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  Flávia notou a reação da amiga e viu o garoto sorrir pra [Nome], mesmo sem entender, enquanto passava reto por elas.

  — [Nome]? — ela cutucou a amiga que virou-se em seguida. Ela parecia ter visto um fantasma de tão chocada que estava. — Você tá sentindo alguma coisa?

  — Eu... eu quero ir no banheiro. — [Nome] se levantou um pouco atônita. Flávia a sustentou pelo braço para evitar que ela caísse de repente.

  Agora Flávia estava recostada na parede, vendo [Nome] lavar o rosto e molhar a nuca.

  — Você tem certeza que não quer que eu chame sua mãe? — ela perguntou depois de ver a amiga levantar o rosto e olhá-la pelo reflexo do espelho.

  — Já passou. — ela respondeu enquanto tirava o excesso de água do rosto. — Foi só uma queda de pressão. — mentiu, mas sua feição desconfiada não passou despercebida por Flávia.

  Assim que saíram do banheiro, ambas acabaram vendo o ex de [Nome] ao final do corredor. Vê-lo tão sorridente como se nada houvesse acontecido, fez [Nome] repudia-lo ainda mais.

  — Achei que aquela praga tinha mudado de turno. — [Nome] disparou com a voz repleta de amargura.

  — Coisa é cá... O que será que ele quer aqui?

  — Aposto que veio me provocar. — a garota respondeu ainda com o olhar – nada amigável – em Caio que, assim que viu as duas se aproximarem, lançou um sorriso ladino.

  — [Nome]... quanto tempo! — ele provocou até ver a mão enfaixada. A garota apenas ignorou, passando por ele. — Caramba, o que aconteceu? — ele perguntou antes de seguir atrás dela.

  Foi quando Flávia interviu, fazendo-o parar.

  — Acho melhor você deixar ela em paz, Caio. — a voz firme de Flávia fez com que ele recuasse um pouco, embora não tenha sido o suficiente para fazer com que ele tirasse o olhar dela.

  — A gente mal conseguiu conversar depois daquilo... — ele tentou um argumento e foi quando [Nome] suspirou sem acreditar na cara de pau dele, e se levantou para confrontá-lo.

  — Por que não vai atazanar a vagabunda que estava se agarrando com você? — ela disparou chamando a atenção de mais algumas pessoas que estavam na sala.

  — Ei, relaxa. Deixa ele. — Flávia tentou conter a amiga, segurando-a.

  — Ei, fala baixo. — Caio ainda teve a pachorra de exigir alguma coisa.

  — Eu calo quando eu bem quiser! — ela avançou pra cima dele mesmo com Flávia segurando-a.

  — Foi por isso que eu te traí. Você é descontrolada, meu! — escutar aquilo foi demais para [Nome] e o tapa dado naquele rosto desprezível foi bem mais que merecido.

  Logo, os gritos de zombaria contra ele tomaram conta do ambiente, fazendo-a aquecer por um instante. Caio virou o rosto para olhar de volta pra [Nome] sem acreditar no que ela havia feito.

  Com receio que as coisas piorassem, Flávia puxou [Nome] para se sentarem em seus lugares. O olhar dela atento sobre ele que apenas saiu dali. [Nome] mais uma vez coçou o cabelo. Ela sabia que tinha que se controlar, pois já estava numa situação um tanto delicada.

  Ao chegar em casa, ela largou a mochila e andou pelo quarto ainda sendo atormentada pela intriga com o ex. Ela sentou na cama e ligou o celular para distrair a mente. Sua mente se concentrando agora nas edits de Leon que passavam em sua for you. E, estando sozinha em casa, [Nome] teve a brilhante ideia de pegar o fitoterapico que havia escondido na gaveta do guarda roupas. Hesitando ao ver a embalagem em sua mão, pois sabia que aquilo era um erro.

  Ela respirou fundo olhando para a caixa. Sabia que estava fazendo algo idiota. Contudo, ela já não aguentava mais a pressão do mundo à sua volta e só queria poder reencontrar com aquele homem novamente – o qual, de alguma forma, a fazia esquecer-se dos problemas. Ela jogou três comprimidos de vez e os engoliu de uma vez. A sensação áspera descendo por sua garganta a fez contorcer-se até que finalmente aquela agonia acabasse. Agora, só a restava aguardar o sono vir enquanto rolava a tela com as mais diversas edits dele.

  (...)

  Mais uma vez ela se encontrava num lugar desconhecido. Dessa vez não era uma sala totalmente branca e sim um jardim. Ela olhou ao redor se dando conta na estrutura medieval. A luz da lua sendo uma das fontes de claridade fora alguns candelabros nas paredes.

  Ela tomou uma rosa em suas mãos, admirando-a, até sentir uma fragrância familiar se aproximar. Virando-se, ela deu de cara com ninguém menos que Leon e um sorriso radiantemente tomou conta de seus lábios antes dela largar a rosa e abraçá-lo.

O Dono dos meus Sonhos | LEON KENNEDYOnde histórias criam vida. Descubra agora