Capítulo 24

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se o suguru cair no chão ele rasteja, essa cobrinha sorrateira 🗣🗣

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Satoru estava sentado em sua mesa na segunda de manhã e esfregava as têmporas, esperando que a dor de cabeça diminuísse. Naoya estava esgotando sua paciência, e a única solução em sua mente no momento era demiti-lo. Mas fazer isso o deixaria com uma curva de aprendizado insanamente íngreme e um departamento parado. Mia dizia que Satoru era um maníaco por controle que microgerenciava as coisas, mas a situação no departamento de design - o único departamento que ele havia delegado completamente a outro profissional qualificado - provava porque ele liberar o controle era um erro e ele precisava supervisionar cada detalhe da empresa ele mesmo, independentemente de quão exausto estivesse. A empresa era a única coisa em sua vida onde ele tinha o controle. E ele não deixaria isso escapar.

Ele apoiou os cotovelos na mesa e juntou as mãos, entrelaçando os dedos. Talvez ele devesse simplesmente chutar o balde. Embora Naoya fosse um líder no campo de design automotivo e tivesse recebido elogios globais por sua criatividade, ele não havia produzido um projeto viável durante seus doze meses de emprego até agora. E um ano de design equivalia a pelo menos três a cinco anos de vendas de lançamento de modelo.

— Por que você não coloca um motor reserva lá? Você pode reduzir o tamanho do motor. Isso diminuiria os requisitos de dimensão e o motor reserva forneceria o impulso suplementar. E aí poderíamos usar qualquer um dos doze esboços que já projetei.

— Não quero lidar com as variáveis mecânicas do motor e de um motor reserva. Tentei fazer isso com o primeiro modelo, e gerou muitos problemas durante os testes de pista, então eu o retirei antes do lançamento completo. Eu não vou dar um passo atrás e acrescentar um motor agora. Nós nos autodenominamos como uma empresa de carros elétricos e é isso que somos.

— Mas isso resolveria o problema.

Satoru respirou fundo, apertando a mandíbula para conter o fluxo de insultos que queria expressar.

— Adicionar um motor o tornaria um híbrido.

— Mas isso resolveria o problema — Naoya murmurou.

— Resolveria o seu problema, não o meu. Não vou comprometer a potência do meu motor porque você não consegue projetar um modelo que se ajuste a ele. — Satoru respirou fundo e fechou os olhos, ignorando Naoya e suas desculpas idiotas. Por que diabos Naoya não podia simplesmente esticar o maldito design para a largura necessária? Ele abriu os olhos e apertou o botão do interfone quando o telefone tocou. — Sim, Mia?

— Geto está aqui.

— Mande-o entrar.

— Estamos em reunião. — disse Naoya em um tom que não conseguia disfarçar sua irritação com a intrusão.

Satoru precisava de uma solução e Suguru tinha um jeito de ver as coisas de uma perspectiva diferente. Além disso, ele queria que Suguru intervisse e assumisse o controle do que era seu por direito. Ele precisava desesperadamente de uma solução para esse problema e tinha que encontrar um catalisador para fazer Suguru assumir o controle.

Suguru entrou na sala e parou, seu foco mudando entre Satoru e Naoya e vice-versa.

— Posso voltar mais tarde.

— Não. — Satoru fez sinal para que ele desse um sinal à frente. — Quero a sua opinião.

Relutantemente, Suguru avançou.

— Eu não entendo como alguém do correio…

Satoru levantou a mão para pará-lo, reprimindo a raiva que ameaçava romper sua fachada enfraquecida de paciência.

A Worthy Man | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora