Capítulo 14

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Suguru parou e colocou o esfregão de lado quando Bill o chamou.

— Sim?

— Eu preciso que você faça uma tarefa para mim. Tivemos uma manhã mais movimentada do que o esperado com aquele evento acontecendo na rua, e isso atrapalhou o nosso pedido diário.

Bill foi até a caixa registradora e contou cem dólares em notas aleatórias, anotou algumas linhas no caderno que sempre mantinha por perto, em seguida, arrancou a folha e entregou-a para Suguru.

— Há um supermercado a duas quadras daqui. Eu preciso desses itens.

Ele pegou o pedaço de papel e leu a lista enquanto enfiava o dinheiro no bolso de trás. Ele perguntou sobre dois dos rabiscos que não conseguiu decifrar e assentiu com o esclarecimento.

Ele saiu pela porta dos fundos, apertando os olhos quando o sol forte da tarde queimou seus olhos. Ele pegou seu telefone celular, o tirou do bolso de trás e discou o número de Haibara. Era melhor confirmar se deixar o local ainda era aceitável segundo os termos. Ele sabia a maioria das regras, pelo menos aquelas que afetavam seu dia-a-dia e seu tempo com Satoru, mas decidiu não adivinhar no que dizia respeito a sua liberdade.

Depois de falar com Haibara, ele empurrou o telefone de volta no bolso e desceu o quarteirão até o pequeno mercado. Gritos chamaram sua atenção, mas não o suficiente para distraí-lo de sua tarefa. Ele tinha um trabalho a fazer, e iria fazê-lo perfeitamente.

Sirenes ecoaram ao longe e os gritos ficaram mais altos. Ele olhou por cima do ombro e ouviu. Ele deu de ombros quando não conseguiu distinguir sobre o que era o tumulto e caminhou apressado pela rua. Ele entrou na pequena mercearia, fazendo o pequeno sino sobre a porta anunciar a sua entrada. O dono da loja fez contato visual e algo brilhou em seus olhos por um momento antes de ele se endireitar.

Suguru conhecia aquele olhar muito bem e hesitou antes de tentar suavizar sua aparência com um pequeno sorriso. Talvez ele estivesse sendo paranoico ou apenas hipersensível desde a sua libertação. Ele deu de ombros e olhou para cada lado, mas não achou um carrinho de compras. Ele enfiou a mão no bolso da frente para retirar a lista de compras e se virou para a esquerda, caminhando pelo corredor em busca do que precisava. Ele checou duas vezes a lista em busca de qualquer menção a nomes de marca enquanto pegava os diferentes itens e os segurava nos braços. A este ritmo, ele provavelmente teria que colocar os itens no balcão para terminar a lista. Por que este lugar não tinha aquelas cestas de mão para facilitar...

— Parado! Coloque as mãos para cima.

Ele olhou por cima do ombro e viu um policial uniformizado apontando uma arma para ele.

Que diabos?

— Coloque as coisas lentamente para baixo e mantenha as mãos onde eu possa vê-las!

— Eu não fiz nada. — seu coração bateu forte no peito, implorando por fuga enquanto ele lentamente se agachava e colocava os itens em seus braços no chão, tendo cuidado com a garrafa de óleo para evitar que tomasse e se quebrasse. Ele se endireitou lentamente com suas palmas voltadas para o oficial, sabendo que qualquer movimento rápido não seria a seu favor.

— Levante as mãos!

— Elas estão...

— Vire-se!

Ele virou o rosto para a parede e tentou acalmar a respiração. Seus braços foram puxados desajeitadamente para baixo e puxados para trás das costas com força suficiente para fazê-lo estremecer. Um silvo alto de plástico soou segundos antes que seus pulsos fossem fortemente amarrados.

— Seja o que for... Eu não fiz isso. — ele sussurrou no tom mais calmo que conseguiu reunir em meio ao pânico intenso que crescia em seu corpo.

— Fique quieto e não se mova!

A Worthy Man | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora