Suguru parou e colocou o esfregão de lado quando Bill o chamou.
— Sim?
— Eu preciso que você faça uma tarefa para mim. Tivemos uma manhã mais movimentada do que o esperado com aquele evento acontecendo na rua, e isso atrapalhou o nosso pedido diário.
Bill foi até a caixa registradora e contou cem dólares em notas aleatórias, anotou algumas linhas no caderno que sempre mantinha por perto, em seguida, arrancou a folha e entregou-a para Suguru.
— Há um supermercado a duas quadras daqui. Eu preciso desses itens.
Ele pegou o pedaço de papel e leu a lista enquanto enfiava o dinheiro no bolso de trás. Ele perguntou sobre dois dos rabiscos que não conseguiu decifrar e assentiu com o esclarecimento.
Ele saiu pela porta dos fundos, apertando os olhos quando o sol forte da tarde queimou seus olhos. Ele pegou seu telefone celular, o tirou do bolso de trás e discou o número de Haibara. Era melhor confirmar se deixar o local ainda era aceitável segundo os termos. Ele sabia a maioria das regras, pelo menos aquelas que afetavam seu dia-a-dia e seu tempo com Satoru, mas decidiu não adivinhar no que dizia respeito a sua liberdade.
Depois de falar com Haibara, ele empurrou o telefone de volta no bolso e desceu o quarteirão até o pequeno mercado. Gritos chamaram sua atenção, mas não o suficiente para distraí-lo de sua tarefa. Ele tinha um trabalho a fazer, e iria fazê-lo perfeitamente.
Sirenes ecoaram ao longe e os gritos ficaram mais altos. Ele olhou por cima do ombro e ouviu. Ele deu de ombros quando não conseguiu distinguir sobre o que era o tumulto e caminhou apressado pela rua. Ele entrou na pequena mercearia, fazendo o pequeno sino sobre a porta anunciar a sua entrada. O dono da loja fez contato visual e algo brilhou em seus olhos por um momento antes de ele se endireitar.
Suguru conhecia aquele olhar muito bem e hesitou antes de tentar suavizar sua aparência com um pequeno sorriso. Talvez ele estivesse sendo paranoico ou apenas hipersensível desde a sua libertação. Ele deu de ombros e olhou para cada lado, mas não achou um carrinho de compras. Ele enfiou a mão no bolso da frente para retirar a lista de compras e se virou para a esquerda, caminhando pelo corredor em busca do que precisava. Ele checou duas vezes a lista em busca de qualquer menção a nomes de marca enquanto pegava os diferentes itens e os segurava nos braços. A este ritmo, ele provavelmente teria que colocar os itens no balcão para terminar a lista. Por que este lugar não tinha aquelas cestas de mão para facilitar...
— Parado! Coloque as mãos para cima.
Ele olhou por cima do ombro e viu um policial uniformizado apontando uma arma para ele.
Que diabos?
— Coloque as coisas lentamente para baixo e mantenha as mãos onde eu possa vê-las!
— Eu não fiz nada. — seu coração bateu forte no peito, implorando por fuga enquanto ele lentamente se agachava e colocava os itens em seus braços no chão, tendo cuidado com a garrafa de óleo para evitar que tomasse e se quebrasse. Ele se endireitou lentamente com suas palmas voltadas para o oficial, sabendo que qualquer movimento rápido não seria a seu favor.
— Levante as mãos!
— Elas estão...
— Vire-se!
Ele virou o rosto para a parede e tentou acalmar a respiração. Seus braços foram puxados desajeitadamente para baixo e puxados para trás das costas com força suficiente para fazê-lo estremecer. Um silvo alto de plástico soou segundos antes que seus pulsos fossem fortemente amarrados.
— Seja o que for... Eu não fiz isso. — ele sussurrou no tom mais calmo que conseguiu reunir em meio ao pânico intenso que crescia em seu corpo.
— Fique quieto e não se mova!
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A Worthy Man | Satosugu
FanfictionA história de dois homens e do amor ilimitado que os mudou para sempre. Geto Suguru passou os últimos dez anos cumprindo pena de prisão perpétua e se adaptando à dor da solidão. Ele aceita seu destino, um sacrifício pelo único homem que ele amou e p...