Capítulo 24

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Eu nasci doente, mas adoro isso
Ordene-me que eu me cure
Ah, amém, amém, amém
Take Me To Church - Hozier

Eu nasci doente, mas adoro issoOrdene-me que eu me cureAh, amém, amém, amémTake Me To Church - Hozier

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MATTHEW GRANT

LOS ANGELES, CA
18.02.2023
07:57 AM

As rugas de preocupação no rosto do meu melhor amigo é a primeira coisa que vejo, assim que adentro a cozinha.

              Flynn encara o próprio prato de comida com os ombros curvados de cansaço e nem mesmo ergue o olhar para me encarar assim que eu o cumprimento. Franzo a testa, antes de pegar um pouco do café e me sento ao lado dele, começando a me preocupar com seu silêncio.

Ele não estava normal.

Desde ontem, Flynn não estava normal.

— Está tudo bem? — pergunto e ele dá de ombros.

— Estou bem.

Eu continuo o encarando.

— O que está acontecendo?

Ele ergue a cabeça para me encarar.

— Por que você acha que acontecendo alguma coisa?

— Porque, você está quieto. Quieto demais.

— Sou assim todos os dias.

— Está encarando esse prato há mais de um minuto sem sequer tocar na comida, Flynn. O que está acontecendo?

— Não está acontecendo nada.

— Cara, eu te conheço. Por que não me fala a verdade?

— Estou ótimo. Nunca estive tão bem em toda a minha vida.

— Vai insistir mesmo nessa mentira esfarrapada?

— Bom, e você vai mesmo continuar fingindo que tudo isso aqui não parece errado? — ele deixa escapar.

— O que é errado?

— Ah, qual é... não finja que não percebeu.

Eu olho para ele, confuso.

— Do que você está falando, Flynn?

— Estou falando da minha irmã trazer um desconhecido para morar na nossa casa. — ele sussurra, claramente aborrecido — Quer dizer, quem é essa cara, afinal das contas? — abro a boca para responder mas ele se adianta — Tem apenas um dia que ele está aqui e já está agindo como se estivesse em casa! Na nossa casa. Não dele. Vai me dizer que também não se incomoda com um completo estranho morando aqui?

— Ele não é um estranho pra sua irmã, Flynn. — tento explicar.

— E isso dá a ela o direito de trazê-lo para morar aqui? Na nossa casa? Ele pode não ser um estranho para a Sam, mas é um estranho para mim. Eu não o conheço. Não sei o que ele quer com a minha irmã. E ela não perguntou para ninguém se estava tudo bem se ele dormisse na porra do nosso sofá, Matthew. Ela apenas o trouxe para cá sem qualquer aviso.

𝑪𝒐𝒎 𝒂𝒎𝒐𝒓, 𝑺𝒂𝒎Onde histórias criam vida. Descubra agora