Capítulo 16

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Escuto um fungado e abro os olhos, tudo está escuro e só sinto o cheiro de Nate, percebo que estou com o rosto quase encostado em algo e me afasto um pouco, nesse momento tudo se clareia, e entendo que estou na cama de Nate e estava com a cabeça bem perto do braço dele.

Subo o olhar e me afasto mais, então percebo Nate chorando.

- Nate? O que aconteceu? - Pergunto me sentando na cama, passo a mão no rosto e olho pra ele preocupada.

- Desculpa, não queria te acordar. - Ele diz baixo fungando.

- Nate... o que aconteceu? - Pergunto colocando minha mão no braço dele.

- Estou com medo de fracassar, tudo que eu consigo pensar é que quero comer uns 10 hambúrgueres! Eu só... - Ele diz e parte meu coração o ver assim.

- Nada disso. Calma, que horas são? - Pergunto olhando ao redor.

- Deve ser umas 2 horas, mas eu não consegui dormir nada. Você dormiu vendo a novela e eu só consigo pensar no meu fracasso. - Nate fala e nego com a cabeça.

- Não tem fracasso nenhum! Para com isso, para de pensar besteira. Você precisa dormir. Levanta um pouco, vai no banheiro, faz um xixi e volta pra cama. Eu vou fazer cafuné nos seus cabelos e você dorme. A vovó fazia cafuné em mim e resolvia. - Falo e ele arregala um pouco os olhos.

- Cafuné? - Nate pergunta e assinto.

- Sim, vai logo fazer seu xixi. - Falo e ele mais do que depressa vai ao banheiro.

Pego uma garrafinha d'água que estava na mesinha do lado da cama, a abro e dou dois goles, deixo a garrafinha de lado e olho pela cama, vejo um montinho embaixo de edredom, bem na ponta e vou ver se é Zangado, levanto o edredom e é ele.

- Naninha... - Falo e o cubro, o deixando dormir.

Fico esperando Nate, que vem para o quarto apressado, ele se senta na cama e vai se ajeitando, como Nate é grande e ainda não dorme completamente deitado, não tem como eu deitar do lado dele e fazer cafuné em sua cabeça, ele fica meio sentado e me ajeito como consigo na cama, é complicado e fico grudada nele, no braço dele, e quando digo grudada, estou quase que deitada de lado em cima dele.

- Você precisa descansar. - Falo colocando a mão nos cabelos dele.

- Minha cabeça está a mil. - Ele diz e começo a fazer cafuné em seus cabelos, então me dou conta que devo estar com bafo.

- Eu devo estar com bafo. - Falo sem pensar, não sou bafenta, mas ao acordar todo mundo tem um bafinho.

- Bafo? Você não está com bafo. - Nate diz surpreso.

- Claro que devo estar, eu dormi um pouco, devo estar com um bafinho. - Falo e nos olhamos, então rimos.

- Você é perfeita, não tem nada fedido em você. - Nate fala me olhando de um jeito carinhoso.

- Exagerado. Você é mais cheiroso que eu, se duvidar joga perfume até nas pernas. - Ele deve jogar, tenho quase certeza.

- É o desodorante corporal do perfume e o hidratante do perfume, eu uso tudo. Mas uso outro hidratante para as dobras, ele é mais potente e seca rápido, previne assaduras. - Ele explica.

- Olha só, todo vaidoso, mais vaidoso que eu. - Nem ando passando nada no corpo.

- A Sra. Abry mantém o meu estoque de perfume, desodorante e hidratante cheio. E para não faltar eu também mantenho cheio, de vez em quando eu mesmo peço os itens. - Ele fala e abro um sorriso.

- Que bom, até quando está todo suado você está cheiroso. Assim é bom, nada de cheiro de suor. - Falo movendo meus dedos. - Você precisa descansar, já perdeu algumas horas de sono e isso não faz bem, hoje vai ficar cansado para se exercitar e no trabalho. Vamos ter que dormir um pouco mais cedo. Fecha os olhos Nate, tenta só sentir meus dedos nos seus cabelos, tenta não pensar em nada. - Falo e ele fecha os olhos.

Um Amor ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora