Mais um dia de trabalho que acaba comigo, trabalho em uma das maiores empresas da cidade e neste exato momento espero o elevador chegar ao meu andar para que eu possa finalmente ir embora.
O quinto andar é somente para a equipe de design e a qual eu pertenço e se não fosse o salário com certeza não aguentaria o babaca do meu chefe que rouba todos meus trabalhos ganhando todo o crédito e ainda por cima sempre insisti em dar em cima de mim. E mesmo sendo lindo com seus olhos verdes e cabelo loiro da pra ver de longe o quanto Gabriel é escroto um verdadeiro lobo em pele de cordeiro. Graças a deus finalizo mais um dia o prédio tem exatos 15 andares e o último andar é todo resignado para o todo poderoso chefão. O grande CEO da empresa já tem seus 50 anos e leva um legado que construiu sozinho, muitas marcas viraram nossos clientes em busca de ajuda com divulgação entre outros.
Desço do elevador e paro em frente ao prédio, esperando um táxi parar. Assim que o táxi para, entro nele e informo meu endereço. Com muita sorte, consegui alugar um apartamento em um bairro de classe média, mas graças à minha amiga Lana, dividimos o valor do aluguel.
Assim que o táxi para, faço um Pix no valor da corrida e desço. O carro sai disparado e me questiono qual o problema do cara para sair assim. Entro no prédio, o porteiro me cumprimenta, entro no elevador e aperto o botão do sétimo andar. Meu andar possui quatro apartamentos: o meu, o da frente, que está vazio, o do lado do meu, onde mora a dona Neusa, e o de frente para o dela, onde mora um garoto de 18 anos.
Assim que o elevador para, caminho e vejo dona Neusa parada no corredor. Eu confesso, tenho um imã para velhinhos, eles simplesmente me amam, e com dona Neusa não é diferente. A velhinha se aproxima de mim, pega minha mão e diz.
-- Oi querida, você chegou tarde hoje está cansada certo, olhe parece que alguém esta se mudando para o apartamento de frente para o seu.
Dona Neusa parece animada mas não posso dizer o mesmo, bufo irritada e respondo.
-- Espero não ser mais um barulhento!
Me desgrudo dos braços da senhora e entro o mais rápido possível no meu apartamento.
Com certeza a Maya de 3 anos atrás estaria na porta da pessoa lhe dando boas vindas com um sorriso simpático, mas essa Maya aqui só quer distancia de qualquer pessoa, afinal não é atoa que a maioria das pessoas do prédio me chamam de rabugenta. Mas que culpa eu tenho se a vida me fez ficar assim?
Entro no meu apartamento e vejo exatamente um breu, provavelmente Lana deve estar na casa do namorado e cá estou eu com o apartamento todo para mim, entro no meu quarto e olho em volta a procura de me sentir em casa mas ainda sim me sinto desconfortável e há muito tempo deixei de saber oque é estar em casa. Jogo minha bolsa na cadeira da escrivaninha e vou direto para o banheiro tirando toda a roupa e jogando no cesto, como de costume ligo a banheira deixando a agua quente enchê-la e assim que fica pronto entro nela e ali eu fico perdida em meus pensamentos ou melhor em meus pesadelos.
Não abra essa caixa Maya.
Saio dos meus pensamentos e da banheira, seco e penteio meu cabelo depois coloco uma camisola de dormir preta e me deito olho para as paredes pretas do meu quarto e a decoração e adormeço. Ultimamente tem sido assim eu penso em qualquer coisa assim consigo dormir e fugir dos pesadelos que me seguem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sombras do Passado
Roman d'amourMaya é uma mulher super rabugenta que não deixa ninguém entrar em sua vida, porém seu novo vizinho, que também é o CEO da empresa onde ela trabalha, tenta de todas as formas se aproximar dela e, no final, acaba conseguindo. Porém, Maya tem um passad...