Capítulo 19

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Pedro Fraga.

Caminhava pelo baile de favela, sentindo a energia pulsante da noite, quando meus olhos encontraram os de Beca. Não pude resistir à tentação de tê-la mais uma vez, então a puxei para um beco próximo, onde estaríamos mais isolados.

Fraga: O que você está fazendo aqui, Beca? - Perguntei, com um sorriso malicioso nos lábios enquanto a prendia contra a parede.

Beca: O que parece, Fraga. Estou curtindo o baile! - Ela respondeu, com um brilho provocante no olhar.

Fraga: Você não pode negar que me quer tanto quanto eu te quero.- Provoquei, me aproximando dela lentamente.

Ela soltou uma risada suave, passando os dedos pelo meu cabelo.

Beca: Eu não negaria isso de jeito nenhum! - Confessou, sua voz carregada de desejo.

Aproximei meus lábios dos dela, sentindo o calor de sua respiração contra minha pele.

Fraga: Então prove! - Murmurei, antes de selar nossos lábios em um beijo ardente.

Nossas línguas dançavam em um jogo sensual enquanto minhas mãos exploravam seu corpo, sentindo cada curva e contorno. Quando suas mãos deslizaram até o volume em minha calça, uma onda de excitação percorreu meu corpo.

Seus dedos habilidosos exploravam cada centímetro, provocando sensações indescritíveis. Eu me entregava completamente ao desejo, perdido no momento ardente que compartilhávamos.

Cada carícia, cada pressão de suas mãos, era como uma promessa de prazer que me deixava ansiando por mais. Sua respiração quente contra minha pele só aumentava a intensidade do momento, enquanto nos entregávamos ao desejo avassalador que nos consumia.

Eu não conseguia pensar em mais nada além dela, naquele momento, naquela sensação avassaladora de paixão que nos envolvia. A cada toque, eu me sentia mais próximo dela, mais conectado, como se estivéssemos compartilhando algo único e especial.

Fraga: Você me enlouquece, Beca! - Admiti, entre os beijos fervorosos.

Beca: É recíproco, Fraga! - Ela sussurrou, suas palavras carregadas de luxúria.

Entre os beijos e as carícias provocantes, nos perdemos no calor do momento, naquele instante, éramos apenas nós dois, unidos pelo fogo da paixão que ardia entre nós.

Mas de repente, o som dos tiros cortou o ar como uma faca, silenciando tudo ao nosso redor. Instintivamente, segurei a Beca mais perto de mim, protegendo-a enquanto tentava entender o que estava acontecendo.

Fraga: Porra, não sai de perto de mim, fica aqui! - gritei, com a voz carregada de preocupação.

Peguei meu celular e disquei o número do Cerol, ele atendeu rapidamente, e antes mesmo que eu pudesse perguntar, ele já estava falando.

Cerol: Fraga, tá tudo fodido, o Bope tá invadindo o morro! - Gritava enquanto barulhos de tiros ecoavam no fundo da chamada.- Você precisa descer agora e se esconder em algum lugar, caralho!

Aquilo era um verdadeiro desastre. O Bope era a elite da polícia, e se estavam invadindo o morro, a situação estava realmente séria. Engoli em seco, sentindo a adrenalina correr pelas minhas veias enquanto tentava pensar rápido em um plano.

Fraga: Merda, tá bom.- Tentava pensar rápido.- Eu desço, mas você precisa se certificar de que o Miguel tá seguro, entendeu? - Ordenei, minha voz firme e determinada apesar da tensão.

Sem esperar por uma resposta, desliguei o telefone e olhei para a Beca, preocupado com sua segurança. Ela estava ali, ao meu lado, com os olhos cheios de medo, mas ao mesmo tempo confiando em mim para protegê-la.

Ainda com o celular e chamei um dos moleques mais ágeis do morro. Ele veio correndo até mim, com os olhos arregalados de tensão.

Fraga: Ô menor, manda uns moleques subirem e ficarem de olho lá em cima. Quero saber se esses filhos da puta tão trazendo helicóptero pra cima da gente! - Gritei com a voz carregada de autoridade.

O garoto assentiu, claramente apreensivo, mas ciente da importância da missão que lhe fora confiada.

— Pode deixar, Fraga. Eu vou dar um jeito nessa porra toda - Respondeu, antes de sair correndo para cumprir suas ordens.

Enquanto ele se afastava, peguei uma das motos que eram dos moleques e coloquei o capacete. Olhei para a Beca, que estava parada ali, com os olhos cheios de preocupação.

Fraga: Fica na casa da Mel, vou resolver essa merda - falei, sem rodeios, antes de dar partida na moto e acelerar pelas ruas do morro.

Chegando na boca, dei ordens para os outros moleques. Era hora de acabar com o baile, mandar todo mundo se esconder, e preparar o morro para a invasão.

Fraga: Acaba com o baile, manda todo mundo pra casa e se esconder. Quero olhos em todos os cantos, porra! - Gritei, enquanto me equipava com colete à prova de balas, pegava minha metralhadora e minha pistola.

Desço até o pé do morro, onde encontro o Cerol, seu rosto sério mostrava a gravidade da situação.

Fraga: E aí, Cerol, o que tá rolando? - perguntei, já esperando pela resposta.

Ele me olhou, os olhos cheios de preocupação, mas também determinação.

Cerol: Já matamos alguns policiais, mas outros desceram. O Miguel tá bem, escondido lá na casa do vizinho. Vamos dar conta desses filhos da puta, Fraga - respondeu ele, o tom de voz firme e confiante.

Assenti, sabendo que tínhamos uma batalha difícil pela frente mas estávamos prontos para enfrentar qualquer coisa que viesse em nosso caminho.

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