Capítulo 23

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Se eu estivesse morrendo de joelhos
Você seria aquele que me salvaria
E se você estivesse afogado no mar
Eu te daria meus pulmões,
para que você pudesse respirar
Brother - Kodaline

Se eu estivesse morrendo de joelhosVocê seria aquele que me salvariaE se você estivesse afogado no marEu te daria meus pulmões, para que você pudesse respirarBrother - Kodaline

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SAMANTHA WILSON

LOS ANGELES, CA
GRANTS CAFÉ
17.02.2023
01:34 AM

Eu não costumo me considerar uma pessoa otimista.

Tão pouco me considero uma pessoa que espera por coisas boas. E bom... acredito que não seja algo muito surpreendente, visto que sequer consigo me lembrar a última vez em que consegui me sentir segura com o sentimento de felicidade.

Ao longo da minha vida, mais especificamente depois que eu me mudei para Nova York, houve pouquíssimas vezes que eu me senti genuinamente feliz. Houve pouquíssimas vezes em que eu vi as coisas ao meu redor fluírem, de modo que eu poderia facilmente levar a minha vida daquela maneira.

                  Ainda que, sempre houvesse uma parte de mim faltando, eu sabia que poderia passar por qualquer coisa, porque Lincoln estava comigo. Meu melhor amigo me ensinou a viver a vida do zero. Ele me ensinou a olhar para um problema e não fazer dele o meu fim.

                  E apesar de todas as dificuldades, apesar de todas as consequências e cicatrizes que o namorado da minha mãe deixou em mim, eu reaprendi a enxergar a vida como algo pelo qual valesse a pena lutar.

                  E Lincoln.... meu melhor amigo estava lá. Ele estava lá na minha primeira crise quando eu nem sabia explicar o porquê meu coração estava tão acelerado apenas por ver uma porta trancada, ele estava lá na primeira vez em que eu me envolvi em uma briga porque um bêbado idiota estava mexendo com uma mulher no nosso bar e também estava lá quando perdi o medo de conversar com as pessoas.

                     Ele acompanhou tudo. Absolutamente cada passo e tropeço. Assim como eu o acompanhei. Vi ele reencontrar seus irmãos e se desvincular da obrigação e do peso que era cuidar da sua mãe. Vi ele se apaixonar e se desapaixonar por garotas que aposto que ele nem mesmo sabe o nome hoje em dia. E também vi ele começar a estudar para ter um futuro que ninguém nunca esperou que ele conquistaria.

                      E eu? Eu desejei isso. Desejei lutar pela minha vida para ver ele conquistar a porra do mundo inteiro. Até mesmo nos meus dias mais difíceis, eu desejei ser melhor. Por ele. Desejei estar boa para ver o dia em que ele se formasse e se tornasse muito melhor do que qualquer pessoa que falou que ele nunca conseguiria.

                    E quando eu o perdi...

                   Bom, eu acho que não preciso dizer que eu também me perdi de mim mesma. Eu me afundei no completo desespero que era uma vida sem a única pessoa que me salvou de mim mesma um dia e entrei em um estado de choque.

𝑪𝒐𝒎 𝒂𝒎𝒐𝒓, 𝑺𝒂𝒎Onde histórias criam vida. Descubra agora