Capítulo 07

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acho que não avisei isso nos caps anteriores mas o nome da casa de reintegração que o nanami e o haibara são donos e que o geto está se chama halfway house (ou hh como eles algumas vezes vão chamar)

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Suguru andou de um lado para o outro em seu quarto na Halfway House pela milionésima vez. Às vezes, não ter nada para fazer lhe dava tempo demais para deixar sua mente vagar. E quando sua mente decidia fazer isso, muitas vezes ignorava a Avenida do Agradável e ia direto para a Estrada da Miséria.

Ele correu os dedos pelos cabelos e olhou para o relógio na mesa de cabeceira. Cinco e meia. Ele tinha muito tempo em suas mãos esta noite. Talvez Satoru ligasse para ele de novo hoje, ou talvez sua ligação mais cedo fosse tudo que ele receberia. Afinal, o homem tinha um negócio para administrar e reuniões para participar.

Suguru tinha que estar lá embaixo em trinta minutos para jantar no horário designado. Mas como diabos ele poderia manter alguma coisa no estômago sem saber ao certo como estavam as coisas com Satoru? Talvez ele voltasse esta noite da viagem ou talvez fosse algum destino internacional e ele ficaria fora por uma semana ou algo assim. Talvez tivesse algum cara gostoso estrangeiro esperando por ele com abdômen definido e sotaque para sussurrar várias palavras especiais em seu ouvido. E mesmo que ele voltasse a tempo para fazer uma ligação, conhecendo Satoru, ele provavelmente estaria repassando as coisas, após a reunião, com um pente fino. Ele sabia com que rapidez Satoru se distraía quando lia um livro ou focava em alguma tarefa.

Ou, pelo menos, Satoru era assim quando eram mais jovens.

Suguru passou os dedos pelos cabelos. Porra. Ele odiava essa merda. Essa dúvida. Era algo que ele nunca tinha sentido com Satoru. Nunca. Estar com ele era a única coisa verdadeira e sólida que teve em sua vida, e que nunca trouxe um pingo de dúvida à sua mente. Ele questionava seu direito de estar ao lado de Satoru, mas nunca o compromisso de Satoru ou a força de seu relacionamento. Era a única coisa que ele era capaz de fazer sem esforço, sem estragar tudo. Mas agora, ele não tinha certeza se conseguiriam continuar de onde pararam ou se as coisas tinham mudado tanto entre eles que criaria um abismo grande demais para ser atravessado.

Ele saiu de seu quarto e foi para o andar de baixo. Ele olhou para a esquerda e imediatamente viu seus três colegas de casa.

Toge era o quieto. Ele estava sentado no canto com os braços cruzados e uma expressão intensa enquanto observava os outros dois discutirem, entre ele e a televisão. Ryan era o alto com os braços tatuados e cabelos loiros, tentando usar sua altura para intimidar Frankie, o atarracado com uma faixa de cabelo escuro no topo da cabeça raspada.

— Eu tenho direitos sobre a porra da TV, não você, idiota. Eu estava aqui primeiro. — disse Frankie, empurrando o peito contra Ryan.

— Eu cheguei aqui primeiro, seu filho da puta.

Toge revirou os olhos e gesticulou rapidamente com as mãos, em seguida, cruzou os braços novamente com um bufo silencioso. Ah, é por isso que ele é o quieto.

Frankie e Ryan continuaram a discutir, e Toge sacudiu a cabeça, esticando o pescoço em volta dos dois caras para assistir ao programa.

Suguru foi até a beira do sofá, ignorando seus dois colegas de casa, ele acenou para chamar a atenção de Toge.

Toge se virou para ele e franziu a testa, provavelmente se perguntando se outro cara da casa iria irritá-lo.

Suguru mordeu o lábio, tentando lembrar o que tinha aprendido anos atrás.

— Quem chegou aqui primeiro? — ele gesticulou, esperando ter comunicado direito os gestos corretos da linguagem de sinais.

As feições de Toge relaxaram e um sorriso torto apareceu. Ele apontou para o próprio peito.

A Worthy Man | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora