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•Fantasma•


Saio correndo da joalheria lado a lado do JV, meu sangue quente correndo pelas minhas veias e sinto a adrenalina presente em mim, respiro ofegante e pego o radinho na minha cintura já acionando o tetéu e foguinho com a porra dos carro de fuga que ainda não tão aqui.

-Bora porra, eles já tão na cola de nós caralho.

Tetéu: tamo na esquina patrão, pode fazer como nos conformes.

Seguro a arma na minha mão apontando pra viatura que se aproxima da joalheria, vejo um dos meus acendendo o fósforo e logo joga na van que já estava cheia de gasolina, logo o fogo é aparente e a van fica em chamas, os dois carros aparecem no meu campo de visão e rapidamente eu entro vendo os caras fazer o mesmo.

O cara no volante acelera o carro enquanto a polícia tá na nossa cola, abro a janela do meu lado começando a trocar tiro com eles, o outro carro dos meus faz o mesmo e assim a troca aumenta, cada vez mais aparecem viaturas, atiro no pneu acertando em cheio e logo uma das viaturas para na estrada.

Atiro em mais dois pneus de outra viatura que sai rodando fazendo um acidente entre eles ao bater em outros carros, e isso nos ajuda pra sairmos na frente, e é oque acontece.
Entramos numa estrada deserta quando despistamos os canas e o carro para, desço com a arma na mão e entro no meu carro parado que já estava a minha espera.

A partir daqui o carro com as jóias segue pro Vidigal que é meu morro, e eu e o JV vamo pra rocinha, tá rolando baile e vai ser ótimo pra relaxar e também esperar amenizar tudo para não respingar pra cima de nós aqui.

[...]

Passo pela barreira do morro da rocinha, o bagulho aqui tá bem movimentado então vai dá pra nós relaxar e esperar a poeira baixar, sigo o caminho com a minha XRE preta, e o JV do meu  lado na PCX dele, acelerando até chegarmos onde acontece os bailes daqui, entro observando o ambiente e logo me chamam para o camarote como o esperado.

No camarote que devia ser apenas para os próximos tá lotado mas não vou julgar o mano né, a maioria que tem aqui em cima são mulheres que só estão esperando uma brecha pra vim se jogar pra dar a buceta pra você pô, já até acostumei, mas tem umas que não me atrai não tá ligado?

Guimo: Eae meu parceiro, tá suave? Nunca mais brotou aqui pô.- faço toque com ele.

-Tô sempre no meu canto pô, tu também não brota lá faz mó cota Ein.

Depois de falar com ele e os mano que eu conheço, pego wisky enchendo meu copo transparente até a metade e depois completo o copo com o energético, em seguida coloco gelo, dou um gole experimentando, forte pra um caralho.

Fico na minha só ouvindo a música tocando e eu bebendo relaxando a mente que tem tantos problemas.
Olho pro João Victor do meu lado falando com alguém no telefone, voz de mulher, então inclino minha cabeça pra frente aparecendo na tela e vejo ser a Beatriz amiga dele e a cacheada mentirosinha, a cara de marrenta dela parece que não vai embora nunca.

Ao me ver ela franze as sobrancelhas e eu sorrio de lado pra ela fazendo ela virar o rosto envergonhada mas sem querer mostrar que tá com vergonha, eu percebi isso nela, toda vergonhosa mas não quer demonstrar tá ligado?

-Ihh é tu é mentirosa?- falo na ligação por cima do som e ela faz cara de desentendida.

Lavínia:Eu mentirosa? coitado de você, eu não minto não viu.- confirmo no deboche enquanto os outros dois ficam apenas olhando a situação.


-Mente sim, tu nem me falou teu nome certo pô, mas eu não sou bobo não tá ligada cacheada?- ela confirma sorrindo e eu dou risada sentindo meu corpo mais leve aos poucos pela bebida, Lavínia percebe o silêncio da amiga e do JV e coloca a mão tampando o rosto, logo pode-se ouvir a risada alta da loira ao seu lado.

JV: nós não queria interromper não porra, pode continuar- ele gasta com a minha cara e eu mando dedo.

-Vai se fuder.

Lavínia: Aí tá tão animado, onde vocês tão? - ela pergunta.

-Baile da rocinha pô, quer brotar?

Lavínia: Só se eu for voando né - ela dá risada e eu nego.

JV: Óbvio né, bruxa tem que voar mermo.- ele zoa com a cara dela que manda dedo pro mesmo.

-Eu busco tu aí, vai vim?

Beatriz: Ihh, e eu fico em casa é? Valeu aí ein.

JV: Eu busco tu, tá feito pô, nós dois vai aí e trás vocês. - elas confirma e ele desliga a chamada me olhando sorrindo em seguida.

-Que foi viado? Deu o cu e gostou foi.

JV: porra mano, o quatro é par perfeito, e pode falar que a Lalazinha tá mais Dboa viu, nem te deu patada.

-Tô amansando ela aos poucos pô, te falei já - ele dá risada.

Tempos esperando elas avisarem que já estão prontas pra nós poder ir, achei que a parada ia ser rápida pô, mas elas tão a mais de hora só se arrumando, paciência é foda de ter.

Quando finalmente mandam mensagem pro JV avisando que estão prontas, nós mete marcha nas nossas motos e logo chegamos até Vidigal, já é mais de meia noite, pelo menos a hora boa nos bailes é agora. Paro do lado do JV e observo a casa da cacheada, já passei aqui várias e várias vezes, e nem imaginava que ela morava aqui pô.

Logo elas saem de dentro de casa e caminham até nós que ainda estamos em cima da moto, ela vem na minha direção toda na postura e linda pra caralho, a saia preta curta colada no corpo médio dela, a curva da cintura aparente e sua bunda grande pra caralho toda justa na saia, um bagulho na parte de cima mostrando a barriga e cheio de brilho, e o toque final que é o cabelão cacheado dela.

-Eae, tá lindona pô- falo assim que ela se aproxima de mim.

Lavínia: Obrigada senhor fantasma, você dá pro gasto.

-Porra, pro gasto é foda pô, melhora isso aí.

Lavínia: tá, tá bom, você também está bonito, agora pronto? - confirmo e ajudo ela a subir na moto alta.

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•Além Da MarraOnde histórias criam vida. Descubra agora