Capítulo 10

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eis que tem uma competição para saber quem é mais protetor com o suguru mas estou competindo com um tal de gojo e nanami

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Suguru imaginou que levaria um tempo para voltar às coisas, se é que realmente o faria. Ele não iria se enganar pensando que as coisas voltariam a ser as mesmas, mas ele iria se ajustar - como sempre fazia - e acharia seu novo normal. Só precisava voltar ao ritmo das coisas e encontrar um que funcionaria para o Suguru 2.0. Ele estava otimista. Perto do final da primeira semana, ele finalmente sentiu como se pudesse respirar um pouco mais fácil.

Ele mastigou lentamente o biscoito, curtindo os sabores de manteiga e queijo que despertavam suas papilas gustativas. O pão estava tão bom que ele não se importou com Frankie e Ryan brigando na mesa. Ele comeu a um ritmo tímido, não querendo parecer um animal faminto.

Frankie jogou o prato na pia e saiu da cozinha, xingando Ryan, que o seguiu de perto. Toge balançou a cabeça, mas rapidamente os seguiu.

Embora ele ficasse de fora de suas discussões - e eles nunca pareciam atraí-lo para elas - a natureza curiosa de Toge parecia levá-lo a ficar sempre por perto. Suguru estava grato pelo drama doméstico não o incluir na mistura.

— Não cubra seu prato.

Suguru olhou para Nanami sentado em frente a ele na mesa da cozinha e engoliu seu bocado de comida antes de responder.

— O que você quer dizer?

— Essa coisa que você faz quando apoia os antebraços em seu prato quando come, como se estivesse guardando sua comida. É uma forma de dizer.

Suguru franziu a testa, olhando para os antebraços. Na prisão, alguns presos tinham que comer rapidamente para evitar que sua comida fosse roubada ou jogada no chão por outros presos que optavam por reviver seus dias de valentão na escola. Mas ele manteve distância dos outros e cuidava da própria vida, se concentrando em aumentar sua força e manter uma barreira física entre ele e os problemas. Qualquer coisa para mantê- los afastados enquanto o observavam de uma distância cautelosa com um olhar atento. Eles ocasionalmente testavam os limites, mas recuavam rapidinho quando ele revidava.

Ele retirou os braços e colocou-os debaixo da mesa.

— Nunca tive que proteger minha comida.

— Você precisa comer, Geto. — Haibara olhou para o lado e deu ao seu parceiro um olhar de repreensão.

— Isso provavelmente não saiu certo. — Nanami esfregou o cabelo loiro. — Suponho que você não quer que as pessoas descubram que você foi para a prisão, a menos que diga a elas. Então, minimizar seus maneirismos lhe dará o poder de controlar quem você quer que saiba sobre seu passado. — ele se inclinou para o seu parceiro e deu um beijo suave nos lábios de Haibara. — Melhorou?

Haibara sorriu.

— Muito.

Suguru abaixou a cabeça e estendeu a mão para pegar o garfo. Ele olhou para Haibara e depois o imitou. Ele mergulhou no silêncio, circulando o macarrão em sua tigela para pegar o molho restante.

— Bill diz que você está indo muito bem. — disse Haibara.

Suguru tomou um gole de água e pousou o copo, retirando a mão e apoiando-a no colo.

— Houve um momento lá com a multidão do almoço que me desequilibrou no primeiro dia, mas... Fico feliz em saber que ele achou que me saí bem. — ele espetou o último tortellini em sua tigela e girou, removendo o molho restante antes de colocá-lo na boca. Droga, isso é bom.

A Worthy Man | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora