Capítulo 25

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Finalmente, o homem à minha frente responde, usando um modificador de voz

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Finalmente, o homem à minha frente responde, usando um modificador de voz.

-- Finalmente percebeu, fiquei triste que me confundiu com aquele merda.

Engulo a saliva e pergunto.

-- Você é a pessoa por trás das caixas?

O homem dá uma enorme risada e responde.

-- Eu falei sério quando disse que você é linda para morrer.

O homem se aproxima rápido e corro para meu quarto gritando.

-- SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDE!

O homem me agarra, me jogando no chão, e diz.

-- Ninguém virá te salvar, eu me certifiquei disso. A amiga foi para casa do namorado, o seu chefinho vai estar atolado de trabalho, a velha chata do lado tirou um cochilo com alguns brownies batizados, o seu outro vizinho, ah, aquele idiota, já resolveu pra mim assim que começou a tocar aquela merda. Agora somos eu e você.

Prendo a respiração e fecho os olhos ao sentir o homem em cima de mim, cheirando meu pescoço como se fosse um maldito cachorro. Mas não seria eu se não fizesse nada, então o empurro, chutando e ganhando tempo para ir até o banheiro. Fecho a porta, olho em volta e percebo que não poderia sair pela maldita janela pequena. No entanto, encontro a banheira cheia, e não me lembro de tê-la deixado assim.

Começo a procurar algum objeto que possa me ajudar, abro as gavetas, jogando-as no chão. Assim que jogo a última, ela faz um barulho de metal. Me viro, encarando uma tesoura, e corro para pegá-la, mas escuto a porta sendo destrancada e escondo a tesoura. O homem entra com sua risada, e recuo, ficando parada na parede. Ele se aproxima, agarra meu pescoço, me enforcando e apertando entre as mãos, e diz:

--Não fuja de mim....

Mas antes que ele pudesse terminar, pego a tesoura e acerto seu braço, fazendo-o recuar, e corro saindo do banheiro. Quando estou prestes a sair do quarto, sinto algo puxar meu cabelo, me derrubando no chão, e encontro o homem me puxando pelos cabelos. Grito com a dor.

--- PARAAAAA, SOCORROOO

O homem me ignora, me arrastando de volta para o banheiro. Tento me debater, mas mesmo ele não sendo tão grande, ainda assim é mais forte que eu. O homem para em frente à banheira, levanta minha cabeça e sussurra em meu ouvido antes:

-- Agora você vai ter o que merece.

Em seguida, o homem afunda minha cabeça na água e me debato, prendo a respiração e com os braços tento soltar as mãos que seguram meu cabelo. O homem levanta meu rosto, retirando da água por míseros segundos, e volta a afundar minha cabeça. Agora, sem fôlego, me desespero, engolindo água. Minha visão começa a ficar embasada e o homem volta a tirar minha cabeça, mas dessa vez não me concentro em tentar tirar a mão dele de mim. Puxo o máximo de ar que consigo depois de tossir com toda a água que engoli e volto para dentro da banheira, emergindo na água.

Finalmente, entendo que não vou sair daqui e paro de lutar, aceitando meu destino. Paro de prender a respiração, deixando a água entrar. Meu corpo começa a ter espasmos e minha visão, que já estava embasada, agora vai escurecendo. Todo meu corpo já sabe que ele não vai tirar minha cabeça de novo. Solto meus braços e quando tudo parece estar se perdendo, minha cabeça é levantada de novo e sou jogada contra a parede, batendo a lateral da cabeça.

Com a visão turva, apenas vejo um borrão, mas o que está acontecendo? Por que ele me soltou? Decidiu que seria melhor me mutilar? Escuto o homem resmungar e dizer.

-- Você não deveria estar aqui, mas você tem duas opções: eu ou ela, e pelo que vi, ela está perdendo bastante sangue.

Com quem esse maldito está falando? E como estou perdendo sangue? Tento me levantar, não conseguindo, e abro meus olhos devagar na esperança de que minha visão tenha voltado ao normal. Assim que abro os olhos, encontro Noam segurando o homem e dizendo.

-- Só dessa vez, seu filho da puta, mas eu ainda vou te achar. Então, se prepare, porque quando isso acontecer, você estará morto.

Sem conseguir se levantar, tento chamar Noam, mas minha voz falha devido aos gritos que dei e ao desgraçado que me enforcou. Mas não posso ficar aqui parada. Me viro de bruços, e minha cabeça começa a doer, mas não desisto. Tento me levantar, mas todo meu corpo parece estar desregulado, e meus joelhos falham, me levando ao chão.
Sinto Noam me segurar e me virar, me colocando em seu colo. Seus olhos encontram os meus e ele pergunta:

--Você está bem? Eu vou ligar para a polícia.

Puxo Noam, fazendo seu rosto se aproximar do meu e sussurro:

--Não podemos ligar para a polícia, Noam. Apenas confie em mim.

Noam beija meus lábios e me tira do chão, dizendo:

--Tudo bem, Maya, eu confio em você.

Balanço a cabeça concordando e apago, desmaiando.

Acordo e olho ao redor, vendo que estou no meu quarto. Me sento com cuidado e percebo que toda a bagunça foi arrumada, o banheiro foi limpo. Visto outra roupa, suspiro sabendo quem fez tudo isso e o que eu terei que fazer. Levanto-me e vou em direção à sala, encontrando Noam instalando câmeras pela sala. Sento no sofá, Noam percebe que acordei e vem em minha direção, perguntando:

--Você está bem? Não devia ter levantado.

Balanço a cabeça sinalizando que sim e Noam volta a falar.

-- Eu chamei um médico da família e ele te examinou, por sorte o corte na cabeça não foi grave e ele disse que seus pulmões estão bem, Maya, o que aconteceu? Quem era aquele homem?

Me levanto e digo.

-- Obrigada, Noam, apenas não fale nada até que eu tenha terminado de falar, certo?

Vou para meu quarto e trago para a sala a caixa branca e todas as caixas pretas que tenho guardado, coloco tudo na mesinha de centro e pego apenas a caixa branca, abrindo-a, suspiro, fecho os olhos e sinto todas as lembranças voltarem como socos.

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora