Capítulo 10

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- Toma um pouco de água. - Falo para o Sr. Reid e ele bebe água, então a Dra. Johansen o Dr. Kennedy e mais dois médicos entram no quarto.

O Dr. Kennedy apresenta os outros dois médicos, uma médica é nutricionista, e o outro médico é endocrinologista.

- Sr. Reid, eu e minha equipe trabalhamos com a verdade e com total sinceridade. Pelo exame clínico que fiz, posso afirmar que se o senhor continuar com seus hábitos alimentares ruins, sem se exercitar e sendo relapso com a sua saúde, a expectativa é que o senhor viva no máximo mais 3 anos. Por milagre o lipedema do senhor ainda não deu problema, mas na sua situação, nos próximos meses é bem provável que o senhor não vai mais conseguir andar. - O Dr. Kennedy fala e fico escutando, seguro a mão do Sr. Reid e acho que esse choque de realidade precisa ser feito.

- Mas isso pode ser revertido, não é? Ele vai começar a se cuidar, vai mudar os hábitos alimentares e vai se exercitar. - Falo confiante.

- Sim, pode ser revertido. Mas só se o Sr. Reid seguir o tratamento, se comprometer e cuidar do psicológico. Sem tratamento com o psicólogo dificilmente vamos ter sucesso. - A Dra. Johansen fala séria.

- Psicólogo? - O Sr. Reid pergunta surpreso.

- Sr. Reid, quando o senhor começou a engordar? Em qual momento da sua vida tudo saiu de controle? O senhor foi uma criança e um adolescente obeso? - O Dr. Kennedy pergunta sabendo a resposta, pois eu já havia o informado.

- Eu nunca tive problemas com obesidade, fui uma criança, um adolescente e parte da minha vida adulta uma pessoa saudável, eu comecei a ter problemas depois que uma desgraça aconteceu, mas não quero falar desse assunto. - O Sr. Reid explica.

- Não falar desse assunto, fez o Senhor chegar aos 300 quilos. Entenda, Sr. Reid, eu e minha equipe já atendemos milhares de pacientes obesos, centenas deles com obesidade mórbida, e todos com obesidade mórbida precisam de ajuda psicológica. 90% dos pacientes com obesidade mórbida, adquiriram compulsão alimentar e perderam o controle com a comida depois de um trauma, sem ajuda psicológica o tratamento vai ser ineficaz. - O Dr. Kennedy explica.

- Ele vai falar com um psicólogo, digo, ele vai fazer terapia. - Falo entendendo que o Sr. Reid precisa de ajuda.

- Senhorita! - O Sr. Reid diz exasperado.

- Senhor, já que estamos aqui e o senhor decidiu mudar de vida, vamos fazer o correto. A terapia não é o fim do mundo. O Senhor vai conversar com um psicólogo e só isso, vai ser só conversa, o senhor e o psicólogo, ele vai ser tipo um padre, o que o Senhor conversar com o psicólogo vai ficar entre vocês. Não vai resolver fazer dieta sem terapia. Tenho certeza que a equipe do Dr. Kennedy vai indicar um psicólogo, ou uma psicóloga bem bacana, quem sabe o psicólogo pode atender o senhor na sua casa. O senhor vai conversar com o psicólogo lá no escritório, vai ficar confortável, ter privacidade e assim vai fazer a terapia. - Falo séria para o Sr. Reid, ele me olha por alguns segundos e parece pensativo.

- Mas... eu nem sei como vai ser isso! - Ele diz preocupado.

- O Senhor só vai conversar, se algo der errado trocamos de terapeuta, vamos achar alguém bacana, eu garanto. - Falo confiante.

- O tratamento vai consistir em uma mudança alimentar, exercícios e terapia. Eu soube que o senhor trabalha bastante e isso é um ponto positivo, assim vai manter a mente ocupada. Como a Srta. Castro disse, o senhor só vai conversar com o psicólogo, vai ter privacidade e poder falar o que sente, vamos recomendar terapia uma vez na semana. Vamos indicar o Dr. Gleen, ele tem 35 anos de experiência, mas se o senhor não se adaptar tentamos outro psicólogo. - O Dr. Kennedy diz e acho bacana alguém com muita experiência.

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