Capítulo 08

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Suguru colocou a caixa na pequena sala dos fundos da lanchonete, e depois trotou de volta para o caminhão de entrega.

— Última. — o entregador disse enquanto entregava a caixa de alimentos para ele. — A próxima entrega é daqui a dois dias.

Suguru assentiu enquanto o trabalhador saltava da traseira do caminhão, trancava a porta, dava a volta até o banco do motorista e ia embora.

Ele apoiou a caixa contra a parede e fechou a porta de trás, trancando antes de equilibrar a caixa novamente em seus braços. Ele colocou a última caixa no chão e deu um passo para trás, examinando a meia dúzia de caixas de estoque que tinham sido entregues. Como diabos uma pequena lanchonete precisava de tantas coisas para merecer uma entrega quinzenal? Ele deu de ombros, ignorando o pensamento, grato por se manter ocupado.

— Ei. — Chisei disse, entrando na sala dos fundos. — A correria do almoço está prestes a começar, então, vai ficar um pouco agitado.

— Um pouco quanto?

Chisei pegou dois sacos de café e parou por um momento.

— Fica muito ocupado. Portanto, pode ser melhor evitar a hora do almoço até que você se sinta mais confortável perto de grupos maiores. Agora está mais movimentado do que costumava ser quando eu comecei, e demorei um pouco para me ajustar. Recebemos uma enxurrada de clientes do tribunal do outro lado da rua. Eles geralmente têm um horário curto para o almoço, então podem ficar um pouco nervosos.

Suguru assentiu. Chisei deu algumas dicas úteis desde cedo, introduzindo Suguru nas tarefas diárias. Chisei cumpriu dez anos de prisão e lutou para permanecer no controle enquanto estava no Programa de Proteção a Testemunhas por quase dois anos. Desnecessário dizer que Suguru acataria todas as sugestões valiosas do cara se isso o ajudasse a se ajustar. Passar menos de dois minutos no caos matinal da lanchonete quando chegou foi o suficiente para fazê-lo hibernar na sala dos fundos e reorganizar as prateleiras para se preparar para a entrega.

Duas vezes.

— Vou me certificar de que a área de alimentação está limpa durante a hora do almoço hoje. — disse Chisei.

Suguru sacudiu a cabeça.

— Esse é o meu trabalho. Além disso, você cuida da questão do café e da caixa registradora. Estou aqui para trabalhar e não vou receber o pagamento apenas para separar caixas. Quero dizer, sério, quantas vezes eu posso classificar este material?

Chisei ficou quieto, observando-o daquele jeito que fizera durante toda a manhã.

— Ok. Mas se você precisar de um descanso, me dê um sinal e volte para as sala dos fundos.

— Tudo bem. — disse ele, ouvindo a porta da frente abrir e fechar.

Chisei voltou rapidamente para a frente, parando para colocar a cabeça de volta na sala.

— Ah, e sobre quantas vezes você pode classificar as caixas... hum… digamos apenas que Bill pode ser um pouco... hm... peculiar. Ele vai voltar aqui e mover todas as suas coisas. E se você reorganizá-las, ele fará de novo, mas de uma maneira diferente. Acho que é um tique nervoso, então não deixe isso irritar você.

Suguru assentiu. Ele empilhou as caixas para limpar a área e decidiu organizar as coisas mais tarde. Ele agarrou a toalha e o borrifador e dirigiu-se para a área de alimentação. Ele caminhou ao longo do perímetro da sala, tentando evitar esbarrar em alguém. A fila crescente na hora do almoço se estendia ao longo da frente do balcão com pessoas gritando seus pedidos de sanduíche para Bill, enquanto outros apontavam para os assados na pequena vitrine de vidro na bancada, enquanto Lucy ensacava seus pedidos. Chisei conversava com os clientes enquanto trabalhava na registradora ou preparava o café, tudo com um enorme sorriso estampado em seu rosto.

A Worthy Man | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora