Capitulo 8

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Acordo e me levanto da cama com minha cabeça doendo

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Acordo e me levanto da cama com minha cabeça doendo. Vou direto tomar um banho e, quando olho para o celular, vejo que estou atrasada. Visto a primeira roupa que vejo e saio do quarto correndo. Assim que abro a porta, dou de cara com Noam, que está impecável em seu terno, e apenas digo sem olhar:


--Bom dia.


Saio correndo pelo corredor na esperança de não perder meu ônibus. Empaco no elevador, mas ele não quer subir para mim. Meu tempo é curto, então me viro direto para a escada e começo a descer sem parar. Quando finalmente chego no ponto de ônibus, descubro que meu ônibus já passou e bufo irritada por ter perdido a hora. Sento no banco esperando o próximo ônibus, quando uma Mercedes para no ponto. Sei bem que é o dono, Noam. Ele abaixa o vidro e diz:


--Olha, eu sei que não somos mais amigos, mas eu odiaria ver uma funcionária minha chegar atrasada. Vem.


Tento resistir a não entrar no carro de Noam, mas como uma boa capricorniana, odeio atrasos e bufo:


--Droga.


Entro no carro de Noam e ele responde:


-- Bom dia, Maya. A propósito, você saiu mais rápida que o Flash.


Dou-lhe um meio sorriso e apenas observo os carros que ficam para trás na estrada. Noam se vira para mim e pergunta:


-- Já tomou café da manhã?


Mesmo odiando conversas logo cedo, respondo:


-- Não deu tempo, mas tudo bem.


Quando Noam vai me responder, um Lancer entra na nossa frente com tudo, sem dar seta, e quase nos faz bater. Dou um grito:


-- AAAAAAH!


Agarro o braço de Noam, sinto minha respiração sumir e começo a me desesperar, sabendo o que vem em seguida. Noam para o carro, me olha assustado e tenta me acalmar:


-- Calma, Maya, respira fundo, está tudo bem, certo?


Assim que minha respiração volta ao normal e Noam desce do carro e vai direto no Lancer que está parado. O cara que já desceu do carro olha para o para-choque traseiro e xinga claramente irritado. Noam vai até o cara e do carro consigo escutar:


-- O que você pensa que está fazendo, cara?


O homem vai para cima de Noam e responde:


-- Olha o que você fez com meu carro, imbecil.


Noam dá risada e diz:


-- O errado aqui é você, que entrou na minha frente sem dar seta, nem esperou eu reduzir. E caso venha dizer que não, eu tenho uma câmera bem ali que está gravando tudo.


O homem se irrita e vai para cima de Noam, que não recua. Automaticamente, saio do carro correndo, tentando separar a briga, e entro no meio dos dois, tentando puxar Noam. Mas ele tem o triplo de força que eu, ou até mais, porém não desisto. Em meio a tudo, o homem me empurra, me jogando no chão, e me fazendo bater a cabeça. Digo:


-- Ai.


Coloco a mão no lugar em que está doendo e vejo sangue na minha mão. Logo em seguida, Noam larga o homem, que está no chão, e segura minha cabeça, dizendo:


-- Droga, eu vou te levar para o hospital, minha mini marrentinha.


Noam me ajuda a me levantar, me coloca no carro e começa a dirigir rápido. Minha visão fica turva e seguro seu braço, dizendo:


-- Não corra, por favor.


Noam desacelera e pergunta:


--Como você está, minha mini marrentinha?


Franzo a testa pergunto:


--Mini o quê?


Noam para e me olha, ele pega algo no banco de trás e coloca no corte da minha cabeça. Quando percebo, é uma camiseta dele que está sobre o corte e digo:


--Vai sujar sua camiseta e tenho medo do valor que ela tem, porque não vou conseguir pagar.


Noam dá uma risada, passando por um farol vermelho, e diz:


--Você sempre fala o que pensa, né? Eu acho isso incrível, sabia.


Fico quieta, me sentindo tonta, e meus olhos se fecham.

Assim que acordo, sinto algo segurar minha mão e dou de cara com Noam sentado em uma poltrona, apertando tão forte minha mão que é quase como se estivesse me esmagando. Digo:


--Pode parar de me apertar, está doendo.


Noam pula da poltrona e diz:


--Ainda bem, marrentinha, você finalmente acordou.


Fecho a cara e digo:


--Pare de me chamar disso, saco.


Noam abre um enorme sorriso que me faz querer sorrir também, mas me contenho. Ele se abaixa e beija minha testa, depois sussurra em meu ouvido.


-- Mas isso é injusto, já que você me chama de bombadinho irritante.


Me levanto da cama, me sentando com os olhos arregalados. Esse cara consegue escutar meus pensamentos?


-- Como você?


Noam, todo orgulhoso, diz:


-- Eu peguei seu celular para ligar para Lana e percebi que meu contato estava como "bombadinho irritante", engraçado, não é?


Mostro a língua para Noam e, assim que a conversa acaba, percebo que estou em um lugar do qual odeio. Levanto-me pronta para ir embora, mas Noam percebe e diz:


-- O que você está fazendo, Maya?


Me viro e respondo:


-- Eu quero sair daqui.


Noam segura minha mão e diz:


-- Mas você não pode, o médico disse que precisa ficar em observação, que você teve uma concussão.


Arranco o acesso do meu braço e digo:


-- Está certo, mas não aqui.


Noam me segura em seus braços e questiona:


-- O que está acontecendo, marrentinha?


Ignoro o apelido, pois meu pânico está quase me deixando louca, e agarro Noam, enfiando meu rosto em seu peitoral, e digo:


-- Não posso ficar aqui, por favor, me tira daqui.


Lágrimas escorrem pelo meu rosto e minha respiração falha. Noam percebe e responde:


-- Ei, tudo bem, nós vamos para casa.


Noam me pega no colo, enquanto continuo com os olhos fechados, mas reclamo:


-- Ainda consigo sentir o cheiro desse lugar.


Noam pega minhas coisas, empurra minha cabeça para seu pescoço e diz:


-- Se concentra no meu cheiro, marrentinha.


Concentrar-me no cheiro de Noam é algo tão fácil de fazer que eu amaria ter esse cheiro só para mim. Droga, eu estou enlouquecendo, só pode.

Assim que saímos do hospital, Noam me coloca no carro, entra e pergunta:


-- Por que você odeia hospital, Maya?


Balanço a cabeça, me esforço ao máximo para não chorar e apenas digo:


-- Isso nunca aconteceu certo e, por favor, não vamos falar sobre isso.

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora