Capítulo 11

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todo mundo: façam história
os satosugu fazendo química:

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— Geto, preciso de você aqui por um tempo.

Suguru colocou o esfregão na sala dos fundos, lavou as mãos e secou-as com uma toalha de papel antes de ficar ao lado de Bill, atrás do balcão da delicatessen. O homem mais velho trabalhava diligentemente todos os dias para preparar os ingredientes dos sanduíches no momento em que a multidão do café da manhã diminuía. Cada ingrediente tinha que ser cortado na espessura certa para evitar desmoronar no sanduíche e, ao mesmo tempo, contribuir para a mistura geral de sabores. Por trás do exterior rude, contundente e às vezes sarcástico, havia um artista de coração que amava seu ofício tanto quanto sua esposa gostava de assar aqueles biscoitos que Nanami desejava no final de cada dia.

Bill apontou para a pequena caixa na esquina.

— Coloque algumas dessas luvas. Vamos ter uma multidão hoje depois do intervalo da conferência jurídica para o almoço. Então vou precisar da sua ajuda com os sanduíches.

— Sério? — Suguru puxou as luvas confortavelmente em suas mãos.

— Sim. Você vai iniciá-los e eu os acabo.

A vibração de animação em sua barriga era boba, mas ele não se importava. Ele ouviu atentamente quando Bill recitou as perguntas a serem feitas aos clientes, as diferentes opções de pão e a escolha de queijos enquanto Bill fazia o arranjo dos ingredientes.

— Entendeu?

Suguru assentiu. Um pouco devagar, mas ele entendeu. Como se fosse uma deixa, um grupo de seis clientes, uma mistura de homens e mulheres, entrou pela porta usando ternos executivos, falando em seus celulares, enviando mensagens de texto ou conversando com a pessoa ao lado.

Ele rapidamente preparou seis folhas no balcão e perguntou ao primeiro cliente uma série de perguntas sobre suas preferências antes de passar para a próxima pessoa. Ele terminou o primeiro grupo, mas não teve a chance de se parabenizar antes que mais uma dúzia se alinhasse na sua frente.

Ele forçou um sorriso, na esperança de suavizar sua expressão e se concentrou em um cliente por vez. Ele ignorou seu coração acelerado enquanto ouvia cuidadosamente cada opção, alguns manifestando suas escolhas antes que ele tivesse a chance de fazer as perguntas. Ele assentiu e continuou, cortando os pães em metades perfeitas e preparando os queijos e condimentos do recheio.

Bill olhou em sua direção e sorriu com satisfação. Até Chisei esticou o pescoço para olhar de relance para ele.

Ele mal se recuperou quando outra enxurrada de clientes encheu a pequena lanchonete. Porra.

Ele se concentrou em suas perguntas e nas preferências de cada cliente, compartimentando sua ansiedade, sendo cuidadoso com cada fatia e em como ele espalhava os ingredientes.

— Eu não queria mostarda ou esse molho nojento. — disse um dos clientes. Ele olhou para Suguru com um sorriso de escárnio. — Você é estúpido demais para saber a diferença entre sim ou não?

Suguru ficou rígido.

— Qual é o problema aqui? — Bill perguntou, parando ao lado de Suguru.

— Esse idiota não entendeu...

— Você disse 'sem maionese' quando ele perguntou. — disse um dos outros clientes na fila. — Isso implica que você quer todo o resto.

O cliente que protestava se virou para encarar o outro homem que havia intervido. Suguru desatou o nó nas costas do avental e dobrou-o enquanto se virava para Bill.

A Worthy Man | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora