Suguru empurrou o carrinho de correspondência para fora do elevador e para o corredor. Ele acenou para alguns dos outros funcionários que passaram por ele.
Os funcionários anteriores da sala de correspondência no escritório residiam na sala dos fundos no primeiro andar, recebendo pacotes e classificando a correspondência o dia todo. Era chato e monótono. O pior de tudo é que era uma perda de tempo.
Durante sua primeira semana, Suguru configurou alertas de texto para atualizações de entrega dos principais pacotes e classificou a correspondência por andares no carrinho, optando por entregar pessoalmente a correspondência a cada pessoa. Isso deu-lhe a chance de conhecer todos e vincular o nome no pacote à pessoa real.
Depois de passar tantos anos confiando tanto nas cartas de Satoru, ele queria respeitar cada correspondência. Poderia parecer bobagem para os outros, mas garantir que cada entrega chegasse com segurança nas mãos de cada destinatário era fundamental.
— Ei, Geto.
Alguns funcionários não conseguiram esconder a curiosidade sobre o novato empurrando um carrinho de correspondência pelo escritório e sempre encontrando tempo para puxar conversa. Connor Jacobson era um deles. Ele estava na casa dos quarenta ou cinquenta e poucos anos e, com base no título que Suguru lia em seus envelopes endereçados, chefiava o departamento de marketing.
Suguru tinha aprendido um pouco sobre cada funcionário nas últimas duas semanas e meia, seja por meio de fofocas no escritório ou no site da empresa. Connor trabalhava com Satoru há cinco anos e subiu de cargo rapidamente. Sua paixão por carros era óbvia pelas inúmeras bugigangas e cartazes em seu escritório e pelo entusiasmo dele durante suas entrevistas em vídeo quando apresentava a empresa ou fazia o anúncio de um produto.
Seu amor por carros era contagiante e irradiava de seu sorriso constante. E sua admiração por Satoru sempre ecoava em seu tom. Isso fez Suguru gostar ainda mais dele.
Ele enfiou a mão no carrinho e rapidamente retirou o grupo de envelopes para Connor.
— Olá, Sr. Jacobson. Como vai você hoje?
— Ótimo. E eu já te disse, me chame de Connor. — ele puxou o elástico do pacote de envelopes e rapidamente examinou a correspondência, abrindo um dos envelopes enquanto falava. — Vicky está de olho em você. Acho que ela está recrutando membros para o seu fã-clube.
Suguru não conseguiu controlar a risada. Além dos poucos membros importantes da equipe envolvidos no seu começo no escritório, ninguém tinha feito a conexão entre ele e Satoru.
— Inferno, você tem a maioria das mulheres no andar sussurrando sobre você. Eu tenho certeza que vai ser fácil.
Ele franziu a testa. Não tinha feito nada de errado na última vez que verificou.
— Por quê?
Connor cruzou os braços e sorriu.
— Talvez seja todo esse ar de homem misterioso. Ou talvez seja a forma como a camisa fica em você. Ou talvez seja o fato de você chamá-las de “senhoritas” ou reservar um tempo para conversar com elas.
Ele puxou o colarinho da camisa.
— Seus braços, Geto. Esses braços assustam os caras, mas têm o efeito completamente oposto nos futuros membros do fã-clube. — Connor acrescentou como se lesse seus pensamentos.
Exatamente a reação que ele esperava enquanto preso, mas não agora que estava fora. Ele tentou puxar para baixo a borda das mangas de sua camisa polo, que se estendiam por seus bíceps salientes, mas o elástico rapidamente subiu por seus músculos outra vez.
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A Worthy Man | Satosugu
Fiksi PenggemarA história de dois homens e do amor ilimitado que os mudou para sempre. Geto Suguru passou os últimos dez anos cumprindo pena de prisão perpétua e se adaptando à dor da solidão. Ele aceita seu destino, um sacrifício pelo único homem que ele amou e p...