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•Lavínia•

Como a pipoca doce que eu e a Bia fizemos, ela veio pra cá assim que eu disse que já tinha chegado do salão e aqui estamos nós assistindo filme de terror, na verdade ela né, já que meu celular toda hora apitando, eu nem olho porque sei muito bem oque é.

Beatriz: Eu não tô aguentando mais cara, responde logo.

-Ele não me deve nada e fica querendo dar uma de santinho, tenho pavor disso.

Beatriz: Eu acho que ele quer te mostrar a verdade ué. -reviro os olhos sem paciência com isso já e abro o Whatsapp vendo as mensagens que ele mandou.

•Mensagens•

Fantasma: Eae, já chegou em casa?
Fantasma: Tive que ir buscar ela pô, deu um problema lá aí tá ligada né.
Fantasma: Vamo se ver hoje, cacheada.
Fantasma: Vou te ligar agora jaé?

Eu: Você não tem que ficar me dando satisfação de nada não oxx, não vou te ver hoje e não é pra me ligar também.

Fantasma: Qual foi pô? Tô na transparência aqui.

•Off•

Visualizo a última mensagem e paro de responder, sem paciência pra macho que acha que a mulher é otária que acredita em qualquer coisa  que ouve, ele realmente não me deve nada, mas homem é assim e eu já sei há muito tempo isso.

Volto a comer e ver se consigo finalmente assistir esse filme em paz, pelo visto ele não mandou mas nada também e eu acho melhor assim, pra mim isso foi um sinal de Deus, uma chance pra mim cair fora disso, e é isso que eu vou fazer.

Beatriz: JV tá ligando - confirmo e ela atende ele, Bia avisa que tá aqui em casa e só.

-Era oque?- pergunto curiosa e ela responde.

Beatriz: Ele perguntou se você tava em casa aí eu disse que tava eu e você aqui, e o João tava perguntando também se a tia Vera tá aí ou saiu pra trabalhar.- respiro fundo tentando ter paciência nessa hora.

-Porra Bia, o João é foda né.

Beatriz: Nada demais Lah.

-Nada demais nada, ele tá perguntando porque o Fantasma mandou, o João vem aqui com ou sem minha mãe, você sabe disso, só não pensa né.

Beatriz: Desculpa, sério mesmo, não me toquei.

-Tá, vai lá trancar essa porta de chave antes que ele apareça aqui, eu não duvido nada.

Ela desce as escadas indo lá pro andar de baixo, e daqui eu posso escutar o barulhinho das chaves na porta, o barulho de uma moto se aproxima e posso afirmar que parou bem aqui em frente de casa, então é ele.

Dou de ombros por saber que está fechada a casa toda, então aqui ele não entra, se quiser ele que vá na casa da Ketillin, na minha não.

Beatriz: Aí amiga que dó, abre pra ele mulher.- nego com a cabeça.

- Pra quê? Eu ein, terminou tão rápido a transa dele, fiquei até impressionada.

•Além Da MarraOnde histórias criam vida. Descubra agora