O Amor Oculto - Jikook

Alta do Jimin - CAP36

>>>> Jungkook <<<<

Porra. O Jimin acordou!

É domingo, pelo que Taehyung me disse, Jimin está bem, foi só um susto. Comparando seus exames do dia que fomos em Busan e os que fizeram durante a madrugada, parece que continua igual. Não teve piora em seu tumor. Ele já teria alta depois do almoço.

Eu fiquei com pé atrás. Eu queria ir lá nesse hospital, olhar na cara desse Doutor. Será que ele tá fazendo o trabalho dele certo?

Me sinto um merda. Eu que devia estar ao lado de Jimin quando ele acordasse, era eu que tinha que ficar ao seu lado segurando sua mão durante a noite. Eu prometi para ele ser um lar, mas eu tô sempre o despejando e fechando a porta na sua cara. Até agora não tivemos nenhum momento para nos amar de verdade, fazer coisas como um casal.

Tô na academia de boxe, venho todo dia treinar. Se eu estivesse sendo vigiado, não levantaria suspeitas. Taehyung emprestou o uniforme do café, e a moto do motoboy como disfarce para o Namjoon vir até aqui me entregar o Chip que ele pegou com o Jin.

— Entrega!!

Acho que é ele!

— Meu mano, tu é forte! - ele diz, ainda usando o capacete.

Eu gosto do jeito que ele fala. Gosto desse cara, o único defeito dele é ser irmão daquela louca.

— Seguinte, tem um vestiário aqui? Você vai precisar colocar o chip. - ele fala.

— Como é que é? Esse chip se enfia aonde? - eu pergunto, elevando meu tom de voz.

— Fala baixo. Vamos precisar cortar um pouco sua pele. Você não pode engolir isso. Se eu te cortar aqui, vão achar que tô te aplicando drogas. - ele fala, sem tirar o capacete.

O que ele diz faz sentido, mas a forma como ele começou falando me assustou.

— O vestiário é aqui. Tô pronto, pode me cortar. - estendo meus pulsos para ele.

— Não é os pulsos não, seu eu te cortar aqui tu morre. - ele falou rachando o bico.

— Onde que é?  - Eu sorrio sem graça.

— Seguinte, é um corte pequeno atrás da sua orelha, vai ser rapidão, e já coloco o chip e a gente testa se está funcionando.

Foi realmente rápido, não senti dor, só um leve beliscão. Eu era um cara cheio de tatuagens e piercings, não sentia dor fácil. A única coisa que causa dor em mim era o sofrimento do meu Jimin.

— Sou foda! Tá funcionando! Agora vamos poder saber onde você está! - nós encaramos e damos um soco com as mãos, comemorando.

— Meu mano, sobe na motoca. Vamos precisar ir a um lugar. - disse o Namjoon.

— E se tiver alguém vigiando? Eu não posso sair daqui com você.

— Não esquenta, trouxe uma bagulho para você.

Ele tira da bag um macacão de faxineiro.

— Veste! E vamo embora.

— Onde vamos? - eu questiono.

Eu fico receoso, ele tá do nosso lado, é um cara gente boa, mas ele ainda é irmão da Bora. Nunca se sabe... Eu mando mensagem para o Taehyung avisando que tô saindo com o Nam.

Ele ficou fazendo várias voltas sem sentido pelas ruas, por um instante meu cu trancou.

— Tô rodando por aí só para ver se não tem ninguém seguindo a gente, fica tranquilo, meu mano. - ele me disse, inclinando sua cabeça um pouco para trás, mas sem tirar os olhos da rua.