Olá pessoal!
Peço perdão antecipadamente, pq sim... Estou com um problema sério de saúde e as atualizações vão ficar mais espaçadas até eu conseguir resolver. Estou tentando adiantar o máximo de capítulos possível pra não entrar em hiato. Por favor, me perdoem. Vou tentar meu máximo...
Eu me calo. O fato de me sufocar com minhas próprias palavras vem se tornando comum, é o que noto. Eu queria dizer mais, eu queria afogar Gunil com todos os meus achares, mas de verdade... quem sou eu para criticar seu senso de liderança se nunca realmente tive o direito de dar voz às minhas próprias ordens?
Fui sim, o grande Embarcador do maldito Porto Meridiano, mas nunca passei de um simbolo. No fim, é fácil entender que sempre servi muito bem para isso: como a imagem cruel de quem ignora os pedidos de socorro das Colônias Oficiais quanto à escassez de produtos, enquanto as ordens são anunciadas por minha voz apesar de virem do Alto.
Sou uma casca vazia, moldada perfeitamente ao gosto da tirania do Norte. Sou quem culpam pelo mundo inteiro, pela dor e pelo sofrimento de seu povo. Sou parte da bandeira vermelha que a Colônia Suprema vem costurando por todo esse tempo, então como posso ter esperanças de entender algo? Eu sou apenas um peão, não posso esperar me tornar um rei, quem dirá enxergar o mundo pelos olhos de um deles.
É frustrante, sobreviver como o que criaram de você, tendo como único desejo viver como quem você é.
— Que maldição você espera de mim?! — Acabo gritando.
Gunil se move, então. Depois de garantir que Gaon está bem, o afastando de seu ombro para confiar o corpo cansado às mãos cuidadosas de Jooyeon.
— Me diz, Embarcador. — Ele diz, o maldito sorriso fixo no rosto. — Quero que me diga o que tem entalado na sua garganta, mas quero que me diga a verdade. Não mascare isso em comentários ridículos, apontamentos idiotas ou berros desconexos! Diz!
É uma ordem. Ele não é meu Capitão, mas também não é como se me visse obrigado a obedecê-lo.
Mesmo assim...
— Eu estou perdido! Não sei o que esperam que eu faça, não sei como esperam que eu reaja a tantas verdades pelas quais eu não pedi! Eu não sei quem eu sou, pensei que poderia formar isso à partir de quem meu pai foi, mas sequer sei a quem ele era leal! Francamente... tenho medo de saber, porque se descobrir que Narae era fiel ao Norte, penso que posso me exterminar! Eu não quero que o descendente de uma maldita traição continue andando por esse mundo corroído, mas tão cheio de expectativas! Não sei o que fazer sobre isso, Gunil! Eu não sei o que eu sou, não sei o que eu faço! — Então, lágrimas estão escorrendo por meu rosto. Minhas pernas estão tremendo, porque a verdade em minha voz parece drenar todas as minhas energias, e quando estou prestes a cair de joelhos são os braços firmes de Gunil que mantém de pé. — O que eu faço?
Ele massageia minhas costas. Me segura não apenas como apoio, mas em seu abraço. Gunil me guarda como uma criança, como faria a um dos seus tripulantes.
— Chora, garoto. — Ele diz baixinho, para que apenas eu o ouça. — Sei quantas vezes quis fazer isso nos braços de seu pai, mas não pôde. Isso é tudo o que eu posso fazer por você. Eu estou com você, aqui e agora, ninguém vai te proibir de soluçar.
...
Não são como os Generais das frotas de Caspers que eu costumava ver deixar o Porto. Não são apenas Líderes, como acontece no Alto.
Não se escondem entre quatro paredes de um escritório, nem por trás de suas ordens irrevogáveis.
Gunil e Hongjoong não lideram apenas por terem punho firme, ou por terem feito parte do Estandarte Bangtan. Não é senso, ou prestigio. Não são só ordens e decisões. É acolhimento, entendimento... são como o ponto de união de uma família.
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Estandarte de Jade |• ATZ (Poliamor)
FanfictionO futuro traiu Park Seonghwa. Essa é sua crença, depois da morte de seu pai, Kim Narae, o render apenas um posto de importante e de reconhecimento junto aos membros do Alto na Colônia Oficial do Norte. Ele odeia Kim Narae de todas as formas, desde...