fazer a garota despertar finalmente. O olhar confuso fez com que ela explicasse a situação. — Você teve um pesadelo. Está tudo bem? — ela checou a temperatura do corpo da filha antes que a própria se afastasse nada receptiva.

  — Eu tô bem... — respondeu mal humorada enquanto levantava da cama. — Que hora é essa? — ela ligou a tela do celular para ver que estava atrasada pro colégio. — Ótimo! — ela bufou deixando o quarto. A mãe cruzou os braços, seguindo-a. O que estava acontecendo com ela que a deixou assim? Mas seja lá o que fosse, a mãe não ía deixar de a pôr em seu devido lugar.

  — Isso é o que dá, virar a noite vendo esses jogos idiotas! — a mulher lançou fazendo o sangue de [Nome] ferver.

  — Já vai começar?! — ela rebateu enquanto batia a porta do banheiro.

  — Quem você pensa que é, [Nome]? — a mulher gritou na frente da porta — Não pense porque está crescendo que vai deixar de me respeitar!

  [Nome] ergueu a cabeça para ver seu reflexo no espelho. As gotas de água escorrendo enquanto ela se perguntava o que estava de errado consigo. Desde quando ela era tão estressada assim? Ela precisava resolver isso...

O Dono dos meus Sonhos | LEON KENNEDYOnde histórias criam vida. Descubra agora