Capitulo 10

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Assim que abro a caixa, encontro um relógio com a tela quebrada e sujo de sangue

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Assim que abro a caixa, encontro um relógio com a tela quebrada e sujo de sangue. Paraliso ao ver o objeto e fecho a caixa rapidamente. Noam chega por trás e pergunta:


-- O que tem dentro da caixa, Maya?


Me levanto com a caixa na mão e respondo:


-- Noam, melhor você ir para sua casa. Eu agradeço por ter cuidado de mim e tudo mais.


Antes que pudesse responder, Noam me corta e diz:


-- Por favor, Maya, me deixa entrar.


Abaixo a cabeça sabendo que Noam é uma pessoa incrível, mas que jamais eu poderia deixá-lo entrar na minha vida.


-- Não posso, Noam, não dá. Estou condenada a viver sozinha e talvez seja melhor assim.


Me viro e vou direto para meu quarto sem dizer mais uma palavra. Me sento na cama, coloco a caixa ao lado e apenas deixo as lágrimas caírem. Como fui tola ao pensar que pudesse apagar meu passado, quando ele está tão presente na minha mente e agora bate na minha porta.


Em meio às lágrimas, um soluço aparece e me desmancho na minha cama, ficando em posição fetal, porque estou fadada à desgraça. Mesmo pensando estar sozinha, a porta se abre e Noam entra e diz:


-- Me desculpe, mas não consigo te ouvir chorar e não fazer nada.


Noam pega a caixa e a coloca no chão, depois se deita ao meu lado e me abraça, dizendo:


-- Tudo bem, Maya, eu não vou te perguntar nada.

Me agarro a Noam e apenas deixo todas as lágrimas que venho guardando sair, toda dor que escondo se soltar da minha alma enquanto tento respirar. Noam acaricia minha cabeça e me abraça com tanta força que me faz sentir segura como há muito tempo não sentia, e adormeço.



Acordo com um barulho e, ao me virar, encontro Noam ao meu lado na cama, mas pulo ao ver que ele está com um livro na mão e pergunto:


-- O que você está fazendo?


Noam olha para o relógio e diz:


-- Droga, parece que eu passei a noite toda lendo.


Olho para a capa do livro, meus olhos se arregalam, e Noam pergunta:


-- Agora entendi porque você gosta tanto desse Zade. E me diz outra coisa, qual dos cavaleiros é seu favorito? Eu ainda estou no começo, mas já gosto do Will.


Me levanto, olhando os livros em volta de Noam, e digo:


-- Não, você não leu eles certo?


Noam solta um sorriso e diz:


-- Acho que você não vai me emprestar os outros livros para eu ler, certo?


Me jogo na cama e percebo que não vai ser fácil me livrar de Noam, mas com calma vou conseguir. Olho para o livro hideaway na mão de Noam e me lembro da noite de ontem, onde Noam apenas me acolheu em seus braços e não me deixou sozinha, o que me faz querer agradecê-lo.


-- Pode levar mais cuidado com eles, certo? O meu favorito é o Kai e a Banks.


Noam assente e me viro para voltar a dormir. É estranho estar deitada ao lado de Noam, mas depois de ontem me sinto próxima dele, mesmo não querendo, e isso me irrita, porque me lembro muito bem da promessa que fiz a mim mesma, e adormeço.


Me viro e não encontro Noam, o que é melhor. Eu preciso de um tempo sozinha para me lembrar do que havia esquecido e quase cometi o erro de deixar Noam entrar em minha vida. Mas como sempre, a única coisa que me acalma é fazer uma boa faxina. Minha cabeça já está bem melhor e agora pego uma vassoura e começo a limpar o apartamento.


Finalmente terminei de limpar tudo e é tão bom ver o apartamento limpo. Eu só queria que minha cabeça também estivesse assim, mas infelizmente ela está uma bagunça e eu não sei como arrumar.



Hoje é quinta-feira e amanhã seria o dia que eu voltaria a trabalhar, mas tenho evitado ver Noam, então ligo para Gabriel.


-- Alô, Gabriel, bom dia.


-- Bom dia, querida, estamos sentindo sua falta.


-- Eu sei que amanhã eu teria que voltar, mas não tenho me sentido bem. Tudo bem se eu voltar só na segunda?


-- E quanto ao trabalho que te passei?


-- Já está no seu e-mail.

-- Tudo bem então, você nunca faltou, então não tem problema faltar um dia só. Porém, preciso te avisar: a empresa vai dar uma festa de boas-vindas ao nosso novo CEO e você precisa comparecer, a presença de todos é obrigatória e o traje é formal. Posso ir aí depois do trabalho para te levar o convite.


Reviro os olhos e meu estômago já se revira com o quanto escroto ele é, mas respondo.


-- Não precisa, pode me mandar por e-mail, eu preciso descansar. Tchau, chefe.


Desligo o telefone antes que Gabriel insista mais uma vez e me jogo no sofá. Logo, meu celular toca com a mensagem indicando o horário e o dia que seria este sábado, mas não estou animada por isso.


A campainha toca e quando olho pelo olho mágico não encontro ninguém. Abro a porta e me deparo com outra caixa preta. Pego o bilhete e leio.

 Pego o bilhete e leio

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Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora