Início do Plano Pat. 1- CAP35

187 29 90
                                    

>>>> Jungkook <<<<

Eu fui atrás do Taehyung, sabia que ele estava indo para a Alemanha, mas tínhamos prometido não mentir mais um para o outro. Já ia perder o Jimin, não queria perder meu amigo de novo. Se eu me afastasse de Jimin, ele precisaria de alguém para cuidar dele.

Quando entrei no café e vi Jimin de costas, quis abraçá-lo, segurá-lo nos meus braços e fugir com ele de tudo isso. Mas estava sendo ameaçado. Não só eu, mas os amigos de Jimin, Taehyung e todos estavam sendo vigiados. Qualquer vacilo meu, algo pior podia acontecer. Tive que ignorá-lo. 

Expliquei tudo para Taehyung.

— Você está louco! A saúde de Jimin não vai aguentar! — Taehyung disse, querendo gritar, mas apenas sussurrou. 

Ele não aceitou de início que eu caí na armação que Bora fez, mas viu que não havia outra saída, pelo menos não por enquanto. 

Ele iria me ajudar. Tinha apenas duas semanas antes de voltar para a Alemanha, mas prometeu que seria suficiente. Duas semanas enganando Jimin seria demais para mim. Quando terminamos de conversar, nem pude olhar para Jimin, senão começaria a chorar.

Precisava encontrar Bora em nosso ponto de encontro, e mais uma vez, sou acertado na cabeça.

//*//

Eu estava no carro com Bora, ela estava no volante, e um cara mascarado atrás segurava uma arma na minha costela. Estávamos na frente da cafeteria. Olho pela janela e Jimin está saindo com Taehyung.

— É agora, amor! — Bora disse. 

O homem segurava a arma em minha nuca agora, enquanto Bora colocava um tipo de microfone debaixo da minha jaqueta.

— Nem pense em querer me enganar. — Ela diz, mostrando um aparelho como se fosse um controle na sua mão, esse controle era preto, havendo somente dois botões, um azul e um vermelho.

— Se você pensar em fugir, amor, eu explodo vocês dois juntos. 

Quando me dou conta, sinto alguns explosivos amarrados sob meu abdômen. Aquilo estava saindo do controle. Primeiro uma arma, e agora explosivos? Achei que poderia lidar com isso, mas ela estava perturbada.

— Vá! Sai! Está na hora! — Ela diz, enquanto o cara me cutuca com a arma.

Estava feito, eu estava na frente de Jimin, prestes a magoá-lo novamente. Eu só queria ficar em paz, o que nós dois fizemos de errado? Por que ninguém quer que nós fiquemos juntos?

A dor no meu peito era enorme. Jimin falava com uma voz doce, o que piorava tudo. Quando o vejo caído no chão, percebo que machuquei sua mão.

Quero cuidar dele, levá-lo para casa, fazer um curativo na sua mão, pedir desculpas por tudo que estou te falando. Nada do que eu digo é verdade. Amo ele com todas as minhas forças. Ele é a única coisa que importa na minha vida. Se ele sentir frio, que seu frio passe para mim, se ele sentir dor, que sua dor seja minha, se ele sentir os sintomas piorarem, que eu fique doente em seu lugar. Era isso que eu queria falar...

Entro de volta no carro e começo a sentir falta de ar, meu peito está doendo. Sinto como se eu fosse morrer. Doi muito. Confiro várias vezes se estou sangrando, parece que levei um tiro no peito, mas nada aconteceu comigo.

Deixei Jimin machucado, deixei Jimin magoado, deixei Jimin mais doente... Estamos nós três no carro, ainda tem uma bomba presa ao meu corpo e uma arma na minha nuca. Olho pelo reflexo do vidro, a silhueta do cara não parece ser de Namjoon. Ele parecia robusto, mas menor que eu. Eu não conhecia Bora suficiente para conhecer seus amigos próximos.

O Amor Oculto - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora