Cap. 16 - When I was your man

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Chloe

Depois de dias e dias de trabalho duro, decidi dedicar uma tarde de cuidados a mim mesma. Preparei um banho calmante, transformando meu banheiro em um santuário de tranquilidade e beleza.

Com a água morna já preenchendo a banheira, comecei a adicionar pétalas de rosas vermelhas, criando um cenário de romance e delicadeza. A cada pétala que caía sobre a água, uma sensação estranha rondava meu peito. Parecia até que aquelas rosas inocentes haviam cometido um crime contra mim, mas eram apenas flores comuns. Devia ser o fato de nunca ter ganhado rosas de um homem, não que eu soubesse!

Enquanto as pétalas flutuavam suavemente na água, adicionei sais minerais que me traziam os benefícios revigorantes e terapêuticos. O aroma delicado das rosas misturou-se com as notas refrescantes dos sais, preenchendo o ar com uma fragrância celestial que envolveu todo o ambiente.

Tirei a túnica de linho branca e entrei na banheira, sentindo a água macia acariciar minha pele. As pétalas de rosa acariciavam meus sentidos, enquanto os sais minerais trabalhavam para relaxar meus músculos e revitalizar minha pele jovem mas muito cansada. Fechei os olhos e me entreguei à sensação de paz e renovação que o banho proporcionava.

Enquanto repousava na água perfumada, deixei para trás as preocupações do dia-a-dia, permitindo-me apenas desfrutar do momento presente. Eu me sentia envolta pela serenidade do ambiente, permitindo que minha mente se desligasse aos poucos. Com a cabeça encostada no descanso do banheiro, me permite cochilar e esquecer de tudo e todos ao meu redor.

Sonho da Chloe on

Estava frio!

Olhei ao meu redor e as chamas dos candelabros iluminavam um corredor largo. Toquei meu corpo e percebi que não estava nua, mas usando o vestido de linho que tirei minutos antes do banho.

Ah, isso é um sonho!

Eu me toquei, começando a caminhar despreocupada e curiosa de que lugar era aquele para o qual a minha mente estava me levando. Andei por alguns minutos, já que o lugar era imenso, e pude notar vários pórticos que levavam para jardins externos. Em alguns, tive vontade de parar, mas estava ainda mais interessante ver quantos deles existiam.

Quando avistei o meu jardim favorito, um com um lago de carpas alaranjadas, meu coração disparou. Era como se eu já tivesse estado lá. Talvez em algum outro sonho, quem sabe!

Antes que pudesse entrar, ainda parada no corredor, ouvi uma voz masculina conhecida me chamando. Virei para o lado e encontrei uma figura indesejada, Constantine. Embasbacado, o exorcista tinha ao seu lado nada mais nada menos que a figura de Morpheus.

Mesmo em sonho, fiquei arrepiada.

— Ela pode entrar aqui? — O exorcista falou, ainda me fuzilando com o olhar. Sandman parecia atônito, mas era sombrio demais para detectar o que o olhar dele dizia.

— Ela já fez isso antes ... uma vez... — O perpétuo afirmou, a voz quase baixa demais.

— Ah, faça-me o favor, Gaya! Tanta coisa boa pra sonhar e você me manda esses dois?! — Isso começou a me irritar.

Eu estava curtindo tanto aquele sonho mágico, ele tinha que estar nele? Não, eu não ia deixar ninguém estragar isso!

Ignorei os dois e adentrei o jardim. A grama embaixo dos meus pés descalços faziam cócegas e isso me despertou um sorriso bobo. Andei poucos passos para atingir o lago e me sentei à sua beirada.

O cheiro lá era delicioso, como se uma laranjeira tivesse recentemente dado frutos. O sol estava na minha pele, e diferente do corredor, aquele lugar era bem iluminado.

Just Like a Dream (Sandman)Onde histórias criam vida. Descubra agora