Capítulo 7

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Acordei me sentindo bem, apesar do gesso na perna, eu consegui dormir a noite toda, acho que apaguei. Acordei e Zangado não estava no quarto, acho que ele foi passear pela casa.

Fiz minha higiene e me arrumei, diante da minha situação com a perna, coloquei um vestido social preto, peguei um sobretudo e no meu pé livre coloquei um salto baixo, ajeitei meus cabelos com um penteado bonito, fiz uma maquiagem básica, passei perfume e desodorante e entendi que preciso comprar um protetor para o meu gesso, ou ele vai ficar sujo.

Ajeitei minha bolsa, meu remédio e fiquei pronta, depois do café da manhã posso começar a trabalhar.

Sai do quarto olhei para os lados e não vi ninguém, quando eu ia descer, a porta do quarto do Sr. Reid se abriu.

- Devagar e sempre, Reid. - Um homem diz, ele deve ter uns 40 e poucos anos, tem a pele negra, cabelos raspados e usa roupa toda branca.

Sinto cheiro de perfume e é o perfume gostoso do Sr. Reid.

- Bom dia. - Digo e o Sr. Reid abre um sorriso ao me ver, ele está de terno preto e o seu cabelo está molhado, está bem penteado e molhado, sinal de que ele tomou banho.

- Bom dia. Esse é o Jerry Johnson, ele é enfermeiro e me ajuda, certa vez eu caí dentro do box e foi complicado. Jerry, essa é a Srta. Castro, foi ela que quase matei esmagada. - O Sr. Reid diz e o homem se aproxima.

O cumprimento com um aperto de mão e descemos pelo elevador. O Sr. Reid estava bem animado, ele disse para o Jerry que eu ia o ajudar a mudar de vida.

O Jerry se foi e ficamos eu e o Sr. Reid na sala de jantar, a mesa estava posta e novamente o excesso de comida era enorme, mas tinha frutas, ovo mexido, pão, queijo branco, suco e opções, o Sr. Reid foi logo enchendo o copo de refrigerante.

- O Jerry não me da banho, quer dizer, eu não sou um invalido, é que eu caí tem um tempo e foi bem complicado. Eu tenho dificuldades para lavar as costas e ele me ajuda. O Jerry só trabalha com obesos, ele está acostumado. - O Sr. Reid explica parecendo envergonhado.

- Entendi. Não se preocupe, está tudo bem. - Digo para que ele não fique desconfortável.

- Quando eu caí gritei por ajuda, os rapazes me ajudaram a levantar, foi bem chato. - O Sr. Reid diz e assinto, então ele continua. - A senhorita, está bem? Sente dor? Acho que seria melhor a senhorita descansar, com a perna assim deveria ficar de licença. - O Sr. Reid diz quase que me examinando.

- Eu estou bem, não se preocupe. A perna não vai ser empecilho. A cadeira de rodas ajuda bastante. Nós não temos tempo para perder. Eu dormi bem, e estou bem, então agora temos que cuidar da saúde do senhor, que no caso vai ser minha prioridade. - Digo para o Sr. Reid.

- Tudo bem, mas a senhorita pode se sentir cansada, ou ter dor. Se isso acontecer me avise, e a senhorita tira a sua licença. A senhorita é bem forte, eu outro dia bati meu dedinho do pé e fiquei péssimo, um médico teve até que vir me examinar. - O Sr. Reid diz e entendo, na situação dele qualquer coisa pode se transformar em algo grave.

- Tudo vai ficar bem. Vamos ter fé. - Falo e me sirvo com um pedaço de queijo.

- Eu não tenho muita fé. - O Sr. Reid diz e vejo tristeza no seu olhar.

- Eu tenho por nós dois. Garanto que tudo vai ficar bem. - Digo confiante e ele assente.

Ficamos em silêncio e decido puxar assunto.

- Eu vou para a empresa com o senhor? Digo, está tudo bem se eu ir? - Pergunto o fitando.

- Claro que está tudo bem. Mas como eu disse, se a senhorita sentir dor me avise. - Ele diz e estou confiante que vou ter um dia bom.

Um Amor ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora